Porto Alegre, 09 de maio de 2018 Ano 12 - N° 2.731
"A Região Sul tem no mínimo 10 plantas de leite em pó que possam ser inseridas neste grupo de trabalho", afirmou Palharini, destacando a observação de Barral de que o produto em pó é o mais transacionado no mercado internacional. Palharini ressalta a importância de também focar em alternativas para equilibrar o mercado, entre elas o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e as compras governamentais. Segundo o secretário executivo, é necessário uma ação positiva tanto do governo federal quanto do estadual, pois a solução não está somente nas mãos da indústria e produtores, já que temos mais de 1,1 milhão de produtores de leite no Brasil. O presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Ronei Volpi, reforçou que o trabalho será organizado a partir da estrutura industrial dos estados do Sul do país, que possuem linhas de produção de leite em pó. Por meio de um esforço conjunto do setor, a expectativa é atingir a meta de exportar 5% da produção brasileira mas sem descuidar do mercado interno, no prazo de três a cinco anos. O objetivo é enviar lácteos para países da América Latina e Caribe, como Chile, Colômbia, México e Peru, mas também a países da Ásia, África e Rússia.
Na opinião do presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, para alcançar o volume mínimo de 5% da produção para exportação - que praticamente representa a produção do Uruguai - é preciso antes se credenciar ao mercado externo. "Ou seja, deve-se antes de tudo buscar uma normatização e um programa de qualidade que possam ser auditado externamente. Precisamos ter a capacidade de cumprir normas e exigências dos compradores internacionais", afirmou. Como resultado da exposição realizada em Chapecó, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, encaminhou ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pedido para que seja realizada a regulamentação do PEP para produtos derivados do leite cru, especialmente leite em pó, UHT e queijos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
No entanto, como a FDA não entrou em ação para evitar a rotulagem incorreta, agora há muita atividade comercial ocorrendo. Baldwin argumentou que isso poderia ser resolvido imediatamente se a FDA emitisse orientações para a indústria e declarasse sua intenção de aplicar os regulamentos existentes.Gottlieb disse que a agência decidiu que seria mais prudente desenvolver um registro administrativo cuidadoso, uma vez que a FDA tem exercido o poder de aplicação da lei até este ponto. "Para nós, reverter nossa postura atual pode exigir mais do que apenas a emissão de orientação", disse Gottlieb, acrescentando que a intenção do recente pedido de informações adicionais das partes interessadas é informar um registro administrativo substancial que poderia sustentar uma revisão.
Segundo ele, em relação à saúde pública, especificamente, a agência está interessada em saber se os consumidores estão confusos sobre o estado nutricional ou a qualidade do leite devido à forma como certos produtos são rotulados. "Para o registro, eu não acredito que seja necessária uma revisão ou estudo adicional. O que precisamos é que a FDA aja e emita orientações sobre a aplicação dos padrões lácteos existentes sobre identidade", observou Baldwin. No ano passado, Baldwin apresentou o DAIRY PRIDE Act, que exigiu que a FDA publicasse uma orientação sobre a aplicação nacional de rotulagem incorreta de produtos que imitam os lácteos em 90 dias. Também, demandou que a FDA reportasse ao Congresso dois anos após a promulgação para responsabilizar a agência por essa atualização nas obrigações de fiscalização.
Mais recentemente, o projeto de lei de despesas coletivas aprovado pelo Congresso no mês passado contém linguagem que expressa a preocupação de que os padrões de rotulagem de lácteos precisem ser devidamente cumpridos. O presidente e diretor executivo da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF), Jim Mulhern, disse que a FDA "deve parar de fechar os olhos para as violações das leis de rotulagem de alimentos. A agência precisa usar mais fiscalização e menos discrição, pois dezenas de marcas violam flagrantemente os requerimentos do governo".
A NMPF tem repetidamente solicitado aos reguladores federais a aplicarem as leis norte-americanas de rotulagem de alimentos, que excluem a possibilidade de alimentos derivados de plantas usarem termos lácteos. Mulhern agradeceu a Baldwin "por responsabilizar a FDA por sua falta de ação sobre esse assunto e implorar à FDA que faça seu trabalho".
Baldwin disse que os produtores de leite enfrentam tempos difíceis devido aos baixos preços do leite, às ferramentas de gestão de risco que não funcionam tão bem quanto esperavam, às negociações comerciais criando incerteza nos mercados de exportação e aos preços do Canadá de certas classes de leite, que acrescentam mais desafios. "Eu não estou dizendo que este é o único problema", disse Baldwin sobre a rotulagem errada. "Eu estou dizendo que há uma tempestade perfeita de desafios para a indústria de lácteos agora". (As informações são da Feedstuffs, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Os países do Mercosul anunciam no dia 25, em reunião dos ministros de Comércio e de Relações Exteriores em Seul, a abertura de negociações para um acordo comercial com a Coreia. Ainda não está definido se o objetivo vai ser um tratado de livre comércio ou um acerto mais simples, de preferências tarifárias, em que se reduzem mutuamente as alíquotas de importação para um leque mais restrito de produtos. No ano passado, Mercosul e Coreia finalizaram com sucesso um "diálogo exploratório". Foi um mapeamento inicial sobre os interesses de cada lado para saber se existe viabilidade em uma negociação efetiva. A percepção foi de que as discussões podem prosperar e as duas partes passaram, então, a buscar um mandato negociador. No caso brasileiro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deu o sinal verde. A iniciativa do bloco sul-americano com a Coreia insere-se em um contexto maior, de aproximação com a Ásia, que o Itamaraty resolveu priorizar.
Trata-se, segundo fontes diplomáticas, praticamente de uma necessidade diante da importância cada vez maior do continente e da mudança no eixo do crescimento global para a região do Pacífico. Esse é o pano de fundo de um giro iniciado nesta semana pelo chanceler Aloysio Nunes a sete nações asiáticas, com 18 dias de duração, depois que o presidente Michel Temer suspendeu pela segunda vez sua visita oficial. Foi uma forma de mostrar relevância. Na primeira escala do périplo, em Cingapura, foi assinado um acordo bilateral para evitar a dupla tributação. A cidade-país tem estoque de investimentos de US$ 1,4 bilhão no Brasil. Construção naval e administração aeroportuária - a Changi controla o Galeão (RJ) - são os destaques. Em sua passagem pela China, onde está sediado o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Aloysio firmará o acordo de instalação da unidade regional do Banco dos Brics no Brasil. O escritório deve ser inaugurado no segundo semestre.
O ministro promoverá ainda uma reunião com todos os embaixadores e chefes do departamento de promoção comercial de postos brasileiros na Ásia. A mensagem é de buscar estreitamento econômico e comercial. 09/05/2018 Itamaraty mira a Ásia em busca de acordos No âmbito político, mecanismos de consultas bilaterais que estavam parados há anos foram reativados recentemente. Algumas embaixadas do país na região, como Jacarta (Indonésia) e Seul, tiveram um reforço de equipe na atual gestão. Há ainda uma "dança das cadeiras" nos principais postos diplomáticos: a embaixada em Pequim será assumida por Paulo Estivallet; Eduardo Saboia vai para Tóquio; André Corrêa do Lago está sendo deslocado para Nova Délhi. (Valor Econômico)
Compra online de itens de supermercado ainda é tímida
Apenas dois a cada cem consumidores brasileiros têm o hábito de fazer compras online de produtos de supermercado, conforme detectou pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em conjunto com o Ibope. Embora a quantidade de pessoas que aderem ao e-commerce tenha dobrado nos últimos quatro anos, o número ainda é considerado pouco representativo pelo setor no país. De acordo com o responsável pela área de Gestão Corporativa da Apas, Rodrigo Mariano, hoje as vendas por internet representam cerca de 3% do faturamento total do setor. O varejo de supermercados faturou ao todo R$ 352 bilhões em 2017, o que significa que o e-commerce no setor chega a cerca de R$ 10 bilhões. Embora ainda seja pouco representativo para o faturamento, o e-commerce é um ponto de atenção para as empresas, na visão do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto. "Dados internacionais mostram que o crescimento do e-commerce acontece como um tsunami, de forma muito rápida", diz. "Na medida em que a geração mais jovem entra no mercado de consumo, esse crescimento vai se acelerando e é uma oportunidade para a qual o setor tem se atentado". Pesquisa apresentada nesta segunda-feira (07/05) pela Apas durante evento que inaugurou uma feira do setor de supermercados em São Paulo indica ainda que a ida de consumidores aos pontos de venda tem aumentado. Segundo Mariano, a crise nos anos de 2015 e 2016 trouxe uma queda no número de vezes que consumidores vão às lojas, fazendo com que a maioria dos consumidores frequentasse somente uma vez por mês as lojas. Hoje, consumidores, em especial das classes A e B, já voltaram a frequentar as lojas pelo menos uma vez por semana. Entre as classes de renda mais alta, 44% vão semanalmente às compras. A recuperação é mais lenta, porém, entre os consumidores de classe C e D: entre eles, apenas 23% vão às lojas uma vez por semana. (TerraViva)