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21/06/2017

Porto Alegre, 21 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.524

 

  MUITA CONVERSA E POUCA DEFINIÇÃO

O governo do Estado tem reiterado que está aberto ao diálogo quando o assunto é o projeto de lei (PL) 214, que reduz em até 30% o crédito presumido das indústrias. Na prática, no entanto, quanto mais a proposta se arrasta na Assembleia Legislativa, mais difícil de prever qual será o desfecho. Ontem, o tema era o terceiro da ordem do dia, mas em reunião de líderes, optou-se por não realizar votação.

- Estamos dando tempo para discussão - afirma o líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB).

Mas lá se vão dois anos desde que o texto foi protocolado. Esteve em regime de urgência, depois voltou à normalidade e agora está com prazo determinado para a votação - passou a trancar a pauta.

Um dos muitos segmentos preocupados com a questão, a indústria de leite quer voltar a apresentar seus argumentos diante da Comissão de Agricultura amanhã.

- Mais uma vez repetimos: não existe espaço para nenhum tipo de redução. Diminuição de crédito é o mesmo que aumento de imposto - entende Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).

Como 60% da produção de leite vai para fora do Estado, qualquer alteração na tributação pode se converter em perda de espaço em mercados importantes.

- A manutenção dos créditos presumidos se impõe em razão da necessidade de manter a competitividade em relação a outros centros produtores - acrescenta Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do RS (Sips).

Kerber afirma que o setor se mantém permanentemente organizado na tentativa de impedir que a redução dos créditos presumidos se concretize. E se agarra à promessa feita pelo governo de que, diante de aprovação do texto na Assembleia, fará avaliação individual de todos os setores, para só então tomar decisão final.

- Temos a certeza de que o setor de proteína animal não deverá sofrer qualquer restrição - completa o diretor-executivo.

Outros dois pontos precisam ser considerados. Um é o projeto de recuperação fiscal dos Estados, proposto pelo Planalto e que exige como contrapartida redução anual de 10% dos créditos presumidos. O outro é a convicção de muitos de que, colocado em votação, o projeto estadual não seria aprovado, recebendo votos contrários inclusive da base aliada do governo Sartori. Quanta mais próximo da votação, mais indefinido fica o PL 214. (Zero Hora)

Piá amplia linha zero lactose e apresenta novidade na Exposuper 2017

Com o objetivo de atender a uma demanda crescente do mercado por produtos zero lactose, a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), amplia sua linha para este segmento e apresenta o último lançamento da marca na Exposuper 2017, o achocolatado Chocolateria Zero Lactose.

         

Novo achocolatado zero lactose, Chocolateria, é lançamento da Piá na Exposuper 2017. 

Crédito: Divulgação Cooperativa Piá. Desenvolvido para o público adulto, a bebida possui sabor mais acentuado de cacau, além de ser menos doce do que os achocolatados tradicionais. A nova versão leva o leite zero lactose da Piá na receita, e foi criado para ser uma versão líquida do chocolate gramadense Lugano, observando suas características sensoriais de aroma, cor e sabor. 

Segundo o gerente de marketing da Cooperativa, Tiago Haugg, a linha Zero Lactose é uma das que mais cresce em vendas no portfólio da Cooperativa, que já possui em seu mix esta especialidade em leites 1L e 500ml, iogurte em copo de 150g nos sabores manga, morango, maçã com canela e natural, iogurte em bandeja de 540g de morango, doce de leite e requeijão. 

O executivo destaca que a ampliação segue um dos objetivos principais da Piá que é apresentar, constantemente, novidades que atendam às necessidades do consumidor atual, sejam funcionais, tenham excelência em qualidade e possuam sabor diferenciado - uma das características dos produtos da marca. "O novo Chocolateria já estará nas gôndolas na primeira semana de julho", avisa. 

De acordo com o instituto de pesquisa Kantar, atualmente, a Cooperativa é líder na comercialização de leite zero lactose, versão 1 litro, no Rio Grande do Sul. "Avaliando estudos já realizados, identificamos que a intolerância a lactose é uma deficiência que atinge milhares de pessoas em todo o Brasil. Considerando esse fator, a marca tem realizado investimentos em lançamentos que suprem a demanda deste seleto grupo, que quer consumir alimentos saborosos, apesar da carência que possuem", pontua Haugg. 

Outro aspecto analisado pela Piá para o desenvolvimento de produtos deste segmento é que o aumento expressivo nas vendas desta linha está ligado também a mudanças comportamentais. "Notamos que a linha zero lactose é, ainda, uma opção para pessoas que não são intolerantes, mas que buscam - através de uma alimentação saudável -  uma digestão mais leve. Isso torna o mercado ainda mais promissor", finaliza o gerente de marketing. A Cooperativa Piá estará presente na Exposuper 2017 nos estandes E8 e F8, corredor A. (Assessoria de Imprensa Piá)

Preço/Manteiga

Depois de seis elevações consecutivas, o valor médio dos lácteos caiu 0,8%. Os produtos lácteos continuam apresentando equilíbrio de preços este ano, com ajustes para cima ou para baixo que vão moderando nas distintas licitações da Fonterra. E, depois de acumular seis elevações consecutivas nos últimos três meses, o valor médio dos produtos apresentou queda de 0,8%, fechando em US$ 3.434 por tonelada. Wilson Cabrera, presidente da Associação dos Produtores de Leite (ANPL), assegurou que são "oscilações de mercado" que até o momento mantém "estável a equação". O leite em pó integral, principal produto exportado pelo ruguai registrou uma nova baixa: agora de 3,3%. Cabrera afirmou que este percentual significa uma "queda importante", e que se somada à perda da licitação anterior, em junho, a desvalorização do produto foi de 6,2%, passando de US$ 3.312/tonelada, para US$ 3.022/tonelada. No entanto, o representante da entidade está otimista no sentido de que as indústrias "possam manter os preços", aos produtores. A manteiga continua com tendência de alta, se mantendo constante nos últimos doze meses. Desde junho do ano passado, acumula mais de US$ 3.000 por tonelada de valorização. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Conaprole

O volume de leite captado pela Conaprole no exercício que se encerra em 31 de julho próximo cairá aproximadamente 5%, em consequência das "dificuldades produtivas enfrentadas pelo setor com o clima adverso e restrições financeiras dos produtores", revelou a El Observador o vice-presidente da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi. 

Explicou que a produção de leite está se recuperando em junho, e que em maio passado foi o primeiro mês da atual temporada que registrou crescimento da produção em relação ao mesmo mês do ano anterior. O fator determinante foi a adversidade climática, embora a captação nos últimos dias tenha atingido a média de 3,4 milhões de litros/dia. Isto indica que a produção de julho vem com um aumento importante até a metade deste mês, o que poderá propiciar um resultado 6% acima do volume verificado em igual período de 2016. No entanto, no acumulado do ano, o resultado é negativo, sustentou Pérez Viazzi. Avaliou que se o clima continuar bom, agora em junho e julho a recuperação poderá se consolidar. A esta altura do exercício, com 10 meses já transcorrido, a queda na captação está em 5,5% em relação ao período anterior.

Pérez Viazzi estima que, faltando 45 dias para o fechamento do exercício, em 31 de julho próximo, o volume da produção leiteira recebido pela Conaprole registrará queda aproximada de 5%. Durante o exercício 2015/2016 o volume de leite captado foi de 1.374 milhões de litros. A perda de produção iniciou nos meses do ano passado, que englobam esse exercício. Por exemplo, durante o inverno passado houve queda abrupta de produção, em função do clima adverso, o que provocou dificuldades para emprenhar as vacas, explicou Pérez Viazzi.

Parições tardias
Por essa razão o plantel leiteiro vem com atrasos nas parições previstas e a recuperação do escore corporal, parições e produção de leite começou a ocorrer a partir do outono. Outro aspecto que afetou a cadeia foram as dificuldades financeiras que atingiram os produtores do verão ao outono, determinando a menor produção. "Trata-se da consequência de uma crise de produção e de preços que perdurou por três anos, e que hoje, ainda que a situação esteja diferente, não cobriu parte do que foi perdido nos períodos anteriores", conclui Pérez Viazzi.

Queda de custos
A iminente baixa no preço do diesel, anunciada pelo presidente Tabaré Vázquez, - além do percentual estabelecido pelo governo - sinaliza que o governo está se dando conta de que tem que reduzir os custos, destacou a El Observador o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Wilson Cabrera. O dirigente também adiantou que foi reduzida a tarifa de energia elétrica. Embora em baixos percentuais, a notícia foi bem recebida pelo setor. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Frase do Dia

"Grãos sempre serão um bom negócio. Ousado mesmo foi investir na pecuária leiteira. E eu não queria leite, queria queijo!"

Raul Anselmo Randon, produtor de grãos, leite, mação, uva e azeitona, de Vacaria/RS, ao falar da diversificação de seus 

negócios. (Revista Balde Branco)

  

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