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24/04/2018

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.721

 

Audiências públicas debatem setor leiteiro
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, convidou os associados a participarem das audiências públicas que estão sendo realizadas para debater o setor lácteo em todo o país. Depois do encontro realizado em Lajeado ontem (23/04), na quinta-feira (26/04) haverá agenda na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis (SC). Na sexta-feira (27/04), está previsto debate em Anta Gorda (RS), durante a 7ª Festleite. O dirigente pediu apoio dos laticínios para dar voz aos dilemas vividos pela indústria frete à opinião pública. Durante reunião de associados realizada na tarde desta terça-feira (24/04), Guerra ainda apresentou dados divulgados pelo Fundesa que relatam os avanços de contribuições e indenizações do setor lácteo. Os números, indicam ele, apontam aumento considerável das indenizações referentes a abates de animais decorrentes de casos de tuberculose e brucelose. Em 2017, foram feitos 406,8 mil testes para as duas doenças, valor 7,7% maior do que os 377,4 mil do ano de 2016. Desde que o Fundesa foi criado, em 2007, já foram pagas indenizações referentes ao abate de 10,3 mil animais em relação à tuberculose e à brucelose, sendo que parte desse total se refere à ação motivada pelo programa Mais Leite Saudável que estimulou a testagem dos rebanhos gaúchos.

IN 62 - Durante a reunião, os representantes dos laticínios ainda conheceram os recentes dados apresentados pelo Ministério da Agricultura sobre uma possível alteração nas INs 62 e 51, que regulam os padrões de qualidade do leite. Presente em Brasília quando da apresentação oficial da proposta, a consultora do Sindilat Leticia Vieira relatou as possíveis alterações aos associados. O Sindilat é favorável a ações que contribuam com a qualidade desde que praticadas em prazos exequíveis. O sindicato aguarda a publicação da consulta pública para se manifestar sobre o tema. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Na foto: Letícia Vieira - Crédito: Carolina Jardine

 
Entressafra eleva valor do leite no Rio Grande do Sul

 

Crédito: Carolina Jardine

Com o avanço da entressafra do leite no Rio Grande do Sul que coloca a produção no menor nível do ano, o valor de referência do litro voltou a subir em abril. Segundo dados apresentados pelo Conseleite durante reunião na manhã desta terça-feira (24/04), na Fetag, o valor projetado para o leite padrão com base nos primeiros dez dias do mês é de R$ 1,0579, 2,2% acima do consolidado de março, que fechou em R$ 1,0351, também acima dos R$ 0,9901 estimados. Nos últimos três meses (fevereiro-abril), o Conseleite indica alta acumulada de 9,58%. 

O professor da UPF Eduardo Finamore explicou que a trajetória de alta do leite justifica-se pelo aumento de praticamente todos os produtos do mix, com exceção do requeijão (-1,13%). O leite UHT teve elevação de 2,84% e o leite condensado, 10,37%. Contudo, alerta Finamore, apesar do reajuste verificado, o leite no Rio Grande do Sul este ano ainda está abaixo dos valores praticados em 2016 e 2017. Conduzindo a reunião, o presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, pontuou que, comparando os primeiros meses de 2018 com o mesmo período de 2017, a produção vem em expansão e o impacto da entressafra está menor este ano, com baixa de 15% da captação em relação à média do Estado que é de 12,6 milhões de litros/dia. "O primeiro trimestre indica crescimento de captação em relação ao mesmo período de 2017", complementa. 

Guerra indicou que maio deve ser marcado por estabilidade de produção nos tambos gaúchos, um movimento que será reforçado pelo aumento de consumo das famílias em função de períodos de temperaturas mais baixas. Além disso, acrescenta o dirigente, a importação de leite em pó está 56% menor neste primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, e os produtos estão chegando a preços 8% menores no Brasil. "Temos que ver como produzir de forma viável com o mercado desta forma como está  agora. Como ainda não temos essa competência, precisamos da ajuda do governo neste momento". O alerta, indica Guerra, refere-se ao leite UHT que está sendo comercializado abaixo de valores de anos anteriores e que configura 80% da produção do Rio Grande do Sul. "Isso nos preocupa porque tem impacto forte na indústria e no produtor", salientou. Representando o Ministério da Agricultura, o fiscal e ex-superintendente do Mapa/RS Roberto Schöreder acredita que as importações do Uruguai não são responsáveis pela crise no setor. Em sua participação na reunião do Conseleite, Schöreder indicou que a fiscalização no Rio Grande do Sul é rigorosa e que, em todas as últimas análises realizadas, os resultados estavam dentro de padrões de conformidade. "O leite gaúcho vai bem e hoje é o mais fiscalizado e totalmente confiável". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Conseleite PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Abril de 2018 na sede da  FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Março de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 
 
 

 Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)   

 
 
Comissão aprova regras para produção de queijo artesanal 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional aprovou o Projeto de Lei 2404/15, dos deputados Zé Silva (SD-MG) e Alceu Moreira (PMDB-RS), que regulamenta a elaboração e a comercialização de queijos artesanais. O objetivo da proposta é facilitar venda desses produtos no Brasil. O projeto autoriza a comercialização de queijo artesanal em todo o território nacional mediante critérios higiênico-sanitários, como a exigência de certificação de propriedade livre de tuberculose e o controle da potabilidade da água usada nos processos de elaboração do queijo e nas atividades de ordenha.

O relator da matéria na comissão, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), mudou o texto para esclarecer que os queijos podem ser considerados como artesanais com base em critérios regionais e culturais, e não apenas territoriais. Outra alteração feita pelo relator tem o objetivo de reconhecer também como queijos artesanais aqueles produzidos em assentamentos familiares e em grupos de produtores de até quinze participantes. Além disso, o parecer de Colatto prevê que os órgãos de defesa sanitária ficarão encarregados de orientar os queijeiros artesanais sobre a implantação de programas de boas práticas agropecuárias de produção leiteira e de fabricação de queijos artesanais.

Obstáculos
De acordo com Valdir Colatto, a proposta é de extrema importância para os produtores, que há anos enfrentam enormes dificuldades para conseguirem autorização para comercializarem seus produtos no país. Como exemplo dos problemas enfrentados, ele citou um episódio de setembro de 2017, quando a vigilância sanitária descartou cerca de 600 quilos de alimentos que seriam vendidos no festival Rock in Rio, inclusive queijos artesanais. Apesar de os alimentos estarem próprios para consumo e dentro dos prazos de validade, foram jogados no lixo por não possuírem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)."Todos somos favoráveis a que o Poder Público garanta a segurança dos alimentos comercializados no país; entretanto, as exigências para que um estabelecimento seja inspecionado pelo SIF e o produto possa ser vendido no Brasil, ou até mesmo exportado, estão fora do alcance do pequeno produtor", argumentou Colatto. 

Tramitação
O projeto, que tem caráter conclusivo (quando o projeto é votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário) já havia sido aprovado também pela Comissão de Seguridade Social e Família, e ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Canal Rural)

 
 

EUA: declínio da economia agrícola termina
Renda/EUA - Pelo terceiro mês consecutivo, a renda média da produção nos Estados Unidos estará em aproximadamente US$ 60 bilhões, a metade do pico atingido em 2013, diz o think tank da Universidade do Missouri FAPRI em uma previsão para 2018 que também prevê estresse financeiro contínuo nos próximos anos. Um aumento modesto nos preços de milho, soja e trigo em 2019 colocará a renda em acréscimo ano depois de ano. Apesar de austero, a previsão de longo prazo do FAPRI é mais otimista que as projeções do USDA de que a renda do produtor não aumentaria na próxima década. "A força da renda do produtor no longo prazo provavelmente dependerá de algum novo empurrão do lado da demanda", afirmou o diretor da FAPRI Pat Westoff. O boom de biocombustíveis absorveu a capacidade de produção dos Estados Unidos, enquanto que o apetite voraz da China beneficiou os produtores em todo o mundo. Altos estoques em todo o mundo, parte disso como consequência de excesso de oferta, sugere que levará mais de um ano inteiro para que os preços das commodities se fortaleçam. "Os mercados de commodities continuarão voláteis", diz a FAPRI. Será difícil que os preços de cultivos se recuperem neste ano porque dos cinco anos consecutivos em que a produtividade de grãos e oleaginosas excedem as tendências de longo prazo. Depois de grandes incrementos na produção de carne e leite nos Estados Unidos em 2017, os aumentos de produção neste ano pesarão nos preços de gado de corte e laticínios, ao menos que a demanda seja excepcionalmente forte. (Agrolink)

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