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09/10/2017

Porto Alegre, 09 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.599

 

Água Santa comemora 30 anos com seminário sobre leite

O prefeito de Água Santa, Jacir Miorando, esteve reunido na tarde desta segunda-feira (09/10) com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, para entregar convite para que as indústrias associadas participem do 1º Seminário Regional do Leite: Ações e Perspectivas, no dia 12 de dezembro. A ideia do evento é valorizar a produção primária no formato de minifeira, integrando debate técnico e político do setor. Em comemoração aos 30 anos de emancipação do munícipio, o seminário deve reunir 400 pessoas, com destaque para produtores que vivem no dia a dia os dilemas do agronegócio gaúcho. Água Santa produz diariamente entre 80 e 100 mil litros de leite em cerca de 500 propriedades.

Acompanhado do vice-prefeito Carlos Alberto Possebom e do gerente de política leiteira da Unibom Laticínios, Ideno Pietrobelli, o prefeito convidou a diretoria do Sindilat para participar dos debates, encorpando o debate técnico. Miorando informou que a economia de Água Santa é baseada no agronegócio tendo a avicultura como principal atividade, seguida do leite. O prefeito, que também representa a associação dos municípios da região Nordeste do RS, frisou a situação do agronegócio na região e as dificuldades trazidas pela redução do preço do leite. "É um impacto importante em um município com 4 mil habitantes", ressaltou. Palharini destacou o momento de crise do segmento. "Quase todas as atividades do agronegócio estão trabalhando com uma realidade de preço diferente. O consumidor ajustou seus gastos e o setor está sentindo isso", pontuou Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine 

  

Entidades buscam solução para falta de reagentes

Reunião no Fundesa debateu, na tarde desta quinta-feira, a falta de reagentes para exames de brucelose e tuberculose no Rio Grande do Sul. Conforme o relato dos representantes do Ministério e da Secretaria da Agricultura, a escassez dos reagentes é uma realidade nacional. "Estamos buscando alternativas para não comprometer os programas nacionais de sanidade", afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

A região Sul é a que mais constata casos das doenças.  Em 2016, por exemplo, dos 4311 casos de brucelose e tuberculose constatados no país, 84% foram nos três estados do Sul.

Ficou definido que o Fundesa vai solicitar ao secretário da Agricultura, Ernani Polo, que leve o tema ao Ministro da Agricultura, em reunião que será realizada na próxima semana em Brasília. "Também vamos manter a busca incessante de material para os diagnósticos em todas as vias possíveis, seja na importação ou compra no mercado interno", diz Kerber. (Fundesa)

 
Importações seguem caindo

Dados da balança comercial referentes às movimentações de setembro novamente apresentam queda nos volumes de lácteos importados. Ao comparar com o mês de agosto a queda foi de 25%, sendo internalizados 78 milhões em equivalente-litros de leite; a queda é bastante maior (-66%) em relação a setembro do ano de 2016. Como o cenário do mercado brasileiro se mantem enfraquecido, o interesse na importação é menor. 

O produto com maior queda nos volumes internalizados foi o leite em pó integral. No mês de setembro foram importadas 2,82 mil toneladas, queda de 47% em relação ao mês anterior e 81% de queda em relação há um ano. Para o leite em pó desnatado, as importações caíram 43% comparado com o mês anterior, com 2,75 mil toneladas internalizadas. As importações de queijos voltaram a cair, depois de um aumento no mês anterior. A queda foi de 36%, com volume importado de 2,4 mil toneladas no mês. Observe na tabela 1 o resumo dos dados de exportações e importações. (As informações são do MDIC, elaboradas pela Equipe MilkPoint)

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: MDIC.

 
 
Em Goiânia, Drauzio Varella defende que é preciso incorporar o leite na dieta alimentar

Médico oncologista afirma que o alimento é fundamental para a saúde, por causa dos nutrientes e fonte de cálcio.

 "Um copo de leite tem 250 miligramas de cálcio. Uma fatia de queijo e iogurte têm a mesma quantidade. O ser humano precisa consumir um grama por dia. Por isso, não basta tomar apenas um copo de leite todos os dias. É preciso incorporar o leite e os laticínios na dieta alimentar", garante o médico oncologista Drauzio Varella.

Ele participou, na manhã desta quinta-feira (5) do 2º Encontro Estadual dos Empreendedores do Leite e defendeu a importância desse alimento para a saúde da população. Voltado para produtores, empreendedores, profissionais, técnicos, estudantes e demais pessoas ligadas à cadeia leiteira em Goiás, o encontro é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás). A estimativa é que 2,5 mil pessoas participem do evento.

Segundo Drauzio, a humanidade toma leite há pelo menos 10 mil anos, exatamente por ser um alimento rico em cálcio. "Mas as coisas estão estranhas hoje em dia, principalmente na internet, com posições contrárias ao consumo do leite. Daí é preciso fazer eventos para dizer para as pessoas que o leite não faz mal. Não se pode criticar sem possuir dados científicos que comprovem se o alimento faz mal para a saúde. Não se pode entrar nesse modismo de falar mal de um alimento e incentivar que seja retirado da dieta da população", afirma.

Ele explica que o leite não é a 'primeira vítima' desse preconceito alimentar sem fundamento científico, já que isso tem ocorrido também com o glúten. "Onde estão os trabalhos e estudos científicos comparando as pessoas que tomam leite daquelas que não tomam e mostrando que as que consomem o alimento estão com problema de saúde. Não existem. São modismo que aparecem periodicamente e as pessoas acabam imitando", relata.

O médico oncologista rebate ainda as críticas em torno da inserção de aditivos no leite para garantir maior durabilidade do produto de 'caixinha' - longa vida. Ele destaca que a indústria produz dentro de critérios rígidos de qualidade. "Se isso realmente acontecesse, quantas milhões de pessoas não estariam doentes, já que consomem o leite longa vida frequentemente. Essa industrialização é igual no mundo interior. São padrões internacionais de rigidez e qualidade.

Em prol da saúde
Drauzio Varella enfatiza que hoje o leite é a principal fonte de cálcio para a alimentação da população. Ele acrescenta que o cálcio é fundamental para fortalecer o esqueleto do ser humano e para a troca celular da estrutura óssea. "Mais ou menos 10% do esqueleto é trocado anualmente. A cada 10 anos, trocamos o esqueleto inteiro. O cálcio é importante não apenas para o esqueleto em sim, mas para a troca dos sinais entre as células. Se você tem uma queda grande de cálcio no sangue, que pode ocorrer sem o consumo de lácteos, o coração para e a pessoa morre", destaca. O médico orienta ainda que o cálcio também é encontrado em vegetais de cores escuras, mas não mesma quantidade do leite.

Além disso, de acordo com ele, existem pessoas que consomem comprimidos com cálcio, confiando que vão satisfazer as necessidades para a saúde. "A absorção do cálcio em comprimido não é igual ao cálcio que vem do produto lácteo. É um risco fazer essa troca na alimentação", conclui. (Guialat/MaisGoiás)
 

 

Leite: entenda a crise no preço pago ao produtor
O preço do leite caiu pelo quarto mês consecutivo em setembro. A demanda fraca e o aumento da produção são os motivos da queda de 30% em um ano. A queda no consumo é o principal motivo para o preço do leite vir diminuindo mês a mês.  "O consumidor está fragilizado com a redução do poder de compra, está racionalizando melhor os gastos e comprando menos produtos que não são tão essenciais. É o caso dos lácteos", diz Natália Grigol, pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O litro do leite entregue em agosto e recebido em setembro ficou cotado em R$ 1,08 na "média Brasil" do Cepea, que leva em conta os principais estados produtores. A queda foi de 6,16% na comparação com o mês anterior. Em um ano, o recuo foi de 30,6%.  O aumento da oferta de leite nos últimos meses também levou ao recuo do preço pago ao produtor. "No Sul do país, a gente já vê a produção retomando e aumentando muito em relação ao ano passado. Se a gente compara a média dos primeiros oito meses, de janeiro a agosto de 2016 com janeiro a agosto de 2017, dá uma alta de mais de 14%", afirma Natália. O pecuarista Renato Peterle produz leite em Charqueada, no interior de São Paulo. Para driblar a queda do preço, ele trabalha para reduzir o custo com a ração das vacas.  "Nós mesmos produzimos nossa ração. A gente compra a soja, o milho, o núcleo, a ureia e batemos. O que nos ajudou foi a ração. Diminuiu bastante o custo", diz ele. Mesmo com o preço baixo, o produtor diz que a situação está um pouco melhor que a do ano passado, quando os grãos em alta reduziram a margem da atividade. Mas ele confessa que só consegue tocar o negócio porque não tem custo com mão de obra.  "Hoje eu conto com a minha família, o que diminui bastante os custos. Porque, se fosse pagar funcionário, a gente podia fechar as portas, como estão acontecendo com muitos por aí." Com a volta das chuvas e melhora das pastagens, a produção de leite tende a aumentar a partir deste mês. Mas não se sabe quando a demanda vai reagir.  "É complicado. O cenário continua bastante complicado. Na opinião dos agentes que nós consultamos, novas quedas devem vir nos próximos meses", alerta a pesquisadora do Cepea. Clique aqui para assistir o vídeo. (Canal Rural)

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