Porto Alegre, 19 de maio de 2017. Ano 11- N° 2.503
Com o objetivo de ampliar a participação da comunidade local na Fenasul, representantes do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat) e da Prefeitura de Esteio irão se reunir na manhã deste sábado (20/5) na Rua Coberta, no Centro do município, para divulgar as atividades do evento. Na ocasião, o público poderá consumir achocolatados, além de interagir com uma vaca leiteira. O grupo estará reunido a partir das 10h.
A diretoria do Conseleite-SC esteve reunida no dia 18 de maio em Joaçaba, para mais uma reunião entre produtores e indústrias. Os resultados apresentados pela Universidade Federal do Paraná apontaram queda de preço do leite UHT em maio, o que preocupa por ser o principal produto do mix. Mesmo com a queda de leite UHT os preços de referência apresentaram aparente estabilidade no leite padrão fechando em R$ 1,1743, ou seja, 0,42% acima de abril.
Outro assunto preocupante abordado novamente na reunião do Conseleite-SC foi às importações. A balança comercial dos lácteos no mês de maio fechou com uma leve queda, abaixo de 50 milhões de dólares, porém ainda valores muito altos quando comparado há anos anteriores.
Essas importações vêm principalmente do Uruguai. Para o Presidente do Sindileite-SC, Valter Antônio Brandalise, muito embora a indústria entenda a importância e a necessidade de adequação do setor à competitividade a nível mundial, é importante ficarmos atentos ao princípio da igualdade, para que indústrias e produtores possam ter condições de sobrevivência em um setor no qual os centavos fazem a diferença. A próxima reunião do Conseleite-SC será realizada em Joaçaba no dia 22 de junho de 2017. (As informações são da assessoria de Imprensa Sindileite-SC)
Quatro estados concentram quase 70% da produção de grãos do país
A concentração de produção agrícola no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, que de acordo com levantamento da Conab representa 67% da safra nacional de grãos, se deve, segundo Sávio Pereira, secretário substituto de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, à alta tecnologia e a disponibilidade de terras nesses estados.
O último levantamento de safra, divulgado no último dia 11, indicou produção recorde de 232 milhões de toneladas. Em primeiro lugar, vem Mato Grosso, com 58 milhões de toneladas, em segundo, Paraná com 41,5 milhões, em terceiro, Rio Grande do Sul, com 35,3 milhões e, em quarto lugar, Goiás, com 22 milhões de toneladas. No caso do Mato Grosso, há variáveis relevantes, como a extensão de suas áreas de plantio pouco exploradas até poucos anos. E, ainda, propriedades com tamanho acima da média nacional e uso de tecnologia avançada.
No Paraná, há que se considerar a tradição agrícola, o alto nível de escolaridade e técnico dos produtores, que ajudam a alavancar a produtividade, disse Sávio Pereira. Já em Goiás, a localização próxima ao mercado consumidor é uma vantagem.
O secretário substituto da SPA destacou que o país tem hoje novo patamar de produção. "O plantio e a colheita de soja já nasceram sofisticados e mecanizados no Brasil. O cultivo começou nos anos 70 e se tornou muito lucrativo, forçando a melhoria de competitividade de outras culturas para não cederem áreas para a produção exclusiva de soja. Assim, a soja foi o principal vetor de modernização da agricultura no país", observou.
Uma das culturas mais afetadas pela introdução do cultivo de soja foi a do algodão. O algodão tradicional do Nordeste, arbóreo (dado em árvores) desapareceu, e os pequenos produtores de algodão do Paraná, também. "Todos os produtores de algodão no Brasil também produzem soja, mas nem todos produtores de soja são produtores de algodão", afirmou Sávio Pereira. Ele ainda observa, que essa produção é uma das mais sofisticadas e veio de um apêndice da soja. Produção essa que necessita de muita tecnologia e capital. E mais ainda: nos últimos anos, a produção de algodão está se concentrando na segunda safra, com produtividades que são 60% a 70% superior à dos Estados Unidos.
O secretário ainda destacou feijão, produto de alto consumo popular no Brasil. "A produção de feijão foi sofisticada de forma muito acelerada, com a terceira safra sendo totalmente irrigada, feita através de pivô central. Em meados da década de 1980, a produtividade do feijão atingia cerca de 450 quilos por hectare. Hoje, a produtividade média no país é de 1.076 quilos por hectare, sendo que no Centro-Oeste atinge 1.773 quilos por hectare", explicou.
Mesmo sendo promissor na produção agrícola, São Paulo não está na lista dos maiores produtores de grãos porque concentra o cultivo de produtos como café, cana de açúcar e laranja.
Nas últimas sete safras, a área plantada no país cresceu 13 milhões de hectares. Isso significou a incorporação média de 1,8 milhão ao ano nesse período. "O Brasil tem produtores sofisticados, que sabem usar as ferramentas para crescer e para ampliar sua produção", completou. (As informações são do Mapa)