Porto Alegre, 22 de agosto de 2019 Ano 13 - N° 3.050
Pub do Queijo terá degustação às cegas
Os visitantes que forem ao Pub do Queijo terão uma novidade na Expointer 2019. Além da chance de experimentar mais de 30 diferentes tipos de queijos produzidos no Rio Grande do Sul, poderão participar de uma degustação às cegas. A brincadeira busca valorizar as diferenças entre os queijos gaúchos e destacar as potencialidades de sabor e gastronomia entre eles. "É uma forma de mostrar que cada queijo pode ser um produto totalmente diferente, dependendo do preparo, maturação e do uso que o consumidor faz dele. O Pub é um projeto de gastronomia conceito, onde nosso foco é oferecer novas experiências", explica o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A Degustação às Cegas será realizada logo após as oficinas de harmonização, agendadas de 24 a 31/08 às 18h30min, e oferecerá a cada visitante cinco pequenos pedaços de queijo a serem desvendados. O cliente que tiver 100% de acerto no teste receberá uma Vale Capuccino, que poderá ser trocado nas manhãs da Leiteiria Sindilat.
Pelo terceiro ano consecutivo, o PUB do Queijo volta à Expointer com operações em pleno Boulevard. Neste ano, além dos tradicionais pratos à base de queijos, tábuas de frios e iguarias, o espaço agrega novas proteínas, integrando ao menu cortes nobres de gado, suínos e aves. "Estamos mostrando ao consumidor a importância de casar o queijo com outros pratos da culinária", pontua o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
O espaço gastronômico do Sindilat ainda reunirá as operações da Leiteria, que abrirá às 7h sempre com leite e café quentinhos e pão de queijo saído do forno. A proposta é oferecer um café da manhã saboroso para quem chega no parque cedo ou para quem busca um lanche durante a tarde.
Massas caseiras são atração de 2019
Outra novidade do PUB do Queijo deste ano é a produção caseira de massas em pleno Parque de Exposições Assis Brasil. Em uma cozinha industrial especialmente montada para o evento, os chefs prepararão diversos tipos de massas, incluindo nhoques e raviólis doces. Uma das atrações do cardápio promete ser o ravióli de romeu e julieta, que integra queijo e goiabada em um recheio agridoce e extremamente saboroso. "Estamos trabalhando com diferencial de sabor e com a diversidade que o queijo nos permite no menu", explicou Beatriz Moraes, da Storia Eventos, empresa que atua na realização do projeto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Captação de leite deverá aumentar mais de 4% no país neste ano
A captação de leite deverá crescer 4,3% este ano no país em relação aos 33,6 bilhões de litros de 2018, segundo estimativa da Viva Lácteos, associação que reúne os principais laticínios do país. Caso a projeção se concretize, o volume poderá chegar a 35 bilhões de litros.
A captação, que começou o ano em baixa por causa da menor oferta da matéria-prima, ganhou fôlego no segundo trimestre após a entrada da safra do Sul do país e foi impulsionada pelos preços ao produtor, que subiram nos seis primeiros meses do ano em razão da oferta restrita. Nos sete primeiros meses do ano, esses preços subiram 11,5%, em termos reais, segundo relatório do Cepea/Esalq.
"Começamos o ano com uma expectativa de reaquecimento da economia. Então, nesse período houve aumento das importações e maior demanda por parte das indústrias - o que gerou um aquecimento no preço do mercado interno e estimulou a produção", afirma o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Costa Martins. Como a economia não reagiu conforme a expectativa, as importações caíram a partir de abril e houve uma estabilização da oferta interna, com alta de 6,5% na captação no primeiro semestre.
O crescimento projetado para a captação também leva em conta uma base menor de comparação, uma vez que no ano passado a greve dos caminhoneiros interrompeu a coleta de leite por 11 dias. "Se excluirmos o efeito greve, o crescimento seria 2,9% neste ano", diz Martins.
"Neste segundo semestre, os preços da matéria-prima ao produtor começam a recuar no mercado interno, o que deverá deixar o produto brasileiro mais competitivo e reduzir as importações", avalia Valter Galan, analista do MilkPoint.
De janeiro a julho, as importações brasileiras de produtos lácteos somaram 87,67 mil toneladas, aumento de 10% ante ao mesmo período do ano passado. "Há quem diga que as importações deverão recuar, mas acho que deverão encerrar o ano em linha com 2018", estima Martins, da Viva Lácteos. Ele projeta compras de 150 mil toneladas, ou US$ 480 milhões. Em 2018, o Brasil importou 152,62 mil toneladas, por US$ 485,75 milhões.
Nos primeiros seis meses do ano, as exportações brasileiras de produtos lácteos somaram 14,15 mil toneladas, alta de 24,5% ante ao mesmo período do ano passado. Para Martins, as exportações deverão encerrar o ano com avanços de 10% em volume, para 25,4 mil toneladas, e 5% em receita, para US$ 61 milhões.
Ainda assim, o país deverá, mais uma vez, ter déficit na balança comercial de lácteos. No primeiro semestre, o déficit foi de US$ 215 milhões. Martins estima que o déficit anual será de US$ 419 milhões, ante US$ 427,5 milhões em 2018.
Para Galan, a abertura do mercado chinês e o acordo com o Mercosul deverão levar algum tempo para se refletirem nas exportações brasileiras. "A abertura do mercado chinês é uma tremenda vitória, mas leva tempo para se fazer um ajuste de custo de produto e de qualidade para que isso se transforme em um impacto relevante", afirma.
No caso da União Europeia, o acordo, que ainda precisa ser ratificado pelo parlamento europeu, prevê uma cota de 10 mil toneladas para as exportações de leite em pó e de 30 mil toneladas de queijos, exceto a muçarela.
Por outro lado, o acordo também prevê uma redução progressiva na Tarifa Externa Comum (TEC), atualmente em 28%, para importação de produtos lácteos europeus. "Esse processo vai nos exigir uma maior competitividade e temos dez anos a partir da assinatura do acordo para isso", diz Martins. Segundo ele, a preocupação maior é gerar demanda. "Ou criamos um ambiente de competitividade para aumentar o consumo e ampliar as exportações, ou vai aumentar a pressão de seleção no setor". (As informações são do jornal Valor Econômico)
Leite/Oceania
No Norte da Austrália a disponibilidade de feno é limitada, mesmo estando em plena temporada. O resultado é que o feno tem vindo do Sul. Novos plantios estão atrasados, até o momento. Isso gera preocupação entre os produtores sobre a oferta de feno de boa qualidade à medida que a nova temporada do leite avança, mesmo porque a quantidade disponível no Sul também é limitada. Não há feno em estoque da estação passada, e a qualidade é questionável, uma vez que foi embalado em período de muita umidade e calor.
Na Nova Zelândia, mesmo com baixo volume de leite, a indústria de laticínios está bem otimista. Novos produtos lácteos estão chegando ao mercado mais cedo do que a expectativa dos compradores. Analistas observam que, mesmo não sendo incomum, o aumento da produção pegou os compradores desprevenidos quanto à magnitude e ritmo de crescimento. Mesmo estando em início sazonal de produção, o crescimento está sendo muito rápido, o que pegou o mercado de surpresa e pesou sobre os preços atuais.
A China é um cliente fundamental para a compra de produtos lácteos da Nova Zelândia. Entretanto, ainda não foram estabelecidas negociações para esta temporada. As compras da China contribuem para a cotação dos lácteos, e consequentemente para o preço do leite ao produtor. E, as variações cambiais da moeda chinesa geram incertezas na Nova Zelândia. Também não é desprezível a desaceleração da economia da China, que se torna uma apreensão permanente na Nova Zelândia. Se as exportações para a China caírem abaixo das expectativas, haverá impacto no preço do leite ao produtor na temporada, espalhando uma onda negativa por toda a Nova Zelândia. Ainda que não esteja previsto um acontecimento como este, é uma possibilidade que precisa ser muito bem observada. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
Os custos de produção da pecuária leiteira registraram estabilidade em julho. Durante o mês, os desembolsos correntes da atividade, representados pelo Custo Operacional Efetivo (COE), recuaram apenas 0,02% na "média Brasil", composta pelos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP. Esse movimento está relacionado à suave queda de 0,1% nos preços do concentrado, principal item de custo nas propriedades leiteiras do Brasil. O recuo dos preços desses insumos, por sua vez, está atrelado às retrações nas cotações do milho, em função da disponibilidade interna recorde do cereal projetada pela Conab. Apesar da recente queda no preço do leite, a relação de troca com o grupo de adubos formulados está mais favorável ao produtor frente ao primeiro mês deste ano. Em julho, o poder de compra em relação a esses insumos, que têm alto impacto no custo de formação e manutenção de forrageiras perenes e anuais, estava 10,25% maior do que o observado em janeiro. (Cepea)