Pular para o conteúdo

18/09/2017

Porto Alegre, 18 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.586

 

   Leite uruguaio provoca discussão sobre bloco

O crescimento da importação de leite do Uruguai, e a discussão do governo brasileiro sobre a adoção de cotas e até uma possível retirada do produto do acordo de livre comércio, colocou em debate as regras do Mercosul, bloco econômico formado com base na livre circulação de bens entre os seus cinco países membros. Para especialistas em comércio internacional, as possibilidades do governo brasileiro em relação ao caso são limitadas. Eles defendem que, antes de adotar barreiras, o Brasil garanta condições de produção mais competitivas e incentive o consumo do produto. 

Para o professor Argemiro Luís Brum, coordenador da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário, da Unijuí, o leite, no contexto das regras do Mercosul, deveria circular livremente. No entanto, ressalta que o Brasil tem a possibilidade de negociar para convencer os uruguaios da necessidade das cotas. Outra alternativa seria obter a comprovação da triangulação de leite no Uruguai, a partir da matéria-prima de outros países, o que é ilegal. 

A prática de dumping é outra reclamação do setor produtivo gaúcho. Ela ocorre quando um produto é colocado à venda a um preço inferior ao de mercado. Mas, segundo Brum, a denúncia deve levar em conta a comparação entre o preço do produto no Rio Grande do Sul e o custo de produção dele no Uruguai. "O certo seria que a nossa atividade leiteira conseguisse ser mais competitiva, alcançasse um poder de competitividade superior ou igual ao que vem do Uruguai, para não precisar destes artifícios", recomenda o especialista. 

O professor Paulo Waquil, do Departamento de Economia da Ufrgs, acredita que a adoção de barreiras poderia apresentar resultados momentâneos, mas sem resolver a questão do excedente do produto no mercado. "A postura que considero adequada é de diálogo e de negociação, não para barrar a entrada do produto, mas para que tenhamos condições de competição semelhantes", observa. Neste sentido, considera positiva a revogação d o decreto estadual 53.059/2016, que contava com uma obrigação tributária mais favorável para a importação do produto. 

A normalização, no entanto, vai depender da demanda, conforme Waquil - já que nos últimos anos houve acréscimo na produção, enquanto o consumo se manteve estável ou com pequenas reduções. Uma das alternativas, segundo ele, seria a atuação em bloco, com Uruguai e Argentina, para exportar o excedente a outros países. (Correio do Povo)

 
 Projeto investirá em pesquisa e capacitação de agricultores na Serra

A Secretaria da Agricultura (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), assinou, nesta sexta-feira (15/9), um convênio para implantar o Projeto Integrado de Pesquisa Agrícola e Capacitação de Agricultores, Técnicos e Extensionistas Rurais na serra gaúcha. Fazem parte do acordo a Emater, o Senar e a Universidade de Caxias do Sul (UCS). O projeto tem como objetivo estabelecer ações conjuntas de pesquisa aplicada e capacitação técnica para a região da serra, utilizando a estrutura do Centro de Pesquisa Celeste Gobbato, em Fazenda Souza, distrito de Caxias do Sul.

A partir deste convênio, a ideia é desenvolver pesquisas agrícolas com foco na demanda local, futuramente servindo de base para a realização de cursos de capacitação e treinamento para os produtores. De acordo com o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o projeto desenvolverá pesquisas em diversas áreas da produção agropecuária, inclusive no setor lácteo. "Todas as atividades, seja ela a produção de leite ou outras, terão espaço", garantiu Polo reforçando que o objetivo da iniciativa é fortalecer, fomentar e capacitar produtores e técnicos por meio do Senar e da Emater. 

Aproximadamente R$ 7 milhões serão investidos no projeto, destinado à compra de estufas de alta tecnologia e instalação de parreiras modelo, entre outras medidas para o desenvolvimento de pesquisas, além da construção de um pequeno auditório para realização de palestras de capacitação e dias de campo. O convênio terá a participação de 50 técnicos para auxiliar cerca de 2,5 mil agricultores, produtores e técnicos rurais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Governo da Índia vai investir US$ 1,7 bilhão na indústria de lácteos

O Comitê de Assuntos Econômicos da Índia, presidido pelo primeiro-ministro Shri Narendra Modi, aprovou um Fundo de Desenvolvimento de Infraestrutura e Processamento de Lácteos (DIDF) com um investimento de Rs$ 108,8 bilhões (US$ 1,69 bilhão) no período de 2017-18 a 2028-29. O DIDF será criado com o Banco Nacional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (NABARD).

Do total, Rs 80 bilhões (US$ 1,24 bilhão) serão um empréstimo do NABARD para o Comitê Nacional de Desenvolvimento de Lácteos (NDDB) e Cooperação Nacional para o Desenvolvimento de Lácteos (NCDC).

O NABARD desembolsará Rs 20 bilhões (US$ 311 milhões), Rs 30 bilhões (US$ 467 milhões) e Rs 29,9 bilhões (US$ 465 milhões) em cada um dos próximos três anos. O projeto do DIDF se concentrará na construção de um sistema eficiente de compra de leite, criando uma infraestrutura de refrigeração; instalando equipamentos eletrônicos de teste de adulteração de leite e criando, modernizando e expandindo a infraestrutura de processamento e instalações de fabricação de produtos de valor agregado para uniões de produtores de leite e empresas produtoras de leite. O projeto será implementado pelo NDDB e NCDC.

Uma célula de implementação e monitoramento (IMC) localizada no NDDB gerenciará a implementação e o monitoramento das atividades do projeto no dia a dia. Os mutuários finais receberão empréstimos com 6,5% de juros por ano. O período de reembolso será de 10 anos com uma moratória inicial de dois anos. Os respectivos governos estaduais garantirão o reembolso do empréstimo. O investimento beneficiará 9,5 milhões de produtores em cerca de 50 mil vilarejos.

O governo disse que antecipa uma capacidade adicional de processamento de leite de 12,6 milhões de litros por dia; capacidade de secagem do leite de 210 toneladas por dia; capacidade de resfriamento do leite de 14 milhões de litros por dia; instalação de 28.000 refrigeradores de leite a granel (BMCs), juntamente com equipamento eletrônico de teste de adulteração de leite e capacidade de produção de produtos de valor agregado de 6 milhões de litros por dia.

Inicialmente, 39 uniões de produtores de leite em 12 estados estarão envolvidos no projeto. O governo disse que serão criadas oportunidades de emprego direto para cerca de 40 mil pessoas. 

Em 15/09/17 - 1 Rúpia Indiana = US$ 0,01557
64,1032 Rúpia Indiana = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Languiru integra ranking anual do jornal Valor Econômico com as maiores empresas do Brasil

A Cooperativa Languiru integra o ranking Valor 1000 - Maiores Empresas 2017, publicação anual do jornal Valor Econômico, do Grupo Globo, cuja divulgação ocorreu na edição no. 17, revista publicada no último mês de agosto.

No ranking geral nacional, a Cooperativa Languiru figura na 450ª posição entre as 1000 empresas, cooperativas ou não (era 483º no ranking que considerava os índices de 2015). Levando em conta apenas as cooperativas que integram o ramo agropecuário, a Languiru figura na 21ª posição no Brasil. Nesse mesmo ramo agropecuário nacional, a Languiru está em 4º lugar no critério de crescimento sustentável (variação da receita líquida sobre variação do patrimônio ajustado).

Numa análise mais detalhada, a Languiru surge na 26ª posição no Brasil entre as empresas do ramo agropecuário, cooperativas ou não. Considerando este mesmo critério, no Rio Grande do Sul a Languiru é a 4ª colocada do setor agropecuário, sejam essas empresas cooperativas ou não.

Em se tratado das cooperativas ranqueadas pelo Valor 1000, a Languiru figura no 3º lugar entre as maiores do ramo agropecuário no Rio Grande do Sul. Levando em conta a realidade local, a Languiru é a primeira cooperativa do Vale do Taquari a figurar no ranking do Valor Econômico.

Cenário
No espaço da Carta ao Leitor da revista Valor 1000, o texto destaca o ambiente de incerteza que assombra os cenários político e econômico do país e como as maiores empresas brasileiras enfrentaram esse grande desafio, com foco na excelência da gestão e estratégias bem-sucedidas de consolidação em seus setores.

Na sessão que trata especificamente do agronegócio no atual exercício, texto editado pelo repórter Lauro Veiga Filho enfatiza os volumes produtivos elevados, índice que pode compensar parte da queda nos preços. "O desempenho da agropecuária, além de ajudar a segurar a inflação, puxou a economia como um todo no primeiro trimestre deste ano", escreveu, acrescentando que o crescimento da produção deverá contribuir para compensar perdas eventuais em outros setores da economia.

Ainda analisando o desempenho do setor agropecuário, o repórter Cristiano Zaia escreveu sobre a séria crise da carne brasileira, desencadeada pela Operação Carne Fraca e aprofundada pela delação premiada de executivos da JBS, "abrindo um mar de incertezas para as empresas do segmento, embora o agronegócio tenha puxado a volta do crescimento da economia nacional". Nesse contexto, ele fala do case da Nutriza Agroindustrial, dona da marca Friato, companhia que pelo terceiro ano consecutivo é vencedora no setor de agropecuária de Valor 1000. A empresa com base em Pires do Rio/GO, distante 140Km da capital Goiânia, pontuou em sete dos oito critérios de avaliação. Atua nos mercados de carnes congeladas e embutidos, rações animais e derivados de soja, tendo como sua principal matéria-prima o frango.

Como é feito o ranking
Conforme consta detalhadamente na revista, o ranking é elaborado a partir de diferentes análises. As empresas preenchem questionário com informações sobre o perfil do negócio, setor de atuação, perfil dos produtos e serviços, composição acionária e disponibilizam os últimos três balanços consolidados. Serasa Experian e Valor também captam essas informações de fonte pública.

O agrupamento das companhias se dá em 28 diferentes setores. Todas as informações são analisadas e auditadas pela Serasa, pelo Valor e pela Fundação Getúlio Vargas. Em 2016 foram quatro mil empresas mapeadas, conforme escreveu o repórter Felipe Datt.

Os critérios utilizados por Valor 1000 no ranking das maiores têm a chancela da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e da Serasa Experian. A classificação final considera a pontuação obtida pelas empresas em oito critérios: receita líquida, crescimento sustentável, margem da atividade, giro do ativo, margem Ebitda, rentabilidade, liquidez corrente e cobertura de juros.

Melhor momento da Languiru
Para o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, a presença e evolução da Languiru no ranking Valor 1000 refletem o melhor momento vivido pela cooperativa. "Depois de enfrentarmos grandes dificuldades, as perspectivas de futuro são muito otimistas. Entre erros e acertos, é possível comemorar muito mais acertos, o que coloca a Languiru nesta situação favorável, apesar da crise, moral e ética, que assola a nossa economia e política nacional", avalia.
                
O presidente ressalta que a crise ensina grandes lições. "Estamos fazendo o 'dever de casa' e hoje colhemos os frutos do processo de gestão eficiente e do uso de ferramentas de controle. É fundamental manter o otimismo, trabalhar em conjunto, valorizando a confiança e dedicação de todos os associados e colaboradores. Quando tudo isso passar, vamos estar muito melhores, pois aproveitamos a crise para fazer o que precisa ser feito. É a Cooperativa Languiru alimentando gerações com muita seriedade e competência, destacando o Vale do Taquari a nível de cenário nacional", frisa Bayer, mencionando outros recentes prêmios conquistados, como Destaque Mercadológico no 45º Prêmio Exportação RS e posição destacada no Prêmio Quem é Quem (3º lugar Social, 4º lugar Econômico-Financeiro, 4º lugar Sustentabilidade e 12º lugar entre as empresas exportadoras de carne suína).

Acreditar no potencial
O vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, também avalia a evolução da cooperativa. "Na última década a Languiru cresceu muito e resgatou sua credibilidade no mercado, fruto da gestão e do trabalho comprometido de todos os colaboradores e associados. A marca Languiru está cada vez mais consolidada no mercado nacional e internacional, tornando-se referência em produtos diferenciados e de qualidade", ressalta.

Kreimeier acrescenta que o atual momento da Languiru coroa o trabalho de associados e colaboradores, dos Conselhos de Administração e Fiscal. "A Languiru atravessa um período de mudança cultural, cujo foco do trabalho está no associado, na redução de despesas e no resultado. Toda essa dedicação reflete no desempenho da Languiru, a cooperativa está forte e sólida, com perspectivas de futuro muito otimistas. Crises sempre vão existir, mas precisamos acreditar no nosso potencial", conclui o vice-presidente. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Dia de Campo do Leite apresenta tecnologias para o setor
A Embrapa Clima Tempero promove, no dia 4 de outubro, o Dia de Campo Institucional do Leite junto à Estação Experimental de Terras Baixas. O evento ocorre a partir das 9 horas, no auditório da unidade, em Capão do Leão (RS). Durante o dia, serão apresentadas as tecnologias da Embrapa que ajudam a resolver as demandas do setor e promover o intercâmbio e a articulação com os diversos representantes da cadeia produtiva. A visitação para estudantes de universidades e escolas técnicas ocorrerá das 9h às 12h e a abertura oficial será às 13h. O evento deve se estender até às 17h. De acordo com o pesquisador responsável pelo evento, Rogério Dereti, o Dia de Campo Institucional do Leite é de grande importância para Embrapa divulgar os trabalhos de pesquisa que vem realizando durante o ano. "Nós mostramos a importância das boas práticas e o que elas são", explicou o pesquisador sobre a ação. Segundo ele, esta é uma oportunidade para os produtores tirarem as dúvidas que possuem sobre a atividade. "Mostramos soluções para os problemas do dia a dia dos produtores", ressaltou Dereti. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estará presente no Dia de Campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *