Porto Alegre, 25 de setembro de 2019 Ano 13 - N° 3.073
Propriedade em Vespasiano Corrêa comemora resultados de ordenha robotizada
A Granja Michelon, localizada em Vespasiano Corrêa (RS), realizou um Dia de Campo a fim de compartilhar os resultados obtidos após um ano de aquisição de uma ordenha robotizada. O encontro ocorreu nesta terça-feira (24/9) e reuniu cerca de 100 pessoas, entre pequenos produtores, técnicos e entidades de dentro e fora do Estado.
O evento contou com palestras sobre qualidade, produtividade, rentabilidade e nutrição de vacas, além de uma visita à Granja Michelon para acompanhar a ordenha robotizada em tempo real. A propriedade, que pertence a Valter e Tiago Michelon, possui 24 hectares e 125 vacas em seu rebanho. Dessas, 67 estão em lactação e produzem 3 mil litros/dia de leite. O robô da Granja é o 21º do mundo em produtividade e está entre os primeiros do ranking no Brasil.
De acordo com o gerente Comercial e de Projetos da DeLaval, Márcio Denes Gato, com o uso da ordenha robotizada a Granja Michelon aumentou 17% da produção de leite e reduziu 40% dos casos de mastite no rebanho. "O evento serviu para mostrar a realidade de uma propriedade de pequeno porte para a atividade leiteira", ressaltou Gato.
Para Tiago Michelon, mostrar aos participantes do encontro o funcionamento do robô e os números conquistados nesse último ano é de suma importância para que outros produtores se inspirem. "Os ganhos para a propriedade são inúmeros, tanto no que se refere à saúde do rebanho quanto à produtividade, pois o robô funciona 24h por dia", contou.
O Dia de Campo foi promovido em parceira com as empresas MSD - Saúde Animal, Cotribá - Produção Animal, DeLaval e Machado Agropecuária. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Márcio Gato
Ministra encerra viagem ao Oriente Médio com abertura de mercado para produtos brasileiros
Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) liderou missão ao Oriente Médio. A comitiva passou por quatro países: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos.
Nesse período, a ministra reuniu-se com autoridades de governo e empresários. Foram anunciadas novas importações de produtos brasileiros, como lácteos, frutas, mel e castanhas. Tereza Cristina encontrou-se ainda com investidores para discutir oportunidades de negócios em obras de logística no Brasil, que visam tornar o agronegócio mais competitivo.
Em 2018, as exportações agropecuárias para 55 países árabes somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro. O comércio pode crescer ainda mais com investimentos e negócios em toda a cadeia produtiva, como maquinário, estocagem, tecnologia e inovação.
Egito
No Egito, a ministra Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado para produtos lácteos brasileiros. Aguardada desde 2016, a entrada dos produtos do Brasil poderá atingir um mercado de 100 milhões de consumidores. Também foi anunciado o início do processo de importação de uva e alho egípcios pelo Brasil. Outros temas do encontro foram a importação de laranjas pelo Brasil e o envio de caprinos e ovinos. Os países iniciaram as tratativas para um convênio entre a Embrapa e centro de pesquisas do Egito. Nas reuniões, no Cairo, também foram debatidas redução de tarifas de exportação e padronização de certificados sanitários.
Arábia Saudita
Na Arábia Saudita, a ministra Tereza Cristina finalizou acordos que ampliam a pauta exportadora de produtos do agronegócio brasileiro ao Reino. Foram autorizadas pela SFDA, autoridade sanitária saudita, as compras de castanhas, derivados de ovos e a ampliação do acesso a frutas brasileiras. Somados, os produtos representam um mercado potencial superior a US$ 2 bilhões. Em reunião com investidores sauditas, a ministra destacou as oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, como rodovias e ferrovias, o que ajudará a tornar o agronegócio brasileiro ainda mais competitivo. Os investidores querem mais diálogo com os empresários brasileiros para ampliar a pauta de investimentos e também mencionaram o interesse em levar tecnologia brasileira para a Arábia Saudita. Tereza Cristina também conversou com autoridades sobre acordo bilateral de cooperação técnica na agropecuária e exportações para o país árabe.
Kuwait
O Brasil poderá exportar mel para o Kuwait. Durante a visita da ministra, o governo daquele país anunciou a abertura do mercado para o mel brasileiro, uma autorização que era aguardada desde 2016. Para viabilizar o intercâmbio, o governo do Kuwait concluiu a certificação sanitário do mel. A emissão de certificados de exportação e cooperação técnica na área de pesca e aquicultura também foram tratadas nas reuniões de trabalho das quais a ministra participou. Segundo Tereza Cristina, a Embrapa pode contribuir nesta missão, pois mantém dois centros de pesquisa e criação de peixes em cativeiro. As exportações brasileiras para o Kuwait, em 2018, foram de US$ 209,4 milhões, o equivalente a 215.463 toneladas.
Emirados Árabes
No último país da missão ao Oriente Médio, a ministra apresentou oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, visando solucionar gargalos enfrentados pelo agronegócio. Durante reuniões em Abu Dhabi, foram detalhados empreendimentos previstos no Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Entre projetos apresentados estão a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, corredores ferroviários que serão importantes para o escoamento da produção de grãos e transporte até os portos. Em março, o Brasil e os Emirados Árabes assinaram um acordo com o objetivo de estimular, simplificar e apoiar investimentos bilaterais. Em Dubai, a ministra participou do seminário da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Tereza Cristina mostrou as oportunidades de comércio e investimentos no Brasil. Disse que há espaço para que Brasil e Emirados Árabes trabalhem em conjunto. (As informações são do Mapa)
Argentina tem o menor consumo de leite desde 2003
Entre diversos aspectos negativos, o governo do presidente argentino Maurício Macri entrará para a história pelo descenso ininterrupto no consumo de leite no país. Dados divulgados nesta semana pelo Observatório da Cadela Láctea mostram que a média de litros por habitante chegou ao menor nível desde 2003.
Os números apresentados refletem o aumento da pobreza em diversas camadas sociais do país, restringindo o acesso a itens básicos da alimentação. No primeiro semestre de 2019 a quantidade chegou a 182 litros por pessoa/ano, 13,2% a menos do que no ano anterior e 16,1% inferior do que os dados de 2015.
Entre agosto de 2018 e agosto de 2019, o preço médio dos produtos derivados do leite aumentaram, em média, 93,5%. “Consumimos 35 litros de leite a menos por habitante em relação a 2015”, afirma o presidente do Instituto de Defesa de Usuários e Consumidores, Pedro Bussetti, em entrevista ao jornal Página 12. “É um consumo que chega a ser inferior ao que vimos em 2001 e 2002, anos de grave crise no país. Se olharmos todo o período macrista, houve uma queda constante em todos os anos”, complementa.
Segundo Bussetti, a administração Macri transformou o consumo de leite em um privilégio, assim como outros produtos e serviços de primeira necessidade. Enquanto o aumento dos produtos lácteos se aproxima dos 100%, a inflação durante a atual gestão chega hoje a 54,5%. (As informações são do Página 12, publicadas pelo Portal Vermelho)