Porto Alegre, 24 de julho de 2018 Ano 12 - N° 2.784
Além disso, o dirigente ainda prevê o efeito cascata da alta do frente nos insumos do setor lácteo. "Temos que pensar que o frente da madeira, do papel, das embalagens e insumos também sofrerá impacto, o que cria efeito cascata sobre a indústria e no produto que chega ao consumidor". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Foto: Carolina Jardine
Chuva e pastagens freiam captação, e leite passa de R$ 1,30
O promissor mercado de lácteos na América Latina
A América Latina é um dos mercados globais que mais cresce para lácteos, com vendas de US$ 430 bilhões em 2017, enquanto as vendas na Europa caem, segundo a Cargill. Na convenção do Institute of Food Technologists em Chicago na semana passada, a Cargill revelou uma pesquisa global recente que fornece insights do consumidor sobre textura, rótulos limpos e redução de açúcar em produtos lácteos. A equipe pesquisou 13 países e mais de 5.200 compradores de alimentos com foco em iogurte, leite aromatizado, sorvete e laticínios.
Eles descobriram que as atitudes globais em relação aos lácteos estão mudando. O consumidor médio se preocupa principalmente com hormônios, alergênicos e a percepção de insalubridade de um produto, enquanto tanto o valor nutricional quanto o rótulo são tendências que impulsionam o consumo de produtos lácteos.
Produtos lácteos de rótulo limpo estão em ascensão, mais procurados na China e na Indonésia. O Reino Unido, a Alemanha e o Japão ainda não têm um mercado predominante de produtos lácteos de rótulo limpo, enquanto os setores dos EUA e da América Latina estão crescendo. De acordo com Mark Fahlin, desenvolvedor de negócios da Cargill, a indústria de lácteos está vendo um declínio geral devido ao menor consumo de leite fluido no século XXI.
As marcas estão tentando combater o número estagnado de leite fluido desenvolvendo produtos como "leite ultrafiltrado" e bebidas lácteas funcionais. Os EUA e a Europa registraram aumentos de três dígitos nas vendas alternativas de leite à base de vegetais nos últimos 15 anos, embora a Europa ainda fique um pouco atrás dos EUA na demanda de consumo e na inovação de produtos na categoria. A Cargill vê espaço para um crescimento iminente no mercado de produtos alternativos aos lácteos da Europa.
A América Latina tornou-se um dos mercados de produtos lácteos que mais cresce no mundo e registrou US$ 430 bilhões em vendas em 2017, embora a região gaste menos da metade do que a América do Norte e a Europa gastam em suas indústrias de laticínios.
A maioria dos consumidores da América Latina está escolhendo produtos lácteos devido aos benefícios para a saúde óssea, e mais da metade dos entrevistados preferiu o sabor dos produtos lácteos de verdade às alternativas lácteas. Em toda parte, os consumidores de alimentos e bebidas estão cada vez mais sensíveis e conscientes dos rótulos, embora nem todas as categorias sejam criadas iguais. Guloseimas e lanches ganham alguma liberdade por parte dos compradores, mas categorias de alta prioridade, como produtos para crianças e laticínios, chamam a atenção para o rótulo.
"Há apenas algo inerentemente saudável sobre os produtos lácteos e as expectativas dos consumidores. É bem próximo ao leite materno em termos de um dos primeiros alimentos que uma criança consome", disse Fahlin. (As informações são do DairyReporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
LEITE/CEPEA: Baixo consumo pressiona cotações do UHT e muçarela
Leite UHT - O baixo consumo de leite UHT e queijo muçarela, devido às férias escolares, e a demanda desaquecida de ambos os produtos no início de julho, por causa de seus preços elevados nesse período, pressionaram as cotações. Segundo levantamento do Cepea, entre 16 e 20 de julho, o UHT se desvalorizou 3,46% frente à semana anterior, fechando com média de R$ 3,1954/litro. Quanto ao queijo muçarela, a queda foi de 1,45%, com preço médio de R$ 19,79/kg no mesmo período de comparação. Para as próximas semanas, agentes do setor consultados pelo Cepea esperam que as cotações se estabilizem. (Cepea)