Porto Alegre, 29 de maio de 2018 Ano 12 - N° 2.745
- A gente não doa porque não pode - reforça Sarah Waihrich Salles, produtora em Júlio de Castilhos.
Ela tem produção diária de 11 mil litros de leite e, como a indústria para a qual fornece não está conseguindo chegar na propriedade, viu-se obrigada a colocar fora o alimento. Ontem, as indústrias seguiam com as atividades paralisadas porque, além da dificuldade em fazer o leite chegar até elas, enfrentam falta de outros insumos, como as embalagens e os produtos químicos para limpeza dos tanques.
- A situação continua crítica. Hoje, quando as indústrias ligam as máquinas, têm custo ainda maior, porque há pouco leite - conta Alexandre Guerra, presidente do Sindicado das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).
A entidade estima que, diariamente, são perdidos 8 milhões de litros de leite em razão dessa paralisação. Considerando desde a última quinta-feira, isso representa volume de 45 milhões de litros de leite. (Zero Hora)
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), desde o início da mobilização dos caminhoneiros manifestou apoio à pauta, por entender que essa era a mesma dos agricultores. O êxito obtido na reivindicação do diesel, por exemplo, atende a reivindicação da agricultura familiar.
No entanto, decorridos nove dias de paralisações, constatamos que a greve tomou um rumo que traz a perda de controle das mobilizações, passando a ter um foco político-ideológico. Mais de 100 mil famílias, que produzem leite, suíno, frango e hortifrutigranjeiros estão perdendo toda a produção. Diante deste contexto, a FETAG-RS não pode mais concordar com uma manifestação que traz prejuízos desta magnitude para os agricultores. Assim, a ORIENTAÇÃO da FETAG-RS, neste momento, é que haja serenidade e que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais retirem o apoio das mobilizações.
A FETAG-RS conclama ao comando das mobilizações para desobstruir a passagem de caminhões com produtos dos agricultores, além de insumos e rações para que a indústria possa retomar a produção.
A FETAG-RS entende que não pode colocar produtor contra produtor e o prejuízo para a agricultura familiar está muito grande e sem precedentes. Então, a partir de agora, a FETAG-RS orienta para a retirada de apoio à greve dos caminhoneiros, enquanto não for normalizada a passagem da produção dos agricultores. Os agricultores não podem pagar a conta da incompetência dos nossos governos e de uma mobilização sem controle. (FETAG)
A Kantar Worldpanel publicou seu relatório Brand Footprint, um Ranking Global das Marcas aos Consumidores Mais Escolhidas. O relatório de 32 páginas abrange mais de 18.000 marcas em todo o mundo e cobre mais de 350 bilhões de decisões de compradores. Na introdução do material, Josep Montserrat, CEO da Kantar Worldpanel, disse: "Temos visto uma tendência de players locais ganharem participação de seus concorrentes globais nos últimos anos, e isso continuou em 2017".
"As marcas locais tendem a adaptar-se às necessidades e tendências do mercado, e os ganhos de penetração mais altos são mais fáceis. Até mesmo pequenos ganhos, na aparência, são significativos". Montserrat observou que cada 0,1% ganho por marcas locais vale US$ 500 milhões".
Lácteos se tornam locais
No setor lácteo, apenas 20% dos gastos foram em marcas globais, a menor de todas as categorias, o que significa que os players menores são mais significativos no setor.
A Danone manteve sua posição no número 20 entre os 50 melhores do ranking mundial para 2017, enquanto a Yakult também manteve seu lugar em 48.
Na seção de e-commerce, a Yoplait ficou em quinto lugar com 9,3% do total de CRPs on-line, com o sorvete Wall's em 13º (6,8%) e a marca Activia em 16º (5,6%).
Em termos de classificações globais de fabricantes, várias empresas com divisões e produtos lácteos fazem parte da lista, com a Unilever no topo com 36 bilhões de CRP. A Nestlé ficou em segundo lugar (12,4 bilhões), com a PepsiCo (10,5 bilhões) e a Coca-Cola (9,7 bilhões) em quarto e quinto, respectivamente. A Danone (oitava, 4,6 bilhões), a KraftHeinz (nona, 3 bilhões) e a ReckittBenckiser (11ª, 1,9 bilhão) têm conexões com lácteos.
Dez países onde os lácteos locais são top
As empresas de lácteos se saem bem globalmente quando se trata de ser a marca líder em alguns países. Embora nem todos os países sejam abrangidos pelo relatório, as empresas de lácteos estiveram entre as principais marcas em 10 países: Portugal (Mimosa), Peru (Glória), Bolívia (Pil), Colômbia (Colanta), Grécia (NoyNoy), Polónia (Mlekovita), China (Yili), Vietnã (Vinamilk), Tailândia (Dutch Mill) e Arábia Saudita (Almarai).
Diversas marcas de lácteos e alternativas aos lácteos também estão presentes no relatório, incluindo a brasileira Piracanjuba, Arla, Alpro, Nutri (Equador) Armonía (Argentina), Dano (Nigéria), Juhayna (Egito) e Cremora (África do Sul). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Vacas de leite/Uruguai - O abate de vacas leiteiras alcançou um número recorde no último ano móvel. No acumulado de maio 2017 a abril 2018 foram enviadas para abate 77.652 vacas de leite, o máximo para 12 meses, pelo menos desde 2010. O dado mensal de abril mostra o maior descarte de vacas leiteiras, 7.264 cabeças, segundo dados do INAC. Foi um saldo de 46% em relação a um ano atrás, quando foram abatidas 4.966 animais. No acumulado do ano, até abril, já são 24.647 cabeças, 36% a mais em relação às 18.064 descartadas de janeiro a abril de 2017. (Blasina y Asociados - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
Preços futuros - A previsão do preço em longo prazo é importante para elaboração de orçamentos e projetos de investimentos, bem como fazer cálculos para assistência social a trabalhadores independentes. Houve aumento de € 1,00 em comparação com a projeção feita no ano passado. Os custos também deverão subir em decorrência de medidas relacionadas à sustentabilidade e meio ambiente. O valor, que inclui o preço do leite e bonificações, foi estabelecido com base nas expectativas da Comissão Europeia e estimativas elaboradas por um painel de especialistas que contou com representantes de bancos, de entidades do setor agropecuário, profissionais de contabilidade e finanças, além do governo. É verdade que cada vez mais variáveis afetam o cálculo, mas, existe método que já vem sendo utilizado há anos. Consiste no preço médio à vista dos últimos três anos. Com um desvio padrão de mais ou menos € 3,00 por 100 kg de leite, a média encontrada para o preço do leite em 2028 será de € 35,50/100 kg, [R$ 1,57/litro]. (Agri-web - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)