Porto Alegre, 30 de agosto de 2018 Ano 12 - N° 2.811
Investimento em biosseguridade animal é pilar para produção leiteira
Foto: Vitorya Paulo
Até 2025, os três estados da região Sul (RS, PR e SC) alcançarão a marca de 50% da produção de leite do Brasil. Para assegurar que essa produção tenha sanidade e segurança, é importante que os produtores atentem às normas de biosseguridade animal e as empreguem em suas propriedades. O ponto foi levantado pelo presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, durante fórum de debate nesta quarta-feira (30/8), promovido pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e o Canal Rural, durante a 41° Expointer.
Para Guerra, a assistência técnica e o cumprimento das regras de sanidade animal são imprescindíveis para manter a cadeia leiteira rentável e competitiva. "Não se concorre mais com o vizinho, mas sim com o mundo inteiro", ressaltou, referindo-se ao caráter exportador do Estado. Como medidas de controle, o dirigente destacou a necessidade da produção e compra de antígenos para certificação de propriedades o para tuberculose e brucelose. Zoonoses que o rebanho leiteiro precisa eliminar e causam prejuízos ao setor na abertura de novos mercados e novos produtos para o mercado internacional . "Sem o antígeno produzido no brasil ou importado, corremos o risco comprometermos o desenvolvimento e a competitvidade da produção", afirmou.
Painelista do evento, o superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini, alertou que a responsabilidade pela sanidade animal do RS e do Brasil é de todos. "A saúde humana e animal são bens públicos. Não pertencem a algum produtor", disse, destacando as exigências sanitárias que devem ser sempre cumpridas. "Produtor não é cientista e a propriedade não é balão de ensaio", alertou.
Para o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, a biosseguridade é um "pilar fundamental" da atividade, tanto leiteira, quanto aviária, suína ou de qualquer âmbito da proteína animal. "Nós produzimos porque temos consumidores que estão cada vez mais atentos e estabelecendo critérios para o que querem", disse. Para Kerber, cumprir as normas sanitárias é um método eficaz não só no combate das doenças, mas também na prevenção. "Investimento é diferente de custo. Investimento é o que vai nos dar garantia de continuidade da nossa atividade principal", frisou Kerber. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Como parte de sua programação gastronômica, a Leiteria Sindilat na 41ª Expointer promoveu na terça-feira (28/08), das 18h às 19h, uma oficina de harmonização de queijos e vinhos. Conduzido pelo empresário Regis Monteiro Guimarães, da importadora Carpe Vinum, de Porto alegre, o evento proporcionou aos participantes orientações sobre a origem de vinhos e queijos que podem ser decisivas na hora de combinar os produtos.
Na oficina, os participantes puderam degustar os queijos grana padano, colonial e gorgonzola, harmonizados, respectivamente, com o espumante Menegotto Brut, produzido em Garibaldi com uvas chardonnay, o vinho Puklavec, produzido à base das variedades sauvignon blanc e pinot grigio na Eslovênia e o vinho malbec argentino El Mendoncino.
"Mostramos que queijo e vinho são primos-irmãos, com origens semelhantes, pois ambos têm um trabalho que começa no campo", disse Regis. Segundo ele, a harmonização é um processo complexo e, para dominar essa arte, é preciso experimentar os vinhos com antecedência. "Apesar de sabermos, por exemplo, que os tintos combinam mais com os queijos duros e os brancos com os queijos moles, não existe uma regra única. Então, o conselho é: experimente", explicou.
Para o empresário, a oficina foi extremamente positiva. "Temos ainda uma média de consumo de vinhos baixa no Brasil, e combinar vinhos e queijos também pode ser algo muito particular, subjetivo. Por isso, é importante trocar experiências", avaliou.
A Leiteria Sindilat será realizada até o dia 2 setembro. A programação inclui diversas atividades diárias abertas ao público. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Lactalis terá geladeira com itens premium em supermercados
PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Uma das gigantes da indústria de leite no mundo e com operações no Rio Grande do Sul, a francesa Lactalis apresentou uma novidade na Expointer que só quem entra no estande da empresa vai descobrir. Produtos de uma das marcas mais populares da indústria, a Président, que já começa a aparecer em diversos derivados nas gôndolas do Brasil, terá uma geladeirinha personalizada para venda em supermercados, revelou Guilherme Portella, diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos na Lactalis do Brasil.
A novidade vai estrear logo depois que terminar a feira agrope¬cuária em lojas da rede Zaffari no Estado e em São Paulo. "Vai sair daqui direto para a rede", diz Portella. Na primeira leva, serão 20 geladeirinhas, e a meta é atingir primeiro grandes redes. A geladeira é toda em cor vermelha, tem desenho da Torre Eiffel, tradicional ponto turístico de Paris, e ainda um selo lembrando a conquista da seleção francesa na Copa do Mundo da Rússia. Portella diz que a empresa aposta na forma de exclusiva de produtos, neste caso da marca Président.
Entre os quitutes estão novidades como queijos especiais fracionados, que ganham cada vez mais espaço nos super, por ser uma porção menor. "Isso é cada vez mais solicitado, para evitar maior manuseio no varejo", explica o diretor. O mix tem itens como requeijão e a manteiga da marca que passou a ser produzida este ano em unidades gaúchas. Antes era só importada. "O mix atende a diversos perfis de consumidores, do mais acessível ao premium." (Jornal do Comércio)
América Latina: consumidores querem iogurtes proteinados, mas não abrem mão do prazer ao consumo
Os consumidores latino-americanos estão interessados em iogurtes com alto teor de proteína, mas os produtos também devem ser prazerosos ao consumo, de acordo com a Arla Food Ingredients, que apresentou uma solução na feira Fi South America. "Olhe para a América do Sul e você pode ver que, embora as pessoas tenham perdido seu poder de consumo [com as recentes crises econômicas], mais fabricantes estão impulsionando as proteínas", disse Cido Silveira, gerente de marketing da Arla Food Ingredients.
A empresa possui dados de pesquisas de vários países latino-americanos que mostram que os consumidores querem naturalidade, conveniência e satisfação, especialmente no Brasil (São Paulo). Tendências semelhantes são vistas em todo o mundo, com mais de 2.000 iogurtes com conveniência e alegações de proteína lançados somente em 2017. "Com a solução da Arla, você pode ter a mesma textura desde o início até o final do prazo de validade", disse Silveira. De acordo com testes internos, 7,5% dos iogurtes de beber com proteína feitos com o Nutrilac YO-5088 tinham viscosidade significativamente mais desejável do que um produto semelhante feito com um concentrado proteico de leite padrão.
A empresa também lançou uma solução para bebidas à base de iogurte longa vida com prazo de validade de seis meses. O Nutrilac YO-4575 é um ingrediente proteico de pH baixo e estável ao calor para a criação de iogurtes de longa duração, saudáveis e saborosos para ocasiões de merendas e lancheiras para as crianças", disse a empresa, que ainda acrescentou que a América Latina tem problemas com o transporte e o Nutrilax YO-4575 auxiliaria nesse quesito por conta da estabilidade gerada nos produtos. Além dos lácteos, as proteínas alternativas estão em ascensão, "e estamos vendo cada vez mais soluções baseadas em vegetais", disse Silveira.
Nutrição esportiva
A proteína também é uma grande participante na categoria de nutrição esportiva, com o Brasil tendo o mercado mais maduro da região, disse Silveira. No início deste ano, a Arla divulgou os resultados de uma pesquisa com 4.000 consumidores na Argentina, Brasil e Colômbia, que indicou que 80% dos entrevistados acreditavam entender o que é proteína e como o corpo a utiliza. Os dados também indicaram que alguns entrevistados estavam dispostos a pagar mais por produtos ricos em proteínas: 39% estavam dispostos a pagar até 5% a mais, 17% disseram que pagariam até 10% a mais, e 5% admitiram que pagariam mais de 10% a mais. "As tendências vêm para o Brasil mais rápido", afirmou Silveira. No entanto, Silveira acrescentou que as marcas nacionais de nutrição esportiva precisam construir confiança com os consumidores. "Se você olhar para a Argentina, por exemplo, muitas das marcas afirmam que são dos EUA. Essas marcas precisam investir em mais educação e patrocínio de atletas". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
RS: Expointer 2018, práticas de manejo de forrageiras garantem maior produção de leite
Expointer 2018 - A importância da correção do solo e da utilização de técnicas adequadas de plantio são medidas essenciais para o manejo das forrageiras. O assunto foi abordado junto aos produtores durante palestra na sede da Lactalis do Brasil, na Expointer. Na ocasião, Carlos Augusto Feldmann, responsável pelo desenvolvimento comercial da Atlântica Sementes, apresentou aos criadores práticas para manter o plantio no verão sem ter consequências negativas na produção. "Como costumo dizer, eu trabalho com um tripé, onde existe genética, manejo e pastejo. Se faltar um desses, não adianta comprar uma vaca cara e levar para propriedade", disse. De acordo com Feldmann, uma forrageira de qualidade garante aumento da produção de leite. "É de suma importância, pois um bom alimento sempre se reflete na produção", destacou. O palestrante também ressaltou que é essencial que o produtor saiba a hora certa de colocar e retirar o gado do pastoreio e utilize sempre a semente correta, que deve ser semeada com profundidade de dois a quatro centímetros e na temperatura ideal para que possa germinar. "São vários fatores que determinam o sucesso na produção de leite", pontuou. (Página Rural)