Porto Alegre, 26 de março de 2019 Ano 13 - N° 2.945
Preço do leite se mantém estável no Rio Grande do Sul em março
O mês de março está sendo marcado pela estabilidade no preço do leite padrão produzido no Rio Grande do Sul. Segundo indexador projetado para este mês pelo Conseleite, o valor de referência ao produtor é de 1,1365, pouco abaixo do preço consolidado em fevereiro/2019 (1,1366). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26), pelos integrantes do Conseleite, durante reunião na Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo.
Foto: Luciana Radicione
O setor ainda debateu a necessidade de adequação dos produtores às INs 76 e 77, que entram em vigor ao final do mês de maio. De acordo com Guerra, a cadeia leiteira também está atenta e na expectativa quanto à prometida sobretaxação ao leite em pó da União Europeia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
O Japão foi adicionado à lista de países que podem exportar produtos lácteos para a União Europeia (UE). O país asiático solicitou à Comissão Europeia autorização para exportar leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.
De acordo com um documento divulgado pela UE, do ponto de vista da saúde animal, o Japão é um país listado pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre de febre aftosa onde a vacinação não é praticada e, portanto, cumpre os requerimentos de saúde animal da UE.
A Comissão realizou recentemente controles veterinários no Japão e afirmou que os resultados demonstram que a autoridade competente do Japão fornece garantias adequadas no que diz respeito ao cumprimento dos requisitos em matéria de importação para a saúde animal.
O documento da UE afirma que, à luz das garantias adequadas fornecidas pelo Japão e da situação favorável da saúde animal no que se refere à febre aftosa no Japão, é adequado incluir o Japão no anexo I do Regulamento (UE) no 605/2010, a lista de países terceiros ou partes de países terceiros autorizados para a introdução na UE de remessas de leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.
Os novos regulamentos entraram em vigor ontem (25 de março). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
As empresas de embalagens investem na capacidade de produção e buscam atender ao aumento da demanda por produtos de maior valor agregado – principalmente em alimentos – diante da perspectiva de melhora do consumo.
“As expectativas são boas. O ano passado já não foi ruim, frente a realidade econômica do País. Para 2019, a perspectiva é melhor, principalmente em termos de cenário econômico e mercado”, afirma o diretor de negócios da Camargo Cia de Embalagens, Felipe Toledo. O principal segmento de atuação da empresa é a indústria alimentícia. “É um setor que tem ligação imediata com o aumento de consumo.”
Em 2018, a empresa obteve crescimento de 14% no volume de produção. Para este ano, investiu em uma nova impressora, que irá entrar em operação no segundo semestre. A previsão é de que a capacidade produtiva terá um incremento de 20%. “Esse investimento é voltado para o serviço de acabamento, que a empresa não fazia. Faz parte de uma estratégia para abranger toda a cadeia e oferecer mais opções ao cliente”, explica. Toledo conta que o mercado tem demandado produtos não convencionais e de maior valor agregado. “A embalagem impacta o consumidor por várias razões, seja pelo design diferenciado, pela sua clareza nas informações sobre o produto, por sua praticidade de uso e até mesmo por serem ecologicamente corretas.”
A Camargo espera atingir novos mercados, como o farmacêutico e o de cosméticos, e um 2019 de maior estabilidade em termos de custos. “Sofremos no último ano com a volatilidade muito alta do câmbio e das resinas usadas como matéria-prima”, conta Toledo.
Ele destaca que a empresa tenta repassar os custos para preservar as margens, mas que isso costuma levar tempo. “Não é possível fazer o repasse no mesmo momento do impacto, sempre há um atraso.”
O diretor da divisão de serviços da Tetra Pak para as Américas, Edison Kubo, declara que a companhia ampliou a operação da sua divisão de serviços — voltada para a oferta e desenvolvimento de soluções em unidades industriais — para atender qualquer empresa, mesmo aquelas que utilizam máquinas e embalagens fornecidas por concorrentes.
De acordo com o executivo, a ideia é ganhar maior capilaridade e entrar em novos segmentos do mercado. “Trabalhamos para ampliar essa área para atender toda a indústria de alimentos e bebidas. Avançamos em nosso portfólio de componentes e soluções para linhas de produção, além de serviços de automação.”
Kubo assinala que, em função da queda de mercado durante a crise, a ociosidade é alta na produção no segmento de bebidas e que os fabricantes têm colocado foco na redução de custos. “A partir desse ano, estamos vendo sinais positivos de alguns clientes, se preparando para um aquecimento da economia.” O executivo tem expectativa de que esse movimento de recuperação se consolide nos próximos meses. “Depende do cenário político e econômico, mas há perspectivas de novos negócios.” Ele afirma que, mesmo que a economia não cresça, a indústria tem demanda de serviços para melhorar seus equipamentos.
Kubo projeta que a área de serviços tenha crescimento próximo a 10%. “A indústria tem essa necessidade de melhorar a eficiência e reduzir custos. O setor de serviços trouxe um crescimento considerável para a Tetra Pak.”
Projeções
De acordo com um estudo realizado pela consultoria Euromonitor para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), o valor bruto da produção de embalagens em 2018 movimentou um total de R$ 78,5 bilhões, alta de 10,4% em relação a 2017. A produção física cresceu 2,5% na mesma base. Já as exportações movimentaram US$ 573,3 milhões, um crescimento de 7% em relação a 2017.
O estudo prevê recuperação para todas as indústrias de bens de consumo nos próximos anos, com efeitos positivos para as embalagens primárias (que ficam em contato direto com o produto), gerando crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo. (DCI)
A captação de leite em fevereiro foi de 112,6 milhões de litros, 11,8% menor do que em fevereiro de 2018, e o menor volume desde 2012 quanto a captação totalizou 109 milhões de litros.
Nos dois primeiros meses do ano a captação de leite caiu 9% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019) a captação ficou 1,9% acima do período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).
Captações em: fevereiro de 2011: 109.087 milhões de litros; fevereiro de 2012: 134.329 milhões de litros; fevereiro de 2013: 121.003 milhões de litros; fevereiro de 2014: 122.755 milhões de litros; fevereiro de 2015: 129.015 milhões de litros; fevereiro de 2016: 114.978 milhões de litros; fevereiro de 2017: 118.734 milhões de litros; fevereiro de 2018: 127.721 milhões de litros; fevereiro de 2019: 112.608 milhões de litros. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)