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21/07/2017

 

Porto Alegre, 21 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.546

 

Setor lácteo formaliza pedido para compras governamentais de 20 mil toneladas de leite em pó

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) protocolou nesta sexta-feira (21/7) pedido de compras governamentais, de forma emergencial, de 20 mil toneladas de leite em pó ao governo federal. O pleito foi oficializado com o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Caio Rocha, no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS). A expectativa é de que a medida retire a pressão do mercado no período de safra e evite a queda do preço do leite. As compras solicitadas representam em torno de R$ 300 milhões aos cofres públicos.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o pedido é uma alternativa emergencial, já que está entrando grande quantidade de leite importado com preços mais competitivos. "Nesse momento em que estamos com a safra no pico da produção de leite, se faz necessária essa ação para compras governamentais para que o preço não continue caindo. Tratamos de leite em pó porque é o produto que mais entra de fora via Mercosul", explicou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou da cerimônia no Palácio. O pedido foi feito em conjunto com entidades do setor, entre elas Fetag, Famurs, IGL e Secretaria da Agricultura.

Rocha afirmou que o governo está priorizando as compras governamentais, mas que precisa aguardar a queda do preço do leite para efetivar a aquisição. "Para que a gente possa chegar nas 20 mil toneladas, precisamos que o preço baixe do mínimo", explica Rocha, lembrando que o preço mínimo é estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Se baixar, estaremos entrando no mercado, porque é nossa obrigação fazer esse estoque regulador", disse o secretário. 

Recursos para a agricultura familiar 
Na manhã desta sexta-feira, o MDS anunciou a liberação de quase R$ 20 milhões em investimentos, que serão destinados ao fortalecimento da agricultura familiar em 19 municípios gaúchos, além de prever recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Fomento e Programa Cisterna, que garante acesso à água de qualidade para escolas rurais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Jézica Bruno

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 20 de Julho de 2017 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 

Lobby do setor de lácteos dos EUA aumenta a pressão sobre o Canadá

O lobby da indústria de lácteos dos Estados Unidos está aumentando a pressão sobre o Canadá à medida que as negociações para renegociar o NAFTA se aproximam, demandando concessões que o governo canadense parece não querer conceder. O resultado pode ser uma briga que envolve esforços para modernizar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, segundo o qual o Canadá envia a maior parte de suas exportações para os Estados Unidos. O México é o terceiro membro do acordo.

Os produtores dos EUA vêm criticando o controle da oferta, os termos do sistema de tarifas e cotas do Canadá para manter os preços domésticos altos e as importações baixas. Um acordo de 2016 permitiu que os produtores canadenses vendessem proteínas do leite - que são usadas para fazer queijo e iogurte - para processadores domésticos com desconto, diminuindo o fluxo das importações americanas. Esse fato aumento o descontentamento do setor americano.

Jaime Castaneda, vice-presidente sênior do Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), disse que o influente grupo de lobby buscará novos desafios através da Organização Mundial do Comércio, a menos que o Canadá interrompa a venda de proteínas. "Se não pudermos resolver isso por meio de negociações, acredito que meus membros serão muito claros para que tudo esteja na mesa", disse ele em uma entrevista por telefone.

Um painel da OMC decidiu em 2002 que o Canadá violou suas obrigações comerciais através de subsídios ilegais à sua indústria de lácteos. Os Estados Unidos e o Canadá chegaram a um acordo em 2003. Castaneda disse que os desafios contra as vendas de proteínas podem eventualmente resultar em decisões que obrigam o Canadá a abandonar o controle da oferta.

Em junho, o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, disse que preferiria resolver as irritações do setor de lácteos antes que as negociações do NAFTA começassem e disse que o controle da oferta estava bem desde que não prejudicasse a indústria dos EUA. Mas em 14 de julho ele pareceu endurecer sua posição, dizendo que, através de uma porta-voz, sentiu que "todas as opções deveriam estar na mesa" nas negociações do NAFTA e que a indústria de lácteos continuava sendo uma preocupação. Washington divulgou as suas metas para negociar o NAFTA na segunda-feira, dizendo que procurou eliminar barreiras não-tarifárias às exportações agrícolas dos EUA.

O Canadá, no entanto, sente que a linguagem está mais dirigida para o México, que gera um grande superávit comercial com os Estados Unidos, disse uma fonte familiar com o pensamento do governo canadense. O comércio de bens e serviços do Canadá com os Estados Unidos é mais ou menos equilibrado. Embora os produtos lácteos tenham sido originalmente excluídos do acordo original de 1994, os Estados Unidos podem pressionar para que eles façam parte das negociações sobre um novo acordo.

Apesar disso, o governo do primeiro-ministro Justin Trudeau tem pouco interesse em comprometer-se. "Somos totalmente compatíveis com o comércio e o comércio de produtos lácteos favorece massivamente os Estados Unidos", disse uma fonte do governo canadense. O setor de lácteos do Canadá inclui C$ 6 bilhões (US$ 4,75 bilhões) em vendas anuais de leite pelos produtores. Com medo da força do lobby da indústria doméstica, os políticos canadenses tratam os produtos lácteos como algo sagrado.

Em maio, os produtores de leite ajudaram a garantir a derrota de um candidato líder do partido conservador que defendeu a eliminação da gestão da oferta. "Os produtores de leite são uma força a ser considerada. Penso que (os políticos) farão bem em ouvir nossas preocupações", disse o produtor de leite de Manitoba, David Wiens, executivo da influente Dairy Farmers of Canada.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em abril que defenderia os produtores nacionais de produtos lácteos contra o que ele chamou de práticas injustas do Canadá. O lado americano também quer que o Canadá comece a reduzir as tarifas para permitir mais importações. Como parte das negociações sobre um tratado comercial do Pacífico incluindo 12 países proposto em 2015, o Canadá concordou em abrir 3,25% anualmente de seu fornecimento de lácteos. Esse tratado ainda estava nascendo e os produtores canadenses deixaram de falar de concessões. 

Em 20/07/17 - 1 Dólar Canadense = US$ 0,79260
1,26150 Dólar Canadense = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são da Reuters, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Perspectiva positiva pode estimular investimentos no setor agropecuário da Nova Zelândia

A indústria agrícola da Nova Zelândia, incluindo seu principal setor, o setor leiteiro, enfrenta uma "perspectiva positiva", que deverá impulsionar o investimento, disseram agentes, revelando um aumento ainda maior nos valores das fazendas leiteiras. O Real Estate Institute of New Zealand (Reinz), afirmou que, embora o volume das vendas domésticas tenha diminuído, a tendência esteve de acordo com os ciclos sazonais históricos, "à medida que os produtores rurais se concentraram nas atividades de inverno e na temporada seguinte". De fato, "a moral em todo o setor rural está sendo estimulada pelas perspectivas positivas para produtos lácteos, carne bovina, de cordeiro, de cerdos e horticultura", disse Brian Peacocke, porta-voz rural do instituto.

Esse sentimento "provavelmente incentivará a continuação dos investimentos" nesses setores, incluindo o setor de lácteos, que, como setor, viu o maior volume de vendas de junho desde 2014, antes da queda dos preços. Na verdade, o mercado de fazendas leiteiras viu um "aumento tardio da atividade em Canterbury", uma região de produção importante na Ilha do Sul. Os preços das fazendas leiteiras na Nova Zelândia, o principal país exportador de leite, ampliaram sua recuperação com relação à baixa ocorrida no outono, ficando em um índice de 1.881 no mês passado, um aumento de 17,7% com relação ao ano anterior. No entanto, eles permanecem 13% abaixo de uma alta ocorrida em setembro do ano passado. O preço médio por hectare em todas as fazendas vendidas nos três meses até junho de 2017 foi de US$ 25.993 por hectare. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Rebanho leiteiro da China deve recuar 6% neste ano, prevê USDA
O rebanho leiteiro da China deve recuar 6% em 2017 ante o ano anterior, afirma o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A perspectiva é que passe de 8 milhões de cabeças para 7,5 milhões de cabeças. Apesar disso, a produtividade deve subir no país, diante do melhoramento genético, ponderou o órgão. O USDA acrescentou que espera uma produção de leite no país em torno de 35,5 milhões de toneladas em 2017, queda de 1% ante 2016. "Os preços do leite devem aumentar neste ano juntamente com o menor custo da ração. A silagem de milho deve favorecer a maior produção de leite", disse a agência. (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no jornal O Estado de São Paulo)

 

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