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27/09/2017

 

Porto Alegre, 27 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.592

 

  Valor despenca em setembro

O valor do litro de leite projetado para setembro é de R$ 0,8519, 4,4% inferior ao consolidado de agosto, de R$ 0,8914, segundo levantamento divulgado ontem pelo Conseleite. É a quinta queda consecutiva do preço de referência do produto. A última vez que os produtores tinham recebido valor igual a R$ 0,85 ocorreu em janeiro do ano passado, período em que há queda sazonal da cotação. Na análise mais recente da Emater, da semana passada, o preço médio do litro era de R$ 1,02, 26% inferior ao de R$ 1,39 do mesmo período do ano passado. 

A nova queda no preço tinha sido prevista nas últimas semanas pelo presidente do Conseleite e do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados, Alexandre Guerra. Segundo o dirigente, se não houvesse a intervenção do poder público com compras governamentais urgentes, a tendência seria de valores ainda piores em setembro, até porque não ocorreu a retomada da economia a ponto de acelerar o consumo de leite. "Estamos em um momento altamente prejudicial, porque há desistência de produtores da atividade e as indústrias operam no vermelho", avalia.

Guerra lembra que, em 12 de setembro, em uma reunião com entidades do setor, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se comprometeu a averiguar a possibilidade de liberação de recursos para compras governamentais, mas nenhum retorno foi dado até o momento. Nos últimos dias, o setor acionou parlamentares para voltar a pressionar o Executivo. Ontem, em Brasília, em uma nova investida, o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, Heitor Schuch, apresentou documentos ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços que comprovam a queda nos preços do leite. "Foi uma reunião para tentar convencer o ministério de que medidas como a compra interna de leite e o controle das importações do Uruguai são urgentes para socorrer o produtor", disse Schuch, que admitiu não acreditar numa atitude rápida do governo. FETAG. 

A direção da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) pediu formalmente ao governo do Estado dados dos incentivos fiscais concedidos a empresas de leite instaladas no Rio Grande do Sul. A entidade quer saber se indústrias que vêm importando o produto contam com os benefícios, o que, segundo o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, seria inadmissível, porque receberam apoio para desenvolver a cadeia local. "Se isso estiver ocorrendo, vamos pedir a suspensão dos incentivos", antecipa o dirigente. (Correio do Povo)

Suspensão será acelerada no RS
O Rio Grande do Sul poderá antecipar para 2019 sua declaração de área livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão de acelerar o processo foi tomada ontem, em reunião do vice-governador José Paulo Cairoli com representantes de entidades, indústrias e produtores de proteína animal. Segundo o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o Estado encaminha nos próximos dias ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a solicitação de uma auditoria nos serviços de controle da doença, a exemplo do que já foi pedido pelo Paraná, com processo marcado para janeiro de 2018. 

Polo afirmou que com a auditoria é possível antecipar em dois anos a retirada da vacina, que estava prevista no plano do Mapa para 2021. "A decisão tomada hoje é um divisor de águas e demonstra o amadurecimento do sistema de defesa agropecuária do Rio Grande Sul e seu esforço para atingir as metas do ministério", destacou o secretário, lembrando que a retirada da vacina repercutirá positivamente na bovinocultura de corte e leiteira, na suinocultura e na avicultura. "Vamos entrar em outro patamar de sanidade animal", prevê. 

O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, destacou que o pedido de antecipação tem efeitos imediatos nas cadeias produtivas. "Vai renovar ânimos e aumentar a disposição do setor com a visualização de novos mercados", comentou. A vacinação contra a aftosa é fator de restrição para a exporta- ção de carne bovina, suína e de aves para diversos mercados. Japão e Estados Unidos já importam carne de Santa Catarina, único estado brasileiro livre da doença sem vacinação. O Rio Grande do Sul é um dos estados livres de aftosa com vacinação. (Correio do Povo)

Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável é realizado em Frederico Westphalen

Mais produtividade, conservação e renda. Esse é o propósito do Projeto Rural Sustentável, que surgiu na tentativa de melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, por meio da implementação de tecnologias de baixa emissão de carbono. Dois municípios da abrangência do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen estão envolvidos no projeto, Boa Vista das Missões e Frederico Westphalen. Para difundir as tecnologias serão realizados, ao todo, quatro dias de campo no município de Boa Vista das Missões e três em Frederico Westphalen. O primeiro evento para Frederico Westphalen foi realizado na última sexta-feira (22/09), na propriedade do jovem produtor Cassiano de Pellegrin, na Linha Ponte do Pardo, interior do município. Cerca de 50 pessoas participaram da atividade promovida pela Emater/RS-Ascar, com apoio da Prefeitura e da Cotrifred.

O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre os governos do Reino Unido, do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia. Os Dias de Campo são realizados em propriedades chamadas Unidades Demonstrativas (UDs). A meta do Projeto Rural Sustentável é atender, nos sete Estados brasileiros situados nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, 350 Unidades Demonstrativas, que possuem uma das quatro tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto; e 3,6 mil Unidades Multiplicadoras, que irão adotar uma das quatro tecnologias preconizadas no projeto. 

Ao todo, serão 11 mil produtores capacitados, 1,1 mil agentes de Assistência Técnica treinados e 3,7 mil produtores familiares capacitados. O projeto destinará mais de R$ 70 milhões de benefícios diretos ao produtor rural para apoiar essas ações. No RS, são 11 municípios que executam o Projeto. As quatro tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável são sistemas de integração Lavoura, Pecuária e Florestas (ILPF), incluindo sistemas agroflorestais, plantio de florestas comerciais, recuperação de áreas degradadas com florestas e/ou pastagens e manejo sustentável de florestas nativas. 

As tecnologias destaques do projeto foram os temas apresentados nas estações em Boa Vista das Missões. A monitora de campo do Projeto Rural Sustentável, Cleide Jacqueline Jacques, participou da atividade explicando aos produtores o funcionamento do projeto. A partir do trabalho realizado com as UDs, o objetivo é expandir a ação, permitindo que outras propriedades, as chamadas Unidades Multiplicadoras, adotem uma das quatro tecnologias.

No Dia de Campo realizado em Frederico Westphalen a programação foi dividida. Pela manhã, os agricultores participantes acompanharam quatros estações organizadas na propriedade da família Pellegrin. Diferentes temas envolvendo a atividade leiteira foram tratados durante o evento. O assistente técnico regional de recursos naturais da Emater/RS-Ascar, Carlos Roberto Olczevski, explanou sobre manejo e conservação do solo na atividade leiteira, enfatizando a importância da análise e a prática para correta retirada da amostragem do solo, bem como os benefícios de recuperação de área degradada com pastagens perenes.

Bem-estar animal e a importância do sistema silvipastoril na atividade leiteira foi assunto abordado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Luciano Schievenin. "As vacas leiteiras para manter boas condições de saúde, expressar o máximo do seu potencial genético e produzir leite de qualidade precisam estar em boas condições de bem-estar", afirmou Schievenin. As boas condições sugeridas pelo agrônomo são disponibilidade de água e comida à vontade, conforto térmico, boas condições de saúde, livres de estresse, com condições de expressar o comportamento natural para a espécie. Luciano explicou como o sistema silvispastoril contribuiu para esse processo e sugeriu algumas espécies arbóreas que são adequadas para a implantação nas pastagens e beneficiam os animais com o sombreamento. 

Schievenin apresentou ainda resultados de análises da produção leiteira a partir de sistemas que utilizaram sombreamento. Um dos exemplos destacados pelo agrônomo foi a produção da raça holandesa que passou de 14,5 litros de leite para 18,5 litros apenas com a utilização de sombra nos piquetes. Segundo ele, o consumo de alimento, matéria seca, também é maior quando se oferece sombra aos animais. Dessa forma, a produção leiteira final aumenta significativamente nas propriedades que aderem ao sombreamento.

Outra estação do Dia de Campo foi conduzida pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Mateus Stefanello, que falou sobre produção de silagem de alta qualidade. Mateus enfatizou que a produção de silagem de milho de boa qualidade passa por três fases importantes, o plantio e condução agronômica, a colheita e ensilagem, e a desensilagem e fornecimento. "Estas três fases são complementares, ou seja, falhas em qualquer uma serão cumulativas e interferirão na qualidade final do produto", reforçou o agrônomo. Outro fator importante é a escolha da cultivar. Segundo Mateus, os produtores devem escolher o genótipo levando em conta a boa produção de massa, alta digestibilidade de fibras, ponto de corte prolongado, grãos macios e adaptação e estabilidade de produção.

Ainda na propriedade da família Pellegrin, o médico veterinário da Cotrifred, Thiago Cantarelli, apresentou a estação destacando as características morfológicas desejáveis na seleção de vacas leiteiras de alta produção. À tarde, o Dia de Campo seguiu com a participação da monitora de campo do Projeto Rural Sustentável, Cleide Jacqueline Jacques, explicando o projeto aos agricultores. Para encerrar a atividade, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo, falou sobre implantação, manejo de pastagens e nutrição de vacas leiteiras. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar " Regional de Frederico Westphalen)

Fazenda divulga índices do ICMS

As prefeituras gaúchas já podem calcular o quanto receberão em repasse de ICMS. A Secretaria da Fazenda divulgou ontem o Índice de Participação dos Municípios (IPM) 2018 com os percentuais de cada uma das 497 cidades no rateio do principal tributo estadual. Apurado pela Receita Estadual, o IPM reflete o desempenho médio da economia local entre 2015 e 2016 e indica como o Estado irá repartir R$ 8,26 bilhões. O volume correspondente a 25% sobre a receita de R$ 33,059 bilhões está previsto no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA). Não é considerada a arrecadação do Ampara/RS, fundo destinado a programas sociais constituído a partir da alí- quota de 2% sobre bebidas alcoólicas, cerveja sem álcool, cigarros, cosméticos e TV por assinatura. A relação dos índices de cada município foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Três Passos lidera a variação mais positiva na comparação do IPM de 2018 com o deste ano: alta de 19,91%. Com variações bem próximas estão as cidades de Xangri-Lá (18,15%) e Trindade do Sul (17,74%). Reflexo direto da recessão, seis das dez maiores economias tiveram queda nos índices de retorno. Com variações positivas no valor adicionado nos dois anos que servem como base para definir o índice, as exceções são Canoas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul e Pelotas, que terão crescimento na cota-parte do tributo. Além do DOE, os índices definitivos de rateio do ICMS estarão disponíveis para consulta na página da Secretaria da Fazenda (https://www.sefaz.rs.gov.br), na aba "serviços" do item IPM. (Correio do Povo)
 
 

Inscrições para o 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo vão até 1º de novembro
Estão abertas, até o dia 1º de novembro, as inscrições para o 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Promovida pelo Sindicado da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a láurea pretende valorizar o trabalho da imprensa gaúcha que repercute as notícias do setor lácteo e que contribui para o desenvolvimento da cadeia. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail: imprensasindilat@gmail.com. O tema desta edição vai abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e os desafios enfrentados. O prêmio possui quatro categorias, sendo impresso, eletrônico, online e fotografia. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidatos. O jornalista deve enviar materiais que foram publicados entre 2 de novembro de 2016 até 1º de novembro de 2017. Os nomes dos finalistas serão divulgados até o dia 27 de novembro, sendo que os vencedores serão conhecidos no dia 7 de dezembro. Os primeiros colocados de cada categoria receberão um troféu e um iPhone. Já os segundos e terceiros premiados receberão apenas um troféu. Confira regulamento CLICANDO AQUI(Assessoria de Imprensa Sindilat)

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