Pular para o conteúdo

24/10/2018

 

Porto Alegre, 24 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.845

Exportações e Importações brasileiras de lácteos - 2018

Comércio exterior - O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) atualizou o site de estatísticas, causando interrupção no fornecimento dos dados da forma como vinha sendo feita desde 1996. 

Diante disso foi preciso alterar a forma de trabalhar os números, causando atraso com adaptações aos novos formatos. Uma vez concluída a migração de dados, o site Terra Viva volta a divulgar regularmente as estatísticas. É importante observar que pode haver alteração entre dados divulgados anteriormente pela Terra Viva e os atuais, resultado de alterações na forma de arredondamento realizadas nos dados primários, mas, nenhum valor que seja significativo estatisticamente.

As exportações brasileiras de produtos NCM 04 nesses primeiros 9 meses do ano são bem inferiores às importações, tanto em valores, volumes ou equivalente leite. Em equivalente leite exportamos apenas 9% do que importamos, mantendo o Brasil como um importador líquido de leite, embora esteja entre os cinco maiores produtores mundiais.   

Os itens mais importados são leite em pó e queijo, que juntos respondem por mais de 80% dos gastos com exportações. Argentina e Uruguai dominam 72% do mercado brasileiro de importação de lácteos, seguidos pelos Estados Unidos (2,4%) e Holanda (1,9%). O primeiro vem se tornando um grande fornecedor de queijos, e a Holanda, além de vender queijos, também fornece leite em pó.

Embora no acumulado do ano as importações brasileiras tenham caído em relação ao mesmo período de 2017, setembro de 2018 superou em 1,4%, tanto em valores como em volumes, as compras realizadas em setembro de 2017. (MDIC - Elaboração Terra Viva)

Preço do leite ao produtor no Estado diminui 2,44%

O valor de referência do leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,1410 por litro, 2,44% abaixo do consolidado de setembro, que fechou em R$ 1,1696. O indicador, divulgado pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite-RS) ontem, sinaliza um movimento de estabilização do mercado uma vez que a redução do litro no mês anterior foi menor do que o esperado inicialmente (R$ 1,1480). Segundo o professor Eduardo Finamore, da Universidade de Passo Fundo (UPF), o movimento de estabilidade tende a seguir até dezembro, e o aquecimento do mercado só deve vir no início de 2019. 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, informou que a indústria enfrenta aumento de custos pela variação cambial e a expectativa é pelo ingresso da safra de Minas Gerais e Goiás no mercado. Segundo Guerra, com o avanço de outubro, já se observam ajuste de preços. Além disso, segundo o dirigente, setembro foi um mês de vendas difíceis devido aos sucessivos feriados. 

Os dados de outubro do Conseleite refletem movimento do leite UHT, que caiu 2,24% no mês, e a mudança no mix de produção no Rio Grande do Sul, que expandiu o processamento de leite em pó a partir da segunda metade de setembro. "Mesmo assim, os preços neste ano ainda estão bem acima do padrão de 2017", informou Finamore. 

Em termos nominais (com correção da inflação), o economista indica que o valor médio pago em 2018 (média dos valores mensais entre janeiro e outubro de 2018 corrigida pelo IPCA) é o maior da série histórica do Conseleite: R$ 1,1310. "É preciso considerar que os preços melhores também vieram acompanhados de aumento dos custos de 5,14% no acumulado do ano de 2018", indicou Finamore. 

Durante reunião do Conseleite na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, representantes dos produtores e da indústria debateram o potencial competitivo para exportação. O diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, ressaltou os desafios à frente. "Ainda temos um mercado muito grande dentro do Brasil, principalmente em nichos de alto valor agregado. Precisamos nos preparar para exportar, mas para trabalhar com produtos de valor agregado. Esse é o nosso futuro", salientou. Guerra completou, lembrando que ampliar a presença do Brasil no exterior passa por ganhar competitividade. (Jornal do Comércio) 

LEITE/CEPEA: baixos consumo e liquidez pressionam derivados

Leite UHT - Os preços dos produtos lácteos estão em queda, conforme indicam pesquisas do Cepea. A média do leite UHT fechou a R$ 2,4968/litro, e a do queijo muçarela, a R$ 18,57/kg, baixas de 2,31% e 0,05% respectivamente, de 15 a 19 de outubro. 

Segundo agentes consultados pelo Cepea, com o baixo consumo e o volume pequeno de negociações, os estoques começaram a subir e, com isso, optaram por reduzir a produção. Para os próximos dias, agentes afirmam que os preços desses derivados devem seguir em queda. (Cepea) 

Braço de lácteos da Kirin atrai grande marca chinesa

Lácteos da Kirin - A venda da unidade de lácteos australiana da Kirin Holdings atraiu o interesse da maior produtora de leite da China e da rival canadense Saputo, disseram pessoas a par do assunto.

A Inner Mongolia Yili Industrial Group, a maior empresa de lácteos da China, e a Saputo conversaram com bancos de investimento sobre a possibilidade de analisar ofertas potenciais pela divisão Lion Dairy & Drinks, disseram as pessoas. A Kirin pediu ofertas para uma primeira rodada até o fim de novembro, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações são privadas.

A unidade da fabricante de cerveja japonesa poderia alcançar cerca de 2 bilhões de dólares australianos (US$ 1,4 bilhão), disseram as pessoas. A Lion Dairy, que produz o leite "Big M" e o café gelado "Dare", pode atrair interesse também de outras empresas de bebidas, como a australiana Coca-Cola Amatil, segundo as pessoas.

A segunda maior fabricante de cervejas do Japão vem reduzindo o escopo de seus negócios para melhorar a lucratividade em meio à queda do consumo de cerveja em seu mercado interno, onde também busca atrair consumidores com cervejas artesanais de maior margem. A Kirin iniciou o processo de venda da Lion Dairy após um mês de análise estratégica, informou em comunicado, em 10 de outubro.

A Saputo concluiu a aquisição da produtora de lácteos australiana Murray Goulburn Co-operative em abril. As deliberações a respeito de possíveis ofertas estão em estágio inicial e as empresas podem decidir não apresentar ofertas, disseram as pessoas.

Representantes da Kirin, da Saputo e da Coca-Cola Amatil preferiram não comentar e um representante da Yili não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Kirin comprou a divisão de lácteos e bebidas em 2007 por um valor de empresa de cerca de US$ 2,6 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. A unidade compra cerca de 1 bilhão de litros de leite por ano de mais de 550 produtores de lácteos australianos e esmaga cerca de 75.000 toneladas de frutas de pomares de todo o país, segundo seu website. (Economia UOL)

Leite: saiba como manter produção durante o horário de verão
Horário de verão - O horário de verão começa no dia 4 de novembro em dez estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mas nesta segunda-feira, dia 22, muita gente pelo Brasil foi surpreendido com computadores e celulares com uma hora adiantados. A confusão aconteceu porque, tradicionalmente, o horário de verão começa na terceira semana de outubro. Mas neste ano a troca foi adiada para primeira semana de novembro, depois de uma determinação do presidente Michel Temer, tomada ainda no ano passado. Vídeo Com os relógios adiantados, o gado leiteiro é o primeiro sentir a mudança. O pesquisador da Embrapa Gado de Leite Luiz Gustavo Siqueira conta quais são os impactos e qual manejo deve ser adotado para evitar prejuízos. (Canal Rural)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *