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30/08/2017

 

Porto Alegre, 30 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.574

 

Aliança Láctea vai solicitar a compra de 50 mil toneladas de leite em pó


Crédito Foto: Bruna Karpinski

Representantes do setor lácteo da região Sul do país vão encaminhar ao Ministério da Agricultura (Mapa) um pedido de compras governamentais urgente de leite em pó ou leite UHT. A definição ocorreu na manhã desta quarta-feira (30/8), em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira realizada na Expointer. Durante o encontro, os secretários de Agricultura do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul discutiram os problemas do setor e as providências necessárias para superar as dificuldades, entre elas o preço do leite tanto para os produtores quanto para a indústria.

O pedido do Sindicato das Indústrias do Rio Grande do Sul (Sindilat) é que o governo federal faça a aquisição de 50 mil toneladas de leite em pó ao preço mínimo de R$ 14,30 o quilo ou 425 milhões de litros de leite UHT ao preço mínimo de R$ 2,20 o litro. O volume representa um montante de R$ 730 milhões em recursos federais. Segundo Ronei Volpi, assessor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que assumiu a coordenação da Aliança Láctea no lugar do presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues, o pleito será encaminhado ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

"O problema não é só do Rio Grande do Sul, é nacional. Por isso, as ações precisam ser nacionais. Se continuar como está, não são só os produtores que vão quebrar, mas também as indústrias", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Na avaliação da entidade, a pauta precisa ser unificada para que a reivindicação ganhe força. 
 

Fórum da Fetag também debateu gargalos
Em debate da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), também realizado na manhã desta quarta-feira, durante a Expointer, produtores e entidades ligadas ao setor concordaram que a solução precisa vir do governo federal. Entre os problemas abordados no encontro, que ocorreu na arena do Canal Rural no parque Assis Brasil, está o aumento de importação de leite do Uruguai e o baixo valor de compra do leite.

Estas questões têm preocupado a indústria e os produtores do Estado, que alegaram, durante o Fórum de Discussão da Fetag, urgência na avaliação das pautas que dependem da ação do Ministério da Agricultura (Mapa). Na ocasião, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a necessidade de compra governamental do leite. "Nós precisamos subir outros degraus, não há outra solução para agora que não seja esta", ressalta Palharini.  O presidente da Fetag, Carlos Joel, ainda ressaltou que a redução do valor do leite tem prejudicado toda a cadeia. "Temos um consumidor que esta pagando um preço baixo, mas o produtor que está sendo prejudicado". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
 

 

GT do leite em pó enviará documento com oito pleitos ao governo do Estado e federal

Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre importação de leite em pó, realizada na tarde desta terça-feira (29/8), na casa da Assembleia Legislativa, na Expointer, parlamentares e dirigentes de entidades ligadas ao setor lácteo discutiram sobre os gargalos da atividade. Após dezenas de pronunciamentos, os presentes definiram pela elaboração de um documento listando as medidas necessárias para melhorar a competitividade no Rio Grande do Sul. A carta, que inclui oito apontamentos, será enviada ao governo do Estado e aos ministérios da Agricultura e da Indústria e Comércio, afirmou o deputado Zé Nunes, que coordenou o debate.

Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) reforçou sua posição no que diz respeito aos pedidos já formalizados ao governo estadual e federal nos últimos meses. Na avaliação do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor precisa de compras governamentais imediatas para tirar o excedente de produto local e regular o mercado. Outro pleito da entidade são as cotas de importação do Uruguai, a exemplo de como já ocorre no caso da Argentina para que seja possível ter previsibilidade. "Se isso não acontecer, corremos o risco de a Argentina 'sair fora' e aí o que está ruim pode ficar pior ainda", alerta.


Foto: Laura Berrutti

No âmbito estadual, Guerra reforçou sobre a importância de suspender os dois decretos que proporcionavam diferimento no ICMS na importação do produto. O dirigente citou, ainda, a necessidade de equacionar a guerra fiscal entre estados e estimular a competitividade do setor por meio de mais produtividade, tanto na indústria quanto dentro da porteira, para poder segurar de forma natural a importação e viabilizar as exportações de forma competitiva.

Também fazem parte do documento a verificação de triangulação de leite no Uruguai, devido ao volume de entrada e saída do produto no país, o fortalecimento das cooperativas e da assistência técnica e a instituição de uma política de Estado efetiva para o setor lácteo. "É o setor unido na busca de soluções e na defesa do setor lácteo", ressaltou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Mamíferos da Parmalat vão voltar em breve


Crédito Foto Jonathan Heckler/JC

Tem uma geração de brasileirinhos que cresceu na companhia dos mamíferos da Parmalat, uma das campanhas de marketing promocional associada à venda de caixinhas de leite de maior sucesso no País nos anos de 1990. Pois a família vai voltar e em 2018, projeta o diretor de relações institucionais e comunicação da francesa Lactalis, uma das líderes globais de laticínios e que adquiriu a marca Parmalat, Guilherme Portella. O executivo fez a revelação, ao participar do programa Leite com Café, na Casa JC na Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio, que a retomada de uma campanha com os bichinhos está sendo gestada. Na versão anterior, as pessoas trocavam selinhos das caixinhas pelos bichinhos de pelúcia da família dos mamíferos. O suspense está no ar. Segundo o diretor, os mamíferos estarão de volta na campanha do leite fortificado Parmalat Max, prestes a ser lançado. "Os mamíferos voltam", garante. Em 2018, as novidades estarão atrelados aos bichinhos de pelúcia. "É uma força da marca e queremos desenvolver." 

O diretor contou ao Leite com Café mais detalhes e novidades da operação brasileira. Entre elas, mais investimentos no Rio Grande do Sul e exportação de itens produzidos nas unidades gaúchas para o Chile. A negociação está em andamento e só depende de licenças para liberar o envio de mercadorias, antecipou Portella. A Lactalis tem a maior operação no Brasil, em número de plantas e capacidade de processamento, no Rio Grande do Sul. São cinco em solo gaúcho que empregam 2,3 mil trabalhadores. "Respondemos por quase 25% da compra de leite dos produtores do Estado. São 900 milhões de litros de leite cru por ano entregues, e um detalhe: 80% do volume se transforma em produtos que vão a outros estados", contabiliza, em forma de leite em pó, leite UHT (caixinha), leite condensado, bebidas lácteas, queijo e requeijão. No Estado, 8 mil famílias entregam leite para a empresa. 

A Lactalis tem a maior operação no Brasil, em número de plantas e capacidade de processamento, no Rio Grande do Sul. São cinco em solo gaúcho, que empregam 2,3 mil trabalhadores. "Respondemos por quase 25% da compra de leite dos produtores do Estado. São 900 milhões de litros de leite cru por ano entregues, e um detalhe: 80% do volume se transforma em produtos que vão a outros estados", contabiliza, em forma de leite em pó, leite UHT (caixinha), leite condensado, bebidas lácteas, queijo e requeijão. No Estado, 8 mil famílias entregam leite para a empresa. Em 2016, a companhia anunciou investimento de R$ 104 milhões em modernização de linhas gaúchas, introduzindo mais tecnologias. Entre as ações está a montagem de uma linha de garrafas plásticas para envazar leite UHT, que será em Teutônia, uma das maiores plantas no setor na América do Sul. (Jornal do Comércio) 

 

Fonterra abre nova fábrica de US$ 119 milhões, na Austrália
Fonterra - A cooperativa da Nova Zelândia, Fonterra, anunciou a abertura de uma nova fábrica de queijos na Austrália, com investimento de US$ 119 milhões, para ajudar a atender o crescimento da demanda. A planta, que será construída em Victoria,substituirá a que foi destruída pelo fogo em dezembro de 2014. O diretor da Fonterra Austrália, René Dedoncker disse: "A Fonterra é líder no mercado de queijos da Austrália, de US$ 2 bilhões, lidera o mercado de foodservice, oferecendo soluções para chefs em toda a Austrália, e é um dos principais exportadores de ingredientes lácteos da Austrália. A nova fábrica de queijos em Stanhope ajudará a consolidar a posição no mercado, assegurando negócio sustentável ao longo da cadeia de valor". A nova planta de queijos processará 1,3 milhões de litros de leite por dia, uma vez que a companhia vem tendo crescente demanda de queijos para os mercados domésticos da China e do Japão. Enquanto isso, a Fonterra está pagando € 7,1 milhões para ter participação de 10% na AB Rokiškio Sūris, indústria de laticínios da Lituânia que busca recursos para expandir suas exportações. Dalius Trumpa, presidente da Rokiškio Sūris disse: "A Fonterra é uma empresa líder mundial, e se tornar acionista da Rokiškio Sūris, leva nossa empresa também para um nível global, muito diferente". As duas empresas já são parceira comerciais há muitos anos, com a Fonterra fornecendo ingredientes para a produção de produtos especiais para a Europa. (FoodBev - Tradução livre: Terra Viva)

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