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14/06/2018

Porto Alegre, 14 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.756

 

   Sem acordo no frete, não há negócio no agro

Enquanto segue o impasse da tabela de preços mínimos de frete no país, que paralisou o mercado de grãos e afetou o transporte de diversos produtos, líderes do agronegócio orientam indústrias e produtores a não fecharem novos contratos.  

– É uma afronta para a livre negociação. Estão tentando extinguir a lei de oferta e da procura, isso não existe no mercado – argumenta Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). 

No setor de aves, por enquanto a maior parte das entregasestá mantida em razão de contratos antigos e por empresas que têm frota própria. O mesmo ocorre nas indústrias de laticínios, que têm conseguido fazer as coletas diárias nas propriedades. Em relação a novas contratações de frete, o entendimento dos dirigentes é de que não existe espaço para repassar o aumento de custos ao consumidor.

– Não há como absorver um preço mínimo do frete. Se for assim, vamos pedir que o governo regule o preço de outros produtos também – diz Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat). 

No mercado de grãos, parado há quase um mês, desde o início da greve dos caminhoneiros, a direção também é para que não se feche novos contratos com a tabela publicada no dia 30 de maio – uma das medidas que colocou fim à paralisação dos caminhoneiros no país.

– Se vendermos o grão ao preço atual do frete teremos prejuízo – garante Vicente Barbiero, presidente da Associação de Empresas Cerealistas do Estado (Acergs).

O dirigente exemplifica que o valor da tonelada de soja transportada do norte do Estado ao porto de Rio Grande aumentou cerca de 40% com a nova tabela. No caso dos fertilizantes, que aproveitam o frete de retorno dos caminhões, a alta é de 90%.

Nesta quarta-feira (13), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o governo se manifeste sobre a medida provisória que estabeleceu o preço mínimo dos fretes no país. (Zero Hora)
 
 
Uruguai: "parar de vacinar contra a febre aftosa requer o compromisso de todos"
 
Uma posição firme foi expressa pelo presidente do Centro Médico Veterinário de Paysandú, Lauro Artia Almirón, durante a inauguração da 46ª Conferência Uruguaia de Buiatria que ocorreu recentemente. Lauro expôs que - sem o compromisso de todas as partes envolvidas - é arriscado comprometer o plano de luta contra a febre aftosa.

Ele disse estar convencido de que para uma campanha de saúde funcionar bem, além dos aspectos técnicos, é necessário o compromisso e a participação dos produtores, médicos veterinários, indústria e autoridades sanitárias. Também, destacou que - neste caso da campanha da febre aftosa - tanto a nível nacional como a nível de países vizinhos, “há várias opiniões contrárias para a retirada da vacina, em nome de importantes representantes e de diferentes setores".

“Atualmente, o mercado japonês para a nossa carne está prestes a abrir, um dos mercados com maior poder de compra, graças ao fato de que conseguimos manter um status sanitário privilegiado, com o esforço de todos os envolvidos na cadeia”, acrescentou o profissional. Esse status foi revalidado recentemente na 86ª sessão da OIE, onde o Uruguai ratificou a condição de Risco Insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina, Livre de Febre Aftosa com Vacinação de peste bovina e equina e se declarou pela primeira vez livre da peste nos pequenos ruminantes.

Por outro lado, Artia destacou como um desenvolvimento positivo a criação de um grupo de trabalho para redefinir objetivos e estratégias dentro da Direção Geral de Serviços de Pecuária (DGSG), que articulará as atividades das divisões de Saúde Animal (DSA), Indústria Animal (DIA) e Laboratórios Veterinários (Dilave) nas campanhas de brucelose e tuberculose. O profissional disse ainda que um aspecto importante a melhorar são as dificuldades administrativas para a execução dos pagamentos de indenização do Fundo para Doenças Prevalentes, aspecto fundamental da campanha, que também deve ser articulado. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Manteiga 

A demanda por manteiga de leite continuará crescendo e a produção não poderá acompanhar. Esta foi a mensagem principal de Christophe Lafougère, Diretor da consultoria GIRA na conferência da Eucolait (Associação Europeia dos Comerciantes de Lácteos) que foi realizada no início de junho. 

Segundo a GIRA, a produção de matéria gorda do leite aumentou em média 1,94% ao ano, entre 2006 e 2016. A partir dessa data, a produção continuou aumentando, mas, de forma mais moderada. Espera-se que os aumentos sejam de 1,53% ao ano, entre 2017 e 2022. A GIRA analisou as tendências de consumo nos principais países do mundo, incluindo a China, Rússia, Estados Unidos e a própria União Europeia (UE). A demanda dessas regiões deve crescer 1,8%, deixando o resto do mundo lutando por um aumento mais modesto, de 1% ao ano. Na UE, o uso da matéria gorda extra (339.000 toneladas entre 2017 e 2022) irá para o maior consumo de manteiga (42%), creme (21%), e queijo (32%). Nos últimos 10 anos o resto do mundo precisou de 2,4% de matéria gorda adicional por ano para satisfazer a demanda. Como resultado, é improvável que o 1% disponível satisfaça as necessidades, mantendo uma pressão de alta sobre os preços da matéria gorda.

Também é esperado que cresça a demanda por proteínas, principalmente através do crescimento do consumo de leite em pó desnatado. No entanto, a oferta deverá ser capaz de atender o aumento da demanda. (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

China busca fortalecer a sua produção própria de lácteos

Embora as exportações para a China pareçam ser o grande prêmio para muitas empresas de lácteos ocidentais, o caminho pode ficar um pouco mais difícil à medida que o país busca fortalecer sua própria produção de lácteos. O governo chinês diz que para revitalizar a indústria nacional de leite e melhorar a qualidade de seus próprios produtos lácteos, o Conselho de Estado lançou uma circular para orientar o desenvolvimento do setor.

O governo espera que a indústria aumente sua capacidade de produção por meio de inovação tecnológica, reforma do sistema em gestão e redução de custos, enquanto aumenta a eficiência. O desenvolvimento da indústria também deve ser coordenado com o desenvolvimento ecológico.

Indústria modernizada
O documento diz que até 2020, o progresso deve ser feito na construção de uma indústria de leite modernizada, com mais de 99% dos produtos se qualificando e a taxa de reutilização de resíduos na pecuária atingindo mais de 75%. A indústria de leite integral deve ser revitalizada até 2025, disse, "com bases de fontes de leite, processamento de produtos, qualidade e indústria atingindo os níveis mais altos do mundo".

Para melhorar as bases de fontes de leite, o governo está pedindo esforços para consolidar as bases atuais no norte, enquanto expande novas áreas no sul. O governo visa o desenvolvimento de métodos de criação de gado padronizados, melhorando a qualidade das vacas de leite por meio de plataformas de dados e de avaliação online, e produzindo forragem de alta qualidade para ashttp://www.trofeuagroleite.com.br/indicacao vacas.

De acordo com a circular, o Conselho de Estado incentiva a integração de empresas de lácteos, empresas de promoção e varejistas de e-commerce, a fim de reduzir custos e aumentar a eficiência para aumentar a competitividade das empresas de lácteos.

Supervisão aumentada
Regulamentos e regras sobre produtos lácteos também serão melhorados, com supervisão reforçada através de todo o processo de produção de produtos lácteos. Serão tomadas medidas mais rigorosas para garantir a qualidade do leite em pó para lactentes e ações ilegais como: misturar ingredientes não comestíveis e o uso excessivo de aditivos alimentares será estritamente proibido. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Produção Trimestral/IBGE 

O abate de bovinos teve aumento de 4,4%, o de suínos teve alta de 2,3% e o de frangos teve queda de 1,2% no 1º trimestre de 2018 frente ao 1º trimestre de 2017. Na comparação entre o 1º tri de 2018 e o 4º trimestre de 2017, o abate de bovinos caiu 4,2%, e o de suínos 3,1%, enquanto que o de frangos cresceu 3,5%, chegando a 1,48 bilhão de cabeças. A aquisição de leite atingiu 6,0 bilhões de litros, primeiro aumento, entre os primeiros trimestres, depois de três anos de quedas consecutivas. Houve alta de 2,4% em relação ao 1º tri de 2017 e redução de 8,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de peças de couro cresceu 2,7% frente ao 1º tri de 2017 e recuou 2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a produção de ovos subiu 7,1% comparado ao 1º tri de 2017, totalizando 846,75 milhões de dúzias, e recuou 1,3% em relação ao trimestre anterior. (IBGE/Terra Viva)

 
 

Soro do leite 
A falta de regulamentação para o comércio do soro do leite pode estar escondendo um rentável mercado para o produtor brasileiro. No Rio Grande do Sul, pelo menos um milhão de litros de soro são descartados diariamente e, por isso, o setor pede ao estado uma regulamentação específica sobre isso. Para assistir ao vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 
 

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