Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2019 Ano 13 - N° 2.920
Aliança Láctea Sul Brasileira abre os trabalhos de 2019
O primeiro encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira já tem data e local marcados. O grupo retomará suas atividades no dia 18 de fevereiro, em Curitiba, no Paraná, em reunião que contará com a presença do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra.
De acordo com ele, um dos temas que estarão em pauta é adequação de produtores e indústrias às novas instruções normativas do Ministério da Agricultura que visam a garantir a qualidade e sanidade do leite no Brasil (INs 76 e 77) e entram em vigor em 25 de maio. "A união dos três estados através da Aliança Láctea proporciona condições de criarmos diferenciais competitivos para o desenvolvimento contínuo do setor com o objetivo de nos transformarmos exportadores”, afirmou.
As prioridades da Aliança Láctea para 2019 também estarão em debate. As diretrizes do grupo para o período serão apresentadas pelo coordenador geral Airton Spies. Ainda está prevista a apresentação do estudo desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre a viabilidade da exportação de produtos lácteos brasileiros.
São aguardadas presenças dos secretários de Agricultura dos três estados da região Sul, Norberto Ortiga (PR), Ricardo de Golvêa (SC) e Covatti Filho (RS). O presidente da Farsul, Gedeão Pereira também estará presente. A reunião ocorrerá às 10h na Sala do Conselho da Federação da Agricultura do Estado do Paraná - FAEP (Rua Marechal Deodoro, n° 450, 15° andar, Centro, Curitiba/PR). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Importação caiu em 2018
O Brasil importou 9,15 mil toneladas de leite e derivados em janeiro, volume 98,4% superior ao do mesmo mês em 2018, segundo o Ministério da Economia. No segundo semestre do ano passado, a compra teve picos de alta, o maior em outubro, de 14,23 mil toneladas. Mesmo assim, o ano terminou com um volume importado de 96,68 mil toneladas, 6,5% inferior ao de 2017. As exportações de janeiro de 2019 caíram 36,5% em relação a janeiro de 2018, e ficaram em 639,9 toneladas. No total, em 2018 o Brasil exportou 10,11 toneladas de leite, 57,7% menos que em 2017.
Para o presidente do Conseleite e secretário geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Pedrinho Signori, a importação de janeiro ainda não chega a preocupar, uma vez que a base de comparação é o primeiro mês de 2017, quando o volume importado foi insignificante. Signori diz que o que realmente preocupa é saber que 24,4% do leite importado em janeiro ficou no Rio Grande do Sul e anuncia uma das metas da federação para este ano. "A Fetag pretende lutar, junto com os parlamentares gaúchos, por um projeto de lei que retire benefícios fiscais de empresas que importarem leite em detrimento do produto local", ressalta. O secretário geral lembra que o Estado tem alta produção e que é "inaceitável" que uma indústria importe o produto para pagar ainda menos.
O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, explica que como a maior parte do leite importado vem de Uruguai e da Argentina, o Estado acaba sendo um corredor de entrada do produto. Palharini destaca que o setor quer obter do governo federal o compromisso de conter as importações, que prejudicam produtor e indústria leiteira. (Correio do Povo)
Deputados gaúchos vão a Brasília cobrar ajuda ao setor leiteiro
Deputados da Assembleia Legislativa estarão hoje em Brasília em missão oficial. Os parlamentares serão recebidos às 11h30 pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tratar da crise do leite instalada por conta do anúncio do governo Bolsonaro de encerrar a cobrança tarifária sobre a importação de leite vindo da União Europeia e Nova Zelândia. O objetivo é cobrar soluções urgentes que atendam ao setor leiteiro. Além de Lorenzoni, os deputados se encontrarão com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A comitiva gaúcha também vai tratar do tema da Lei Kandir. A ideia é cobrar a compensação pelo ICMS que o Estado deixa de arrecadar com a desoneração das exportações, e pedir urgência na aprovação da proposta de regulamentação. (Jornal do Comércio)
Mapa automatiza licenças de importação de produtos comestíveis de origem animal
Nesta próxima sexta-feira (15) entrará em vigor o artigo 5º da Instrução Normativa nº 34, que publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 27 de setembro de 2018, automatizando os procedimentos de autorização prévia às importações de produtos comestíveis de origem animal pelo (DIPOA), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
Segundo o chefe da Divisão de Produtos Importados do DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), Paulo Humberto Araújo, "por meio de sistema automatizado, serão protocolados todos os requerimentos de importação regulares, substitutivas e de reimportação, acessando o link disponibilizado". Fora desse sistema, explicou, somente serão protocolados os requerimentos de autorização de importação de amostras sem valor comercial, concluiu ele.
Com o objetivo de orientar os importadores e despachantes será realizada hoje (13), a partir das 15 horas, uma reunião no auditório Senador Jonas Pinheiro, no edifício sede do Mapa, em Brasília. Para se inscrever enviar um email para: dimp.dipoa@agricultura.gov.br.
De acordo com Paulo Araújo, foi encaminhado ao público interessado documento com os procedimentos e disponibilizado vídeo com o passo-a-passo do preenchimento do formulário de solicitação no sítio eletrônico do ministério. (As informações são do Mapa)
Governo deve aumentar áreas livres de aftosa sem vacinação
Depois de ter lutado contra a febre aftosa durante vários anos, e de ter recebido, no ano passado, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que todo o território nacional é área livre de aftosa com vacinação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, executa programa que visa estender a condição do Estado de Santa Catarina a todo o território nacional até 2021. De acordo com a ministra Tereza Cristina, essa nova condição permitirá atender a mercados consumidores mais exigentes, para ampliar a exportação da carne brasileira. Vale a pena lembrar que Santa Catarina é reconhecida como livre da doença sem vacinação.
Outros estados do Sul do país, Paraná e Rio Grande do Sul, também reivindicam o mesmo reconhecimento, antes do prazo que está previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa). Há países que se recusam a importar a carne de áreas sem este selo de qualidade. "Precisamos ter mais áreas livres de aftosa sem vacinação, pois assim a gente consegue vender melhor a carne", disse a ministra. "Para isso acontecer, é preciso o estado interessado preencher um protocolo que dê a segurança de que vamos conseguir manter a área livre de vacinação e sem a doença. É um processo que precisa ser muito bem feito, para não nos trazer problemas no futuro".
Tereza Cristina lembrou que os Estados Unidos, por exemplo, já compram a carne brasileira, mas depois de uma batalha de vinte anos, e o volume comercializado ainda não é significativo. "O Brasil tem um programa de liberação de áreas de aftosa sem vacinação. Hoje isso ocorre apenas em Santa Catarina, mas é preciso expandir para outros estados e melhorar as nossas exportações", defendeu a ministra.
O objetivo do programa é criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, estendendo a ampliação de zonas livres sem vacinação ao todo o Brasil.
A execução do Pnefa é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela execução no âmbito de cada estado. Em maio deste ano, todo o rebanho dos estados do Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte de Mato Grosso ainda farão a vacinação, mas, já em novembro, estarão fora do calendário previsto no Pnefa. (As informações são do MAPA)
UE: produção de leite é reduzida devido a menores entregas
Os dados mais recentes do Observatório de Leite da União Europeia (UE), correspondente a 31 de janeiro, revelam que:
• Os preços médios da UE de leite em pó desnatado permaneceram estáveis em € 184 (US$ 208,84)/100 kg na semana passada (o preço mais alto desde julho de 2017); + 32% acima do nível do ano passado;
• Em comparação com a semana anterior, o preço médio da manteiga na UE aumentou 1,4%, para 454 € (US$ 515,29)/100 kg; + 2% acima do nível do ano passado;
• Pequeno aumento no preço spot do leite na Itália na semana anterior, para 43,0 centavos (48,8 centavos de dólar) por quilo. O preço spot do leite nos Países Baixos diminuiu 2,9% para 34,0 centavos (38,59 centavos de dólar) por quilo;
• Entregas de leite cru da UE diminuíram 0,9% em novembro de 2018;
• O crescimento acumulado de janeiro a novembro ainda foi positivo (+ 1,0%);
• A menor oferta de leite em novembro na UE traduz-se numa redução de 5,1% no leite em pó integral e de 1,9% no leite em pó desnatado;
• A produção de leite da Austrália em novembro de 2018 (quinto mês da campanha de 2018/19) diminuiu 7,8% em relação a novembro de 2017 (-4,8% no período de julho a novembro);
• A produção de leite nos EUA aumentou 0,6% em novembro de 2018, o que significa um aumento acumulado de 1,0% em 2018.
(As informações são do Agrodigital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
Entrevista presidente Alexandre Guerra para Rádio Gazeta de Santa Cruz/RS
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, participou, na quarta-feira (13/02), do programa Rede Social, da Rádio Gazeta, de Santa Cruz do Sul (RS). Durante a entrevista, o dirigente falou sobre as preocupações do setor lácteo causadas pela suspensão da tarifa antidumping sobre o leite europeu e da Nova Zelândia. Guerra também explicou quais os efeitos negativos da medida para os produtores e para a indústria do leite no Brasil. Além disso, citou medidas que estão sendo adotadas pelo setor para tornar o leite brasileiro mais competitivo nacional e internacionalmente. Para ouvir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)