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03/07/2019

Porto Alegre, 03 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.014

     Mercado Desigual

Com cota recíproca definida em 45 mil toneladas por ano, e redução progressiva de taxas em até 10 anos, o comércio de lácteos entre Mercosul e União Europeia preocupa a indústria brasileira.

- Já somos pressionados pelos países do Mercosul, que têm custos menores de produção. Agora teremos mais a pressão dos produtos europeus - prevê Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS).

Segundo o dirigente, a capacidade produtiva brasileira é bem diferente da dos europeus, que historicamente recebem incentivos para produção.

- O leite já vem passando por um momento difícil. Teremos de trabalhar a nossa competitividade - indica Guerra, acrescentando que o setor precisará de medidas compensatórias para competir de igual para igual.

Ontem, a Nestlé anunciou o fechamento de unidade de recebimento de leite localizada em Palmeira das Missões. Segundo a multinacional, o trabalho será absorvido pela fábrica de Carazinho, onde itens da marca são produzidos no Estado. Será mantida a compra de leite de 127 produtores na região. A medida visa a otimizar a logística e aumentar a eficiência. (Zero Hora)
 
                  
 

Mapa lança sistema para facilitar acesso da população a atos regulatórios

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou nesta terça-feira (2) o Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), que visa dar transparência e facilitar a participação da sociedade nos atos de regulação de competência do Mapa. O sistema online, inédito no governo, facilita a interatividade, especialmente nos casos de consultas públicas para novas regras. No mesmo evento, foi assinado termo de cooperação com as confederações da Agricultura, Pecuária e da Indústria (CNA e CNI) para levantar o estoque regulatório da área de defesa agropecuária.

O objetivo da cooperação com as entidades do setor privado é identificar atos legais “para uma análise do que pode ser revogado, incorporado ou consolidado”, explicou o secretário de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, José Guilherme Leal.

O secretário executivo do ministério, Marcos Montes, que representou a ministra no lançamento do Sisman, falou do empenho de Tereza Cristina em realizar uma gestão técnica e moderna. “A sociedade não suporta mais normas que não têm funcionalidade”. Ele também destacou a importância de trabalhar junto com o setor privado, “contando com a experiência de quem vive a prática do dia a dia”.

O sistema lançado pelo Mapa permite o acesso aos atos regulatórios, “possibilitando ao cidadão acompanhar todas as etapas desde a intenção de editar uma norma até a sua implementação”, de acordo com o coordenador de Qualidade Regulatória do Departamento de Suporte e Normas do ministério, Carlos Fonseca.

“O ministério inova ao tornar essa atividade totalmente pública, desde o período de intenção de redigir uma norma até a sua completa edição”, destaca o coordenador geral de Análise e Revisão de Atos Normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária, Rodrigo Padovani.

Judi Nóbrega, diretora do Departamento de Normas da SDA, observou que o Sisman permite maior transparência e participação social para melhorar a governabilidade e a segurança jurídica dos atos normativos da secretaria.

Para acessar o Sisman, o usuário deve efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - Solicita do Mapa. (MAPA)

Millennials cresceram e agora apresentam novos hábitos de consumo

Entender e acompanhar os hábitos dos millennials sempre foi um grande desafio para o mercado de consumo. Uma característica marcante desse público nascido entre o início da década de 1980 e o fim dos anos 1990 é a hiperconectividade: 9 em cada 10 usam celular frequentemente para se conectar. Até aí, nenhuma novidade, mas acontece que os integrantes dessa geração cresceram, ganharam novas responsabilidades e isso vem transformando suas escolhas na hora de gastar dinheiro.

Os primeiros millennials não estão longe de completar 40 anos de idade. Oito em cada dez pessoas da geração Y tiveram filhos e hoje precisam lidar com novas e complexas preocupações. Associar esse público apenas a jovens que consomem produtos e serviços de acordo com seus desejos individuais é não enxergar de forma ampla este grande grupo de pessoas. Para entender o novo momento, a Kantar elaborou o estudo "Desmistificando as Famílias Millennials". Uma das constatações é que, na América Latina, 25% das donas de casa atualmente têm menos de 34 anos. Este grupo etário representa um quarto da população da região e responde por 24% do consumo de itens básicos, o equivalente a US$ 30 milhões. 
 
Hábitos nas refeições
O dia a dia desses jovens adultos envolve lidar com restrições financeiras e com a preocupação em poupar. Com isso, alguns hábitos mudaram. Visitas a restaurantes e pedidos por delivery, por exemplo, diminuíram. Em média, as famílias chefiadas por millennials cozinham quatros vezes por semana. No Brasil, são gastos em torno de 30 minutos no preparo das refeições. As mulheres ainda são as principais responsáveis por esta tarefa, mas os homens desta geração têm cozinhado com uma frequência 50% maior em comparação a outras faixas etárias.

Compra de itens básicos
Em comparação com o restante da população da América Latina, os millennials compram 8% menos itens básicos. Em 2018, diminuíram em 3,1% o tíquete médio e visitaram 4,6% menos os pontos de venda em relação ao ano anterior. Produtos com bom custo-benefício e promoções são os mais populares. “Os Millennials gastam menos em bens de rápido consumo e compram com menor frequência”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar.

Famílias de baixa renda
O comportamento atual de consumo da geração Y é fortemente influenciado pela renda. Segundo a pesquisa, dois terços das famílias latino-americanas formadas por millennials são de baixa renda, e metade delas conta com fonte única de orçamento, já que 58% das mulheres não têm um trabalho remunerado, o que ocorre principalmente no Brasil, na Argentina e no México. Muitas dessas famílias de baixa renda são formadas por mais de cinco pessoas. Não por acaso, os itens mais comprados estão diretamente ligados aos cuidados infantis, como fralda descartável, leite em pó, snacks, biscoitos e pão. Há interesse especial em marcas próprias e econômicas, e o canal preferido é o atacarejo, devido à possibilidade de aproveitar ofertas.

Millennials com alto poder aquisitivo
Já no caso das famílias de alta renda, o mais comum são domicílios com até duas pessoas, sem crianças. A dependência de apenas uma fonte de renda cai para 37%. Famílias de millennials com renda alta costuma ter carro (63%), o que justifica a priorização de compras maiores e menos visitas aos pontos de venda. Nesse perfil, hipermercados e supermercados são os canais mais escolhidos. Segundo a Kantar, 45% do orçamento com itens básicos é gasto em missões de abastecimento. Marcas premium são as preferidas, e é bastante comum a compra de produtos associados à indulgência. A lista de compras dos millennials com alto poder aquisitivo costuma incluir: leite UHT, cerveja, iogurte, comida para pet e queijo. (As informações são do SA Varejo)

 
 
Conaprole
A Conaprole decidiu aumentar o preço do leite ao produtor, segundo fontes ligadas à diretoria da cooperativa. Será um aumento de 0,30 por litro, a partir de 1º de junho. Considerando que o pagamento estava em 10,50 pesos por litro, em média, variando de acordo com os teores de sólidos, o preço agora ficará em 10,80 pesos por litro. Segundo informou, o preço a partir de junho de 2019, para o leite com 3,92% de matéria gorda e 3,44% de proteína terá um valor médio de 10,70 pesos por litro. Com as bonificações por qualidade chegará a 10,90 pesos por litro, [R$ 1,19/litro]. Também poderá ter outra bonificação extra envolvendo os sólidos totais, que subirá de 3,50 para 8 pesos por quilo, [R$ 0,87/quilo]. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

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