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18/02/2019

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.922

     Exportações de lácteos da Argentina cresceram 38% em 2018 e geraram US$ 1 bilhão

No meio de uma situação crítica que afeta o setor leiteiro da Argentina, o governo nacional destacou o forte crescimento das exportações de produtos lácteos no ano passado. Segundo dados da Direção Nacional de Leite da Secretaria de Agroindústria, durante o ano de 2018 foram exportadas 334,4 mil toneladas, 38,2% a mais do que as 243,5 mil toneladas exportadas no ano anterior. Isso significou uma receita de US$ 1,008 bilhão, o que significa um aumento próximo a 30% com relação aos US$ 776 milhões exportados em 2017.

"As exportações são o caminho para um setor leiteiro ordenado que tem previsibilidade. Esse crescimento está confirmando que, além do preço ou conjuntura climática, o leite tem uma política pública de transparência, ordenação e liderança de mercado", afirmou o secretário da Agroindústria, Luis Miguel Etchevehere.

Destinos e produtos
Dados oficiais indicam que as vendas foram canalizadas para 69 países em todo o mundo. Os top 5 de maior demanda são o Brasil, Argélia, China, Rússia e China.

Enquanto entre os principais produtos comercializados, no topo da lista estão leite em pó integral (40%), soro de leite (18%), queijos (17%), leite em pó desnatado (7%) e leite com fórmulas infantis (6%). Segundo o governo, esse crescimento das exportações foi alcançado graças ao aumento da produção das fazendas leiteiras, que no ano passado enviaram às indústrias 10,527 bilhões de litros de leite, o que representou um aumento de 4,3% em relação aos 10,097 bilhões produzido em 2017. Assim, as exportações aumentaram sua participação no negócio de 16 para 22%. (As informações são do Agrovoz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 

RS: serviço de inspeção de Caxias do Sul tem equivalência ao Sisbi-Poa reconhecida

O município de Caxias do Sul (RS) obteve reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção municipal de produtos de origem animal junto ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa). O reconhecimento foi regulamentado pela Portaria SDA n°10, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta última sexta-feira (15).

Foram indicados para inclusão no Cadastro Geral do Sisbi-Poa, inicialmente quatro estabelecimentos, sendo dois laticínios, uma granja de ovos e derivados e um entreposto de produtos cárneos e lácteos, que poderão comercializar seus produtos em todo o território nacional.

Atualmente, constam no Cadastro Geral do Sisbi-Poa, os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, além do Distrito Federal, 17 municípios (Alegrete, Cascavel, Chapecó, Engenho Velho, Erechim, Glorinha, Ibiúna, Itu, Marau, Miraguaí, Rio Claro, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santana do Livramento, São Pedro do Butiá e Uberlândia) e três consórcios (Cidema/SC, Consad/SC e Codevale/MS).

Para obter a equivalência dos seus serviços de inspeção junto ao Mapa é preciso comprovar que as medidas de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica praticadas permitem alcançar os mesmos objetivos de inspeção, fiscalização, inocuidade e qualidade dos produtos dos demais integrantes do sistema do Mapa.

Os requisitos e demais procedimentos necessários para a adesão ao sistema estão definidos na legislação vigente e disponibilizados aqui. Para maiores informações, os interessados podem procurar a Divisão de Defesa Agropecuária nas Superintendências Federais de Agricultura em seu estado.

"O Sisbi-Poa tem por objetivo padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal entre os serviços de inspeção municipal, estadual e federal, integrantes do sistema para ampliar a oferta de alimentos seguros ao consumidor brasileiro", explica Judi Nóbrega, diretora do Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Leite/Europa

Os dados oficiais da União Europeia (UE) ainda não saíram, mas informações extraoficiais da associação ZMB relatam que a produção recorde de leite na Irlanda em dezembro de 2018, cresceu 23,2% em relação à de dezembro de 2017.

O aumento anual de 3,4% foi reprimido pelo clima frio e úmido da primavera de 2018, além da seca de julho. Informações preliminares indicam que a Dinamarca atingiu uma produção recorde em 2018, ou seja, 5,6 milhões de toneladas, 2,3% a mais do que em 2017. A demanda por queijo semiduro na Europa Ocidental está forte e os fornecedores estão apertados. O interesse por compras existe tanto para o mercado interno como para exportações. Vários compradores em potencial estão ficando desapontados por não poderem ser atendidos. Toda a produção está comprometida e vendida antecipadamente. Estoques antigos estão sendo liberados para atender a demanda. Também é um desapontamento para clientes que têm interesse especial por queijos mais curados. O tratado de livre comércio UE-Cingapura foi ratificado pelo Parlamento Europeu nesta semana. Os produtos lácteos procedentes da UE entrarão em Cingapura sem tarifas. As tarifas tiveram as tarifas congeladas em zero, e isso é muito bem-vindo. Assinar tratado semelhante com o Vietnã é a próxima etapa na agenda da UE.

A Ucrânia tem se esforçado para aumentar a produção de leite e as exportações de lácteos. Esse esforço atingiu resultados positivos para alguns produtos. O percentual de exportação de lácteos aumentou em novembro de 2018, em comparação com novembro de 2017 para alguns produtos, como divulgado pelo site CLAL. Algumas variações foram: Leite e creme (+49,3%); Manteiga (+3,4%); Leite em pó integral (+2,7%). E Caseína (+10,2%).

As plantas estão em expansão na Ucrânia para fabricação de produtos lácteos de maior valor agregado para exportação, e que propiciem melhor retorno. Em particular, a produção de caseína e manteiga está em expansão. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Em 2020, Cepea deixará de calcular preço bruto do leite ao produtor
Os preços brutos do leite ao produtor deixarão de ser calculados pelo Cepea a partir de 2020. Isso porque o cálculo do preço bruto inclui, além do preço do leite recebido pelo produtor, impostos e frete e essas duas variáveis são exógenas ao valor, de modo que as suas variações podem afetar o cálculo da média final sem que isso reflita o mercado. Além disso, há grande heterogeneidade nas condições de aplicação de ambas as variáveis, dificultando a comparação entre médias. O Cepea recomenda a utilização dos preços líquidos para análises e negociações. Além disso, é importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que o setor esteja precavido desses aspectos ao utilizar os dados. (As informações são do Cepea)

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