Porto Alegre, 14 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.109
Encantado discute novas maneiras de rentabilizar o pequeno produtor
Discutir alternativas para o aumento da rentabilidade do produtor local foi o foco da 13º edição do Fórum Tecnológico do Leite realizado na cidade Encantado (RS), nesta quarta-feira (13/11). O evento, que teve o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), da prefeitura da cidade de Estrela (RS) e do colégio Teutônia, teve a participação de 500 pessoas, além de variadas atividades tal como cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, encontros como esse visam compartilhar conhecimento. “Trouxemos a possibilidade do produtor e da indústria de investir em outro nicho de mercado mais lucrativo, ao invés de priorizar um aumento de consumo. Por exemplo, o investimento na produção do leite orgânico, leite A2/A2 e o leite pasteurizado de longa duração. Esses produtos são o dobro do preço e não são de custeio tão alto, agregando valor à produção”, disse.
Crédito: Tiago Bald - Assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar
Para Palharini, o objetivo do Fórum é trazer alternativas que não demandem grandes investimentos. "Queremos que os pequenos produtores da nossa região saiam daqui sabendo que assim como outros produtores, eles também têm condições de fazer esse movimento de crescimento e reverter o quadro”, acrescentou, ressaltando que esse é o 6º evento realizado em parceria com a Emater RS.
Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, o plano para o ano que vem é continuar promovendo esses encontros. “Acredito que o evento tenha sido bem relevante para os produtores, com assuntos bem diversificados. Além disso, encerrou com chave de ouro, com o relato de quatro famílias produtoras tocadas por jovens que conseguiram se erguer dentro do meio, servindo de exemplo de como o mercado leiteiro ainda é rentável quando a atividade é bem executada”, afirmou Ries. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Impacto da energia - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu na terça (12), na Câmara Setorial da Cadeia do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, o impacto da Resolução 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que pode interferir no sistema de compensação de energia elétrica atual e trazer prejuízos ao setor produtivo.
Na visão do assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, as recentes inovações dos modelos produtivos e do manejo realizado nas propriedades produtoras de leite no país fizeram com que a produção demandasse um suporte maior de energia elétrica. Assim, vários produtores estão optando pelo uso de fontes alternativas, como a energia solar fotovoltaica.
“De forma geral, a Aneel está propondo uma taxação do sistema de geração própria de energia em até 60%. Atualmente, para cada 1 kWh gerado, o produtor tem a compensação desse mesmo valor, mas com as mudanças essa atratividade irá diminuir”, destacou o assessor.
Em seu lugar, Ronei Volpi, vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA foi indicado para presidir o colegiado. Já com o aval dos membros a formalização dessa indicação aguarda a chancela da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que será formalizada oficialmente.