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25/06/2019

Porto Alegre, 25 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.008

  Preço do leite cai 4,14% no RS

O leite deve ter queda em junho no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados pelo Conseleite/RS nesta terça-feira (25/06) em reunião na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS), o valor de referência projetado para junho é de R$ 1,1297 o litro, valor 4,14% menor do que o consolidado de maio, que fechou em R$ 1,1784.  O professor da UPF Eduardo Finamore explicou que o resultado reflete queda do leite UHT (-3,27%), do leite em pó (-1,16%) e do queijo mussarela (-4,57%) no mês.

Esta é a primeira vez que o preço do leite registra baixa expressiva em 2019, uma vez que vinha em estabilidade desde dezembro de 2018. Para o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, é preciso levar em conta que estamos entrando em período de safra, quando, tradicionalmente, a produção se eleva no campo, o que pressiona os preços. Por outro lado, argumenta que o consumo das famílias brasileiras está retraído em função do contexto econômico e de um outono e inverno com temperaturas amenas. “O consumidor está em busca de promoções, independentemente da praça onde se atua. Isso é reflexo da estagnação da economia nacional, que impacta diretamente no setor lácteo”, pontuou. Apesar desse cenário de retração de consumo, Guerra citou que, nos cinco primeiros meses do ano, o valor pago, na prática, ao produtor no campo foi maior do que o previsto pelo Conseleite. “Em um mercado não comprador, esse cenário preocupa em função da baixa margem com que vêm operando a indústria”, alerta.

Os dados do Conseleite indicam que a queda em junho também posicionou o produto abaixo do valor real praticado em 2018, uma vez que, até então, os valores de 2019 vinham acima da série do ano anterior. No entanto, no acumulado do ano, de janeiro a junho, o preço do leite, segundo Finamore, acumula um ganho real de 1,04% acima da inflação do período (IPCA). “A grande questão é como os preços vão se comportar nesse segundo semestre do ano, que vinha com estabilidade”, acrescentou.

O presidente do Conseleite ressalta que o setor – um dos grandes responsáveis pela ramificação de renda no campo - precisa de apoio para minimizar oscilações de preço e garantir margens mínimas de rentabilidade. Entre as alternativas, pontua ele, está a retomada de aquisições por parte do governo ou a adoção de cotas que regulem a pressão dos importados no mercado nacional. “As importações estão maiores do que em 2018. Só em maio em relação a abril, as importações aumentaram 25,5%”, acrescentou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
                  
 

Mais Leite Saudável supera a marca de 60 mil produtores

Desde o início do Mais Leite Saudável, em outubro de 2015, 63.706 produtores já foram beneficiados pelo programa. Em média, entre 10 mil e 15 mil novos produtores ingressam anualmente e cerca de 25 mil a 30 mil são atendidos por ano com assistência técnica, educação sanitária ou melhoramento genético.

Entre os estados com mais produtores alcançados estão o Rio Grande do Sul (18.230), Minas Gerais (18.222), Santa Catarina (11.666), Paraná (4.734) e Mato Grosso (3.360).

Quase R$ 240 milhões foram investidos em projetos de fomento, gerando aos laticínios participantes R$ 4,5 bilhões em créditos presumidos, disponibilizados em forma de compensação de impostos ou monetização. Os benefícios incluem aumento da rentabilidade, da produtividade e competitividade, de boas práticas agropecuárias, incentivo à certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, melhoramento genético de rebanhos, da qualidade do leite (contagem de células somáticas e bacterianas) e microbiológica, além da redução da mortalidade de bezerras.

Produtores, laticínios, técnicos de campo e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovem o fomento para pequenos e médios produtores de leite, com impacto positivo no desenvolvimento de 2.068 municípios em mais de 20 estados.

Com mais de 600 projetos aprovados, dos quais 385 em vigência, o programa não está restrito apenas a estabelecimentos sob Inspeção Federal. De 440 laticínios participantes, 76,4% estão sob inspeção Federal (SIF) e 23,6% sob inspeção estadual ou municipal (SIM ou SIE).

O Mais Leite Saudável não se restringe à bovinocultura de leite, podendo contemplar projetos para bubalinocultura e caprino e ovinocultura.

Cerca de metade dos projetos em execução são de assistência técnica e gerencial. Outras ações estão distribuídas na Melhoria da Qualidade do Leite (38,7%), Melhoramento Genético (6,8%), Implementação de Manejo Sanitário, incluindo controle de brucelose e tuberculose (3%), e redução da taxa de mortalidade de bezerras 0,5%.

O Programa Mais Leite Saudável passou a ser estratégico do Mapa, com meta de 150 mil produtores a serem atendidos até 2035. A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, responsável pela gestão do programa, trabalha para viabilizar essa meta, apostando haver muito espaço para crescimento.

Uma das ferramentas para sua expansão é o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), instituído pela Instrução Normativa 77, de novembro do ano passado. A coordenação (CBPA) tem realizado seminários em todas as regiões brasileiras para divulgação do plano e do programa.

Qualificação de fornecedores de leite
A implementação do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) é obrigatória aos laticínios. A ferramenta funciona como controle e aproximação da sua relação com os produtores, visando maior segurança para o consumidor e maior desenvolvimento da atividade.

“A obrigatoriedade de possuir um plano de qualificação amplia a assistência técnica a produtores, por parte dos laticínios, o que resulta em melhoria da produtividade, da qualidade e, consequentemente, da competitividade na cadeia leiteira nacional”, observa o coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Rodrigo Dantas.

A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), responsável por coordenar o acompanhamento da execução das ações dos planos de qualificação em todo país, publicou em maio, o Guia Orientativo para Elaboração do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite. Para saber mais sobre o Programa Mais Leite Saudável, clique aqui. (As informações são do Mapa)

Preços/NZ

Guy Trafford olha o cenário para a nova temporada depois da terceira queda consecutiva do GDT. Com poucas exceções, bancos e analistas preveem o preço do leite ao produtor em torno de NZ$ 7,00. O banco ANZ projeta NZ$ 7,30; o Westpac NZ$ 7,20; o Rabobank NZ$ 7,15; e o ASB NZ$ 7,00.

A fonterra publicou a faixa de NZ$ 6,25-NZ$ 7,25, com o ponto médio em NZ$ 6,75;

No entanto, o DairyAnalytics atribuiu o valor de NZ$ 6,57.

O fato de haver diferenças maiores do que 10% indica que existem muitas incertezas no momento, e que pelo menos, por enquanto, não devem se dissipar até o final do ano. O certo é que muitas dessas projeções já estão lançadas há muitos meses, e podem ser revisadas pelos economistas a qualquer momento. O mais seguro seria ficar na média da Fonterra, NZ$ 6,75. É um valor que abarca alguns indicadores globais e o que a Fonterra deve pagar aos seus agricultores para que permaneçam na atividade. Outras indústrias fizeram as seguintes projeções: Synlait, NZ$ 7,00; Westland igual à Fonterra; Tatua, NZ$ 7,50; a Open Country ainda não divulgou suas projeções, mas, normalmente se alinha à Fonterra.

Isto nos leva a olhar para os preços internacionais no momento. O último GlobalDairyTrade registrou nova queda de -3,8%. É a terceira baixa e a maior dos últimos tempos. O leite em pó integral caiu 4,3% e está agora cotado a US$ 3.006/tonelada, acumulando seis quedas sucessivas. Ainda que o valor esteja em torno da média dos últimos três anos, as incertezas sobre o mercado e a produção não recomendam previsões razoáveis.

Pelo menos para 215 produtores, o pagamento de NZ$ 6,75 não parece ser tão ruim, pois aderiram à opção lançada pela Fonterra. Outras oportunidades para aderir a essa opção estarão disponíveis nos próximos meses. 

Dado que muitos preveem pagamento de NZ$ 7,00, os bancos aproveitam para tentar negociar com os fazendeiros a redução das dívidas, acreditando que eles não irão receber preços menores. (Fonte da Notícia:interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)

 
Balança tem superávit de US$ 1,737 bilhão na terceira semana de junho
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,737 bilhão na terceira semana de junho. O valor resulta de exportações de US$ 4,466 bilhões e importações de US$ 2,730 bilhões no período. No mês, o saldo positivo soma US$ 4,033 bilhões e, no ano, acumula US$ 26,144 bilhões. As informações foram divulgadas nesta última segunda-feira (24) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex). A média diária de exportações até a terceira semana somou US$ 967,5 milhões, avanço de 1% sobre junho do ano passado. O desempenho foi sustentado pelo aumento no embarque de básicos (+14,3%), com destaque para petróleo em bruto, minério de ferro, carnes de frango, bovina e suína, algodão em bruto e milho em grãos. Em contrapartida, as vendas de produtos semimanufaturados e manufaturados encolheram na comparação com junho do ano passado. No primeiro grupo, o recuo de 10,9% foi puxado por semimanufaturados de ferro/aço, celulose, açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, couros e peles e estanho em bruto. Entre os manufaturados, a retração de 5,2% foi liderada por aviões, automóveis de passageiros, torneiras e válvulas, máquinas e aparelhos para terraplanagem, tubos flexíveis de ferro ou aço e laminados planos de ferro ou aço. A média diária de importações até a terceira semana de junho deste ano somou US$ 679,4 milhões, 0,4% abaixo da média de junho de 2018. Nesse comparativo, decresceram os gastos, principalmente, com farmacêuticos (-20,7%), veículos automóveis e partes (-18,2%), siderúrgicos (-10,7%), plásticos e obras (-7,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (-5,2%). (As informações são do jornal Valor Econômico)

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