Porto Alegre, 30 de janeiro de 2019 Ano 13 - N° 2.909
As vendas de produtos lácteos caíram pelo terceiro ano consecutivo e o consumo de leite despencou. O setor lácteo passa por uma situação crítica. A crise que atravessou nos últimos anos é o modelo de produção setorial, com uma realidade empresarial que não se adaptou à retração das vendas e à forte inflação dos custos, conforme adverte o boletim da Universidade de Avellaneda.
Uma das variáveis que explicam a menor produção primária e industrial de leite é a queda do consumo interno, que foi reduzido pelo terceiro ano consecutivo em 2018. Segundo dados oficiais do Ministério da Agroindústria, as vendas internas de leite fluido diminuíram 1,3% nos primeiros 11 meses de 2018. Se comparado com o mesmo período de 2015, será registrado um retrocesso de 10 pontos percentuais nas vendas.
Aumento dos produtos lácteos e derivados
Em 2018, o iogurte foi o que mais encareceu: 73,1%. Em seguida vem a manteiga com 51,6% de aumento, o leite em pó 49,6%, e o doce de leite 47,9%$. Estes quatro subiram acima da inflação geral, que encerrou o ano passado em 47,6%, segundo o INDEC. O leite fresco, no entanto, aumento 47% e o queijo cremoso 45,1%.
Queda das vendas em 2018
O leite em pó (-8,4%). Leite achocolatado (-6,4%); sobremesas lácteas e flãs (-6,2%), iogurtes (-5,5%); creme (-4,2%); manteiga (-3,3%) e leite fluido (-1,3%). Esta retração do setor determinou uma forte queda na quantidade de fazendas de leite, que acumula 8,1% de perdas em três anos, passando de quase 11.500 unidades em 2015, para pouco mais de 10.700 no último ano. Isto se reflete nos postos de trabalho do setor, que 4,1% (1.400 empregos destruídos). Apesar da retração do setor, a alta concentração na comercialização e a inflação de custos, determinaram aumentos médios dos lácteos na ordem de 170%, acumulado. (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Trump anuncia Acordo EUA-México-Canadá e destaca os benefícios do mesmo para os lácteos
O presidente Donald Trump discursou na convenção nacional da American Farm Bureau Federation em Nova Orleans recentemente. Ele comentou sobre diversos aspectos relacionados às questões comerciais em andamento, incluindo as tarifas com a China e o novo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA).
"Tomamos as medidas mais duras de sempre para confrontar as práticas comerciais injustas da China que prejudicam os agricultores e pecuaristas americanos. Queremos um acordo justo para os agricultores americanos, removendo as proibições arbitrárias da China às importações agrícolas, protegendo nossa propriedade intelectual e fornecendo acesso justo ao mercado para todos os produtores americanos".
O presidente também anunciou o novo USMCA como um substituto bem-vindo para o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. "O NAFTA foi um dos piores acordos comerciais já feitos", disse. "Esse importante acordo comercial aumentará as exportações de trigo de Montana, laticínios de Wisconsin, frango da Geórgia e produtos de agricultores e pecuaristas em todo o país".
Como parte de seus comentários sobre o acordo comercial, Trump também comentou sobre o Canadá e as negociações que ocorreram para garantir maior acesso ao mercado como parte do USMCA. Ele destacou a família Peterson, produtores de leite de Wisconsin que ordenham cerca de 900 vacas perto de Cashton, Wisconsin. "Como muitos dos nossos grandes agricultores, os Peterson enfrentaram uma série de ameaças à sua fazenda e a todo o seu modo de vida. Durante anos, o NAFTA tornou difícil para os produtores de leite como os Peterson exportar leite, sorvete, queijo e muitos outros produtos lácteos. Sob o USMCA, a família finalmente terá as condições de igualdade que mereciam". (As informações são do portal Milk Business, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)