Porto Alegre, 05 de abril de 2019 Ano 13 - N° 2.953
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou em seu site o trabalho feito pela EsalqLog/USP que estabelece as bases para uma nova metodologia de cálculo para tabelamento de preços mínimos de fretes rodoviários no país.
Contribuições públicas poderão ser feitas a partir do dia 9 (próxima terça-feira) e encontros presenciais serão realizados em cinco capitais brasileiras (Belém- PA, RecifePE, São Paulo-SP, Porto Alegre-RS e Brasília-DF) durante todo este mês. O trabalho leva em consideração os preços médios praticados antes e após a Lei nº 13.703, de 8 de agosto de 2018, que estabeleceu a tabela, além de reajustes de combustível, inflação e custos para os transportadores em diferentes rotas e tipos de carga.
Foram publicados parâmetros para carga geral, perigosa, sólida a granel, líquida a granel, líquida e perigosa a granel, sólida e perigosa a granel, frigorificada, frigorificada perigosa, neogranel, conteinerizada e conteinerizada perigosa.
O estudo sugere inicialmente pisos mínimos regionalizados, inclusão de novos tipos de carga, utilização do conceito frete/peso - em vez de frete/volume -, inclusão de custos fixos relacionados ao transporte de cargas perigosas e conceito de função linear em vez de faixas de distância. O documento completo e o link para a consulta pública estão disponíveis no site. (As informações são do jornal Valor Econômico)
FAO: diferente da estabilidade no índice dos preços dos alimentos, lácteos têm 3ª alta consecutiva
O índice de preços dos alimentos da FAO, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para agricultura e alimentação, ficou praticamente estável em março. Alcançou 167 pontos, sendo 0,2 pontos a mais que em fevereiro e uma queda de 3,6% em relação a março de 2018.
A leve variação mensal foi resultado de um aumento acentuado nos preços dos lácteos e das cotações mais firmes das carnes, compensados pelas quedas de cereais, oleaginosas e açúcares.
O indicador específico dos lácteos registrou a terceira alta consecutiva e alcançou 204,3 pontos, 6,2% mais que em fevereiro. Houve aumento dos preços da manteiga, do leite em pó integral e do queijo, principalmente em virtude da menor oferta na Oceania. Em contrapartida, disse a FAO em relatório, os valores do leite em pó desnatado recuaram.
O sub-índice de carnes subiu marginalmente, 0,4%, em relação ao resultado revisado de fevereiro e ficou em 162,5 pontos. "As cotações das carnes suína, bovina e de frango receberam impulso de um aumento na demanda de importação, especialmente da China. Por outro lado, as cotações da carne de ovinos recuaram pelo terceiro mês consecutivo devido à grande disponibilidade de exportação da Oceania".
O indicador dos cereais caiu 2,2% em março ante fevereiro, para 164,8 pontos. Os preços do trigo foram os que mais recuaram no mês, mas os do milho também caíram, ambos devido a maior oferta mundial. A cotação média dos óleos vegetais também caiu em março, influenciada importações moderadas de óleo de soja, canola e palma, ao mesmo tempo em que se percebeu um acúmulo de estoques nos países produtores.
O indicador ficou em 127,6 pontos em março, 4,4% menos que em fevereiro. Conforme a FAO, o preço médio do açúcar também caiu, refletindo a maior oferta em países produtores como Brasil e Índia. A agência também citou que a fraqueza do real ante o dólar faz pressão adicional sobre as cotações. O subíndice de açúcar ficou em 180,4 pontos em março, com queda de 2,1%. (As informações são do jornal Valor Econômico)
Leite/Europa
Indicadores preliminares da produção de leite neste início de temporada na Europa Ocidental detectaram duas coisas: 1 – produção sazonal crescente; 2 – a produção está maior do que a verificada nessa mesma época do ano passado.
A esperança é que esses resultados dissipem as preocupações resultantes da menor produção de leite em janeiro, que foram atribuídas ao clima excepcionalmente frio, e que poderiam frustrar as expectativas de aumento da produção total de leite em 2019. A indústria de laticínios da União Europeia (UE) está bastante confiante de que, tratados comerciais favoráveis e relações duradouras com clientes, propiciem a exportação de qualquer produto lácteo excedente. Assim, quanto mais leite produzido em 2019, mais lucros para as indústrias.
A produção de leite da UE em janeiro de 2019 foi de 12,9 milhões de toneladas, 1,4% menor do que a registrada em janeiro de 2018, apontou a Eurostat. O resultado foi inesperado. O tempo atípico de janeiro foi responsabilizado pela queda no desempenho dos principais países produtores de leite do bloco.
No ranking de janeiro do Reino Unido aparece como o terceiro maior produtor de leite da UE, o que faz lembrar o quanto pode ser desafiador o Brexit para o comércio local e mundial de lácteos.
Quaisquer que sejam os méritos ou deméritos do Brexit, a indústria de laticínios, tanto da UE, como do Reino Unido, está extremamente apreensiva sobre o impacto da retirada do Reino Unido. A falta de um acordo sobre a saída adiciona mais incertezas.
As deliberações caóticas do Reino Unido preocupam produtores, processadores e comerciantes do setor lácteo, porque não conseguem planejar o futuro. O mercado atual de queijo da Europa Ocidental está tendo uma boa demanda. As indústrias estão gerenciando bem a oferta doméstica e de exportação, e não há problema se houver mais fabricação de queijo.
A produção de queijo no mês de janeiro de 2019 foi de 772.430 toneladas, 1% menos do que a produção de janeiro de 2018, de acordo com a Eurostat. A maioria das indústrias fabricantes de queijo gostariam de ter mais leite para produzir mais queijos. As exportações europeias de queijo em janeiro de 2019 totalizaram 67.991 toneladas, aumento de 8% em relação a janeiro de 2018, e foi correspondente a 8,8% da produção. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou para o dia 30 de abril de 2020 o Convênio 100/97, que trata da isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o transporte de insumos agrícolas dentro dos Estados e dá desconto quando a movimentação é interestadual. A decisão ocorreu durante votação do Conselho realizada nesta sexta-feira (5), em Brasília. Para o deputado federal José Mário Schreiner (DEM-GO), vice-presidente da região centro-oeste da Frente Parlamentar da Agropecuária, a prorrogação é uma conquista fundamental para o setor agropecuário brasileiro. “Toda nossa mobilização de conscientização foi essencial para essa conquista. O Convênio 100/97 assegura a competitividade do setor agropecuário brasileiro e toda sociedade. Os impactos do incentivo foram diretos na redução do custo de produção da agropecuária nacional”, destaca o deputado. José Mário também ressalta a união das entidades de classe para esta conquista. “O trabalho das entidades representativas como a FPA, CNA e nossa Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados foi extremamente importante no processo de convencimento da importância da manutenção do Convênio 100”, disse. (Portal FPA, com informações da Assessoria)