Porto Alegre, 13 de março de 2019 Ano 13 - N° 2.936
Empresas associadas ao Sindilat são reconhecidas no Marcas de Quem Decide
O trabalho das indústrias de laticínios foi reconhecido pelos consumidores gaúchos na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata. Os entrevistados indicaram nas categorias Produtos lácteos e queijos aquelas marcas mais lembradas e preferidas. Em ambas as categorias, as empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Cooperativa Santa Clara, Piá e Elegê ficaram entre as cinco primeiras. O resultado foi divulgado no dia 12/03 (terça-feira), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
Assim como no ano passado, a Cooperativa Santa Clara liderou o segmento de produtos lácteos, com 27% dos votos, como a marca preferida dos gaúchos, o que representa um crescimento de 3,3 pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando obteve 23,7% dos votos. A Piá ficou em segundo lugar, com 21,3% dos votos. A Elegê se manteve em terceiro lugar com 9,8% da preferência dos entrevistados, o que representa um crescimento de 3,0 pontos percentuais em comparação à pesquisa de 2018. A Santa Clara também foi a marca mais lembrada pelos gaúchos com 26,4% dos votos, seguida da Piá, com 19,0%, e da Elegê, com 10,3%.
Assim como no segmento de produtos lácteos, a Santa Clara dominou a categoria dos queijos tanto como marca mais lembrada quanto preferida dos gaúchos. Ao todo, 46,3% dos entrevistados apontaram a Cooperativa de Carlos Barbosa como a mais lembrada e 38,5% têm a marca como sua preferida. A RAR se manteve em segundo lugar em lembrança e preferência, totalizando 4,0% e 6,3% dos votos, respectivamente. A Elegê assumiu o terceiro lugar de marca mais lembrada, com 2,3% dos votos, e a Piá de marca preferia com 3,4% dos votos. No ano passado, a colocação havia sido dominada pela marca Santa Rosa. A Santa Clara também se destacou na categoria Cooperativa, obtendo o segundo lugar como marca mais lembrada com 6,3% dos votos e terceiro lugar como marca preferida com 5,7% dos votos. A 21° edição da pesquisa ouviu 348 gestores em 47 municípios gaúchos, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
15ª edição do evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, na Expodireto Cotrijal
A 15ª edição do Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (13), na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, começou com clima de otimismo e esperança após o discurso do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho. Os integrantes da cadeia produtiva leiteira, que lotaram o auditório central do Parque de Exposições, escutaram o compromisso e o engajamento do secretário, que saiu em defesa das demandas do setor com o Mercosul, da ampliação do uso de forrageiras pelos produtores e com relação ao fim do subsídio sobre a energia elétrica utilizada pelos produtores rurais. “Conversamos com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que nos sinalizou que o subsídio será mantido e prorrogado por um ano. Após esse prazo, serão feitas algumas adequações”, afirmou o representante do executivo gaúcho no evento.
As mudanças no cenário produtivo do leite dos últimos anos e a necessidade de implementação de tecnologias de produção para que os pequenos produtores não sejam engolidos pelos grandes, e para que consigam produzir para multinacionais, norteou a manhã de palestras no Fórum Estadual do Leite. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, foi o responsável por abordar esse novo tempo para o setor leiteiro, comparando a cadeia produtiva do passado com a que pode se transformar a partir do uso da Tecnologia da Informação (TI), dos jovens e suas ideias criativas e de grandes players que já perceberam a importância da cadeia produtiva do leite, a exemplo de Microsoft, Cisco, IBM, TOTVS, entre outras gigantes.
“É essencial que haja uma adequação às novas demandas dos clientes. Não podemos nos acomodar”, destacou Martins, ao apontar que o mundo atual é o do compartilhamento – de conhecimentos, de produtos e de serviços. “O novo mundo e a nova economia mudaram a lógica da produção”, frisou, chamando a atenção para a transformação que se avizinha também ao setor do leite. Citou o Ideas for Milk, desafio de startups que vem ao longo dos anos destacando grandes inovações voltadas exclusivamente ao setor leiteiro. “O mundo digital veio para resolver grande parte dos nossos problemas”, afirmou Martins.
O economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, lembrou que o setor, em 2017, pagou fortemente pelo ‘preço’ da crise, quando em apenas um ano foram perdidas conquistas equivalentes a oito anos em termos de consumo. “Estamos, porém, na terceira posição na produção mundial e não figuramos entre os maiores importadores, nem exportadores”, afirmou o economista. No período 2000-2017, destacou Carvalho, o Brasil foi o país que apresentou o segundo maior crescimento em produção do mundo. “Crescemos 65% e só perdemos para a Nova Zelândia”, afirmou. Metade desse crescimento ocorreu nos estados da Região Sul (35,7%). De acordo com Carvalho, a área agricultável do Brasil equivale ao território de 33 países do continente europeu. Esse fato demonstra que a produção agrícola e pecuária do país ainda tem muito a crescer, mas é preciso ampliar a eficiência para melhorar a competitividade.
Uma das idealizadoras do movimento #bebamaisleite, Ana Paula Menegatti, falou sobre as ações realizadas pelo Brasil em prol da conscientização de crianças e adultos sobre os benefícios da ingestão de leite. Para isso, por meio de parcerias com indústrias, ela e a sócia Flávia Fontes utilizam diversas ferramentas que vão desde eventos próprios até promoção de palestras e debates com celebridades que também apreciam a bebida, além de médicos e especialistas na área.
Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, as palestras do Fórum Estadual do Leite evidenciaram a necessidade de adoção de atitudes rápidas e concretas por parte do setor para seja possível melhorar a competitividade da cadeia produtiva. “Isso é fundamental para que possamos continuar neste mercado competitivo e globalizado”, disse, chamando a atenção para a necessidade de que a produtividade por animal seja ampliada. Como consequência, pontua Guerra, os custos de logística e de operação reduzem, permitem uma readequação da indústria e possibilitam que o país deixe de ser importador para se tornar uma nação exportadora de lácteos. “Temos muito trabalho a ser feito e esses desafios devem ser encarados como oportunidades”.
O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Fotos: Thaise Teixeira
Leite UHT - O preço do leite UHT registrou nova alta, de 0,29%, na última semana, fechando o período com média de R$ 2,40/litro. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações permaneceram enfraquecidas durante a semana do Carnaval, mas o valor do leite no campo continua em patamares elevados, o que impulsionou as cotações do derivado.
Já o valor do queijo muçarela recuou entre a última semana de fevereiro e a primeira de março, para a média de R$ 17,4848/kg, 0,24% menor do que na semana anterior. O mercado de queijo muçarela continua oscilando diariamente e, de acordo com colaboradores do Cepea, a desvalorização esteve atrelada ao período de Carnaval, que reduziu as negociações. Para as próximas semanas, a previsão é de alta nos preços para ambos os derivados. (Cepea)