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30/04/2018

 

Porto Alegre, 30 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.725

 

Sindilat debate o cenário lácteo com produtores de Venâncio Aires

Foto: Diego Barden dos Santos/Emater

O mercado futuro do leite e os desafios da cadeia foram os principais assuntos abordados durante a 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires, que ocorreu na quinta-feira (26/4), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. Segundo o engenheiro agrícola Diego Barden dos Santos, da Emater de Venâncio Aires, havia uma demanda dos produtores para falar sobre este tema. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou do encontro para esclarecer como funciona a comercialização e a formação de preços.

"Falamos sobre o cenário lácteo e as iniciativas do sindicato para defender o setor. Um dos problemas é o excesso de oferta. Precisamos de alternativas para escoar a produção", comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, citando como exemplo as compras governamentais e o PEP - Prêmio para o Escoamento de Produto, instrumento muito utilizado pelo setor de arroz, por exemplo. Entretanto, no caso do PEP, é preciso que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) "regre" este ferramenta para que possa ser utilizado também pelo setor lácteo, em leilões para leite em pó, queijos e leite UHT. 

Na ocasião, Palharini falou sobre estas e outras ferramentas de incentivo, além de abordar a necessidade de equalização de alguns custos de produção com o Mercosul. "Mas isso requer que os produtores também pressionem os governos, para que demandas como estas sejam atendidas", ressaltou. Mais de 70 produtores participaram da reunião.

Criado em 2015, o Grupo do Leite de Venâncio Aires realiza encontros periodicamente, em geral a cada dois meses. O espaço foi constituído com o objetivo de ser um fórum de discussão da cadeia no município, que tem 176 produtores de leite. Juntos, eles produzem, em média, 8,7 milhões de litros de leite por ano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

   
 
EEX será a primeira bolsa a oferecer o comércio futuro de leite líquido

A Bolsa Europeia de Energia (EEX) expandirá o comércio de produtos lácteos com o futuro de leite líquido - Liquid Milk Future - a partir de 15 de agosto de 2018. A EEX se tornará a primeira bolsa da Europa a oferecer esse produto. Até agora, a EEX oferece negociações com futuros de manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite em pó.

O volume do contrato é de 25.000 kg. Para a liquidação financeira do novo produto, a EEX utiliza o índice EEX European Liquid Milk, que é igualmente composto pelos preços do leite da Alemanha, dos Países Baixos, da Dinamarca e da Irlanda. Os preços baseiam-se no "Observatório do Mercado do Leite" da Comissão Europeia, de acordo com o Artigo 12 (a) do Regulamento (UE) No. 2017/1185 - Anexo II.4 (a).

Atendendo às necessidades do mercado
Sascha Siegel, chefe de commodities agrícolas da EEX, disse que com a expansão da linha de produtos, a EEX está atendendo às necessidades dos mercados de lácteos europeus e permitindo que os clientes se protejam contra os riscos de preços com precisão ainda maior.
"O desenvolvimento dos preços da manteiga, leite desnatado e soro de leite em pó nos últimos anos mostrou que os mercados europeus de lácteos estão sujeitos a tensões significativas nos preços. Estamos convencidos de que o novo produto é um complemento atraente para a gestão de risco nos mercados agrícolas", disse Siegel.

A EEX oferece a comercialização de produtos agrícolas desde maio de 2015. Em 2017, 137.820 toneladas de equivalentes de commodities foram negociadas no mercado de derivativos de leite da EEX. Como resultado, o volume aumentou 68% em relação ao ano anterior (2016: 82.050 toneladas de equivalente de commodity). A EEX desenvolve, opera e conecta mercados seguros, líquidos e transparentes para energia e produtos relacionados. A EEX faz parte do Grupo Deutsche Börse. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite em pó/UE

A Comissão Europeia estuda a possiblidade de fazer leilões quinzenais de leite em pó, em lugar de mensais, como ocorre atualmente, com o objetivo de reduzir os estoques, que em março totalizaram 375.701 toneladas. Em relação à negociação União Europeia (UE) x México que se transformou no Tratado de Livre Comércio União Europeia México (TLCUEM) o bloco europeu conseguiu proteção para todas as denominações de origem que propôs.

A última venda de leite em pó feita pela Comissão Europeia, realizada no dia 19 de abril teve um êxito singular, já que conseguiu vender mais que todas as outras rodadas realizadas desde dezembro de 2016. Na oportunidade foram ofertadas 91.855 toneladas, e foram aceitas 24.066 toneladas pelo valor mínimo de 1.050 €/toneladas, quase € 650 menos do que o preço de intervenção. No conjunto, as 18 ofertas anteriores, venderam, juntas, 10.248 toneladas. A próxima venda será realizada no dia 15 de março, disponibilizando 115.112 toneladas.

UE consegue proteção para todas as denominações de origem propostas
Na negociação do Tratado de Livre Comércio entre o Mercosul e a UE, um dos grandes desafios é chegar a um acordo em relação à denominação de alguns produtos como os queijos. Essa situação também ocorreu nas negociações que a UE faz com o México para assinar o TLCUEM. Nessa negociação a UE conseguiu proteger todas as denominações de origem que propôs. "O acordo garantirá a proteção contra a imitação de 340 alimentos e bebidas europeias pelo México, as denominações de Indicações Geográficas", afirma o bloco europeu em um comunicado oficial.

Dentre essas proteções estão o queijo Comte da França, o queijo São Jorge de Portugal, o salame Szegedi da Hungria e a geléia Topoloveni Magiun da Romênia. O bloco europeu propôs ao México uma lista de 340 produtos que deveriam ser reconhecidos e protegidos, dentre os quais 67 tiveram oposição por parte do setor privado mexicano. Ainda continua sem definir a denominação do queijo "manchego". UE entende que o termo deve ser aplicado somente ao queijo de ovelha do centro da Espanha, mas, o México tem seu próprio "manchego" feito com leite de vaca. Para a UE a denominação de origem permite aos consumidores saber que são artigos genuínos e que os produtores europeus ganham um prêmio pela qualidade de seus produtos, uma vez que sua fabricação seja proibida no exterior. Os produtos incluem queijos, vinhos, presuntos, manteiga, cerveja, entre outros.

Durante as negociações, A Câmara Nacional das Indústrias de leite (Canilec) do México argumentou que não deveria impedir a utilização do nome "manchego" nos queijos mexicanos, porque são fabricados com leite de vaca e não são tão curados, enquanto que o da Espanha é elaborado com leite de ovelha, tem cura prolongada e custa muito mais caro. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Expoclara reúne novidade em tecnologia e genética para o leite
Para a produção de bom leite são necessárias boas vacas, mas também tecnologia. A 11ª edição da Expoclara reúne mais de 200 desses animais, das raças Holan¬desa e Jersey; traz inovações nas técnicas de melhoramento genéti¬co, maquinário agrícola de ponta e os produtos derivados do leite que, por fim, chegam a casa do consu¬midor. Com o tema "Onde o campo e a cidade se encontram", a expo¬sição busca fazer bons negócios na Fenachamp, em Garibaldi, entre os dias 3 e 6 de maio. Esta edição irá contar com balcões de negócios no lugar de leilões. Todos os produtores que expõem na feira, associados da Cooperativa Santa Clara, poderão fechar vendas a qualquer momen¬to. "Foi uma demanda que recebe¬mos dos expositores de gado leitei¬ro para esta edição. Uma forma de compor a renda familiar durante a feira", diz o diretor da Expoclara 2018, José Dotta. A Expoclara também terá o Campo Tecnológico Sustentável, desenvolvido em parceria com Emater-RS e Embrapa. A atração apresenta energias alternativas viáveis para a produção no campo, formas mais econômicas de irriga¬ção e fruticultura, além de apre¬sentar as etapas do circuito do leite para os visitantes. O Programa de Melhoramento Genético da Coo¬perativa também é um dos pontos altos no quesito tecnologia, prática que pode definir a longevidade e produção do animal a partir do sê¬men. "A margem de lucro do leite não é muito grande, então os asso¬ciados têm que investir em produ¬tividade. No caso da Santa Clara, é a boa genética que consegue asse¬gurar uma maior escala de produ¬ção", diz Rogerio Bruno Sauthier, presidente da Cooperativa Santa Clara. Esta edição marca os 21 anos da feira e os 106 anos da cooperati¬va formada por 5,5 mil associados. (Jornal do Comércio) 

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