Porto Alegre, 16 de julho de 2020 Ano 14 - N° 3.264
Aliança Láctea Sul Brasileira se reúne nesta sexta-feira para tratar do futuro do mercado lácteo
A Aliança Láctea Sul Brasileira promove nesta sexta-feira (17/7), reunião virtual com seus integrantes para tratar de temas ligados à cadeia produtiva, com foco na pandemia e seus reflexos no mercado interno, nas exportações para os mercados da América do Sul e Ásia e na unificação do controle e saneamento de doenças de zoonoses entre os três estados do Sul. O encontro será remoto, atendendo às determinações das autoridades de saúde, e acontece das 9h às 12h30min.
A reunião, a primeira a ser realizada após o início da Covid-19, tratará justamente dos relatos dos protocolos que vem sendo adotados pelo setor lácteo para manter a produção e a qualidade dos produtos aos consumidores, além do intenso trabalho desenvolvido pelas indústrias no que se refere à proteção dos trabalhadores, produtores rurais e demais pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os estabelecimentos. “O momento agora também é dar continuidade no planejamento do setor, e isso necessariamente passa pelas exportações, o que exige competitividade e alinhamento com questões sanitárias, pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e coordenador da Aliança Láctea, Alexandre Guerra.
Segundo Guerra, após o primeiro momento de esforços junto às indústrias para manter a produção, a qualidade e o fornecimento de alimentos e ao mesmo tempo garantir a proteção dos trabalhadores, agora é a hora de voltar a planejar o futuro da cadeia láctea. “O auxílio emergencial do governo garantiu o consumo das famílias na medida em que assegurou renda no momento de dificuldades. Isso manteve o ritmo de consumo dos produtos lácteos no mercado interno, com exceção da linha food service. Mas temos que pensar como será esse mercado daqui para a frente sem esse auxílio”, afirmou Guerra, destacando a necessidade de se buscar oportunidades comerciais no mercado externo.
A Aliança Láctea Sul Brasileira reúne representantes das secretarias de Agricultura dos estados da Região Sul, além de representantes do Sindilat-RS, Sindileite de Santa Catarina e do Paraná e Federações da agricultura dos três estados. Para a reunião desta sexta-feira já confirmaram presença nomes como a superintendente do Ministério da Agricultura no RS, Helena Rugeri, o presidente da Apex-Brasil, Sérgio Segóvia Barbosa, o diretor de políticas agrícolas e desenvolvimento rural, Ivan Saraiva Bonetti e a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra. Outras entidades do agronegócio também participarão, como Farsul e Fetag, Emater, Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura e o deputado Alceu Moreira, que preside a Frente Parlamentar do Agronegócio da Câmara Federal. (Assessoria de imprensa Sindilat)
Reunião remota da Aliança Láctea Sul Brasileira
Quando: dia 17/07 sexta-feira
Horário: 9h às 12h30
Fundesa indeniza produtores de leite em R$ 3,3 milhões
Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram, nesta quarta-feira, as contas relativas ao primeiro semestre de 2020. O saldo total é de R$ 94,5 milhões. Nos primeiros seis meses do ano, a receita foi de R$ 6,9 milhões, entre contribuições de produtores e indústrias e rendimentos financeiros. Os investimentos, que vão desde indenizações de produtores até aquisição de insumos para o Serviço Veterinário Oficial, chegaram a R$ 3,9 milhões no período.
O destaque da aplicação de valores no primeiro semestre de 2020 foi a indenização de produtores de leite. O Fundesa vem estimulando o setor a promover o saneamento dos rebanhos, eliminando animais portadores de brucelose e tuberculose, garantindo mais saúde para a população e qualidade do produto. Com isso, a indenização chegou a R$ 3,3 milhões cobrindo 2106 animais na pecuária leiteira nos primeiros seis meses do ano.
Outro investimento foi a reforma de algumas inspetorias veterinárias da Secretaria da Agricultura. Na sexta-feira foi concluída a reforma da unidade de Santana do Livramento que passou por melhorias internas, externas e estruturais. Em 2019 foram reformadas 12 inspetorias e em 2020, além de Livramento, outras unidades poderão receber melhorias.
Os números são apreciados a cada trimestre pelo Conselho Deliberativo, composto por nove entidades ligadas ao setor produtivo. O resultado é disponibilizado no site do fundo e encaminhado às secretarias estaduais da Fazenda e da Agricultura, Assembleia Legislativa e também ao Tribunal de Contas e Controladoria e Auditoria Geral do Estado (Cage). (As informações são do Fundesa – RS)
Leite/Europa
O mês de julho, tradicionalmente, é um período de férias na Europa. Este ano parece não ser diferente, exceto pelo fato de que muitas pessoas estão ficando mais perto de casa, ou simplesmente não viajam.
A produção sazonal na Alemanha retornou à tendência de queda, interrompendo um período de estabilidade. Avaliações preliminares apontam que mesmo em declínio, a produção este ano está acima dos volumes verificados no ano passado. Isso também vale para a França.
Analistas da União Europeia (UE) acreditam que a produção anual do bloco crescerá 0,7% neste ano se os preços da alimentação animal ficarem perto dos níveis atuais e as chuvas continuarem mantendo a produtividade das pastagens.
A expectativa é de que no segundo semestre, o volume extra produzido irá para fabricação de leite em pó desnatado (SMP) e manteiga. É esperado o aumento da demanda de exportação desses dois produtos.
Recente análise publicada pela Comissão Europeia, observou que o mercado lácteo no ano financeiro 2019/20 os melhores retornos foram proporcionados por uma combinação de queijo, manteiga e soro de leite. O próximo melhor retorno será a produção combinada de SMP, creme, depois leite em pó integral (WMP) e manteiga.
Os efeitos remanescentes do Covid-19 são as vendas de queijo. Continuam baixas para os serviços de alimentação, enquanto a demanda nas lojas de varejo e de refeições prontas está em alta. O resultado deverá ser um consumo ligeiramente menor na UE. No entanto, as indústrias afirmam que existe um forte interesse de compras pelo Japão e Reino Unido, o que pode aumentar as exportações totais utilizando o queijo não vendido na UE.
Os pedidos de ajuda para o programa de armazenamento privado (PSA) deste ano, que durou de 7 de maio de 2020 a 30 de junho de 2020, totalizou 47.711 toneladas, de acordo com a Eucolait. Isso representou 48% das cotas liberadas. Atingiram a cota máxima, Bélgica, Irlanda, Estônia, Itália, Suécia, Lituânia e o Reino Unido. Entre os maiores fabricantes, a Alemanha usou 4% de sua cota, a França, 48%. Somente a Polônia não usou nada.
Reeleito para mais um mandato, até 2023, à frente da Federação e do Centro das Indústrias do RS (Fiergs/Ciergs), Gilberto Porcello Petry assume a nova gestão na próxima segunda-feira às 17h. Seguindo medidas de prevenção à Covid19, só o presidente e os vices estarão presentes à cerimônia.O evento será transmitido em https://www.youtube.com/tvfiergs e https://bit.ly/posseFIERGS-CIERGS. Petry foi reeleito por unanimidade em chapa única, em 9 de junho, para representar 110 Sindicatos e indústrias gaúchas. (Correio do Povo)