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11/05/2017

Porto Alegre, 11 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.497

 

Laticínios esperam expansão de produção em 2017

Depois de dois anos sem crescimento na produção de leite no Rio Grande do Sul, as indústrias gaúchas esperam aumento na captação em 2017. A estimativa do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, é de um crescimento de 3% sobre uma base de 13 milhões de litros por dia. O movimento, explica o dirigente, deve-se à retomada na rentabilidade da atividade ao produtor. Segundo dados do Conseleite, o preço de referência para abril era de R$ 1,0411, cenário que ainda reproduz o impacto da entressafra, quando a menor quantidade de leite produzida pelas vacas geralmente eleva o patamar dos valores praticados.  

 
"Os preços nestes primeiros quatro meses estão acima dos valores pagos nos últimos anos, e ainda se registrou queda nos custos de produção puxada pela redução dos insumos", salienta. Segundo ele, a retomada da atividade e o crescimento da safra são importantes para galgar novos mercado aos produtos lácteos gaúchos e para abastecer os laticínios que operam com capacidade ociosa média de 35% neste momento.

Segundo dados do Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite), divulgado pela Embrapa Gado de Leite, o custo de produção teve queda de 4,72% em abril, quarto mês de deflação nos insumos do setor.  A redução foi puxada pela redução de 10,13% no valor do concentrado.  Dos oitos critérios analisados pela Embrapa para compor o indexador (mão de obra, produção e compra de volumoso, concentrado, sal mineral, sanidade, qualidade do leite, reprodução e energia e combustível), cinco apresentaram diminuição do valor base.  Com isso, o acumulado do primeiro trimestre indica deflação dos custos de produção de 6,46% no ICPLeite. "Esses dados confirmam o movimento de redução dos custos no campo por quatro meses consecutivos, um fator inédito no setor lácteo", completou o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, lembrando que a rentabilidade é extremamente importante para o produtor rural. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Estudo associa substância do queijo à prevenção de câncer

A espermidina é uma substância presente em vários alimentos, a exemplo de queijos curados (como gorgonzola, Roquefort e parmesão), cogumelos, produtos à base de soja, milho e grãos integrais. Se você nunca havia ouvido esse nome, aí vai um motivo para gravá-lo: segundo um estudo publicado em abril de 2017 na revista Cancer Research, o composto está ligado à prevenção de câncer no fígado e a um aumento da expectativa de vida.

Na pesquisa - conduzida por cientistas da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos -, os estudiosos notaram que a vida dos ratos que tomaram suplementos orais de espermidina aumentou em 25%. "Em humanos, isso significaria que, ao invés de viver até os 81 anos de idade, o americano comum poderia viver até os 100 anos", comenta Leyuan Liu, principal autor da investigação.

Mas, para ter esse benefício, seria preciso inserir a substância na fase em que o bebê começa a comer alimentos sólidos. Na análise em laboratório, os ratinhos que suplementaram mais tarde aumentaram a expectativa de vida em apenas 10%.

Quanto à prevenção de tumores, Liu já havia constatado, em estudos anteriores, que a espermidina é capaz de evitar a replicação de células danificadas, processo que leva à formação do câncer. Na nova pesquisa, as cobaias expostas ao composto do queijo e dos cogumelos apresentaram menor incidência de lesões no fígado e de fibrose hepática, condições que costumam causar a doença no órgão. Descubra: Comer mais vegetais ajuda a prevenir câncer? 

Mais estudos
Apesar dos resultados animadores, Leyuan Liu pondera que é preciso investigar mais a fundo os benefícios da espermidina para a redução do risco de tumores e o aumento da longevidade. "Ainda é cedo, mas talvez um dia essa será uma nova estratégia para prolongar o tempo de vida, prevenir e reverter a fibrose hepática e atrasar ou até curar o câncer de fígado em humanos", declara o cientista.

Liu espera que, se a suplementação de espermidina se provar segura e eficiente, ela possa ser adicionada a produtos -- assim como foi feito com ácido fólico. "Imagine: se adicionássemos espermidina em todas as garrafas de cerveja, isso iria equilibrar o álcool e ajudar a proteger o fígado", afirma o pesquisador.

Segundo o expert, o próximo passo é avaliar se os efeitos da substância são igualmente benéficos em humanos. Até lá, não custa incluir na dieta - com a orientação de um nutricionista, claro - os alimentos que são fonte do composto. Vai um queijinho aí? (Revista Boa Forma)

Produtos lácteos cada vez mais inacessíveis

Em abril de 2017, segundo os últimos dados publicados pelo INDEC, a cesta básica de produtos lácteos básicos na cidade de Buenos Aires registrou um aumento médio de 15,3% em relação a dezembro do ano passado, enquanto o aumento de alimentos e bebidas ficou em 8,9%. O ranking de reajustes dos preços de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano é encabeçado pelo iogurte pastoso (+24,8%); o queijo cremoso (+18,1%); a manteiga (+16,4%); o pategras (+16,0%); e o sardo (+15,1%). Nas posições seguintes temos: leite em pó integral (+11,9%); leite fresco em saquinhos (+10,7%); e doce de leite (+10,4%). Nos últimos doze meses (abril de 2016 a abril de 2017) a cesta registrou alta média de 45,4%, enquanto o conjunto dos alimentos e bebidas tiveram elevação de 29,1%, segundo o INDEC.

Desde o ano passado a produção de leite vem sofrendo quedas abruptas por causa de desastres climáticos (excessos hídricos) ocorridos em muitas das principais bacias leiteiras, combinado com preços pagos aos produtores que são insuficientes para cobrir os custos de produção. Além de queda de produtividade decorrente de alagamentos e inundações - as vacas sofrem muito nessas situações - no último ano muitos produtores diminuíram seus rebanhos, enquanto outros simplesmente desistiram da atividade. A escassa disponibilidade de leite, que obriga as indústrias de laticínios a pagarem pela matéria-prima acima de um valor teórico rentável, junto com os crescentes custos comerciais, de logística e trabalhistas, acabam sendo repassados aos consumidores. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Uruguai: crise do setor leiteiro continua sendo preocupação nacional

A crise do setor leiteiro continua sendo uma preocupação nacional. A dívida atual é de US$ 500 milhões entre produtores (US$ 350 milhões) e indústrias. Por isso, o presidente, Tabaré Vázquez, anunciou uma série de medidas para mitigar a "situação difícil" que o setor leiteiro vem passando há alguns anos.

Vazquez anunciou uma baixa nos custos de tarifas de UTE (energia elétrica) para as fazendas leiteiras. O presidente disse que "por três meses - junho, julho e agosto - reduzirá em 15% a energia para todas as fazendas leiteiras".

Ele também disse que, em médio e longo prazo, o objetivo é "melhorar a produtividade de alguns estabelecimentos nesse setor, que têm uma produtividade muito baixa e são os que mais sofrem com a crise". Para isso, ele disse que o governo vai trabalhar e anunciar soluções específicas em uma semana.

Por outro lado, Cone Ruíz, diretor da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL) e produtor da Flórida, disse que o benefício "não tem efeito, nem significa nada" para uma fazenda leiteira. "Esperamos que, mais para frente, sejam anunciadas novas medidas e tudo melhore". 

O produtor explicou que se reuniu com o ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori e eles "estão muito preocupados" com a produção de leite e "realmente acreditam que devem estar", já que as fazendas leiteiras "não aguentam mais". "Esperamos que no correr da semana sejam anunciadas outras medidas, porque as anunciadas hoje não vemos como positivas". 

A dívida do setor leiteiro representa um ano de exportações de US$ 500 milhões entre produtores e indústrias. Para o diretor da ANPL, criar um fundo de cerca de US$ 100 milhões para pagar com restituição de imposto seria uma "solução para continuar produzindo". Astori disse que "estudará" e terá uma "resposta positiva" nesta semana. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Governo estuda uma proposta
O governo deve apresentar nos próximos dias uma proposta para a cobrança dos produtores rurais que deixaram de recolher a contribuição previdenciária, o chamado Funrural. De acordo com o deputado Luis Carlos Heinze, a Receita e o Ministério da Fazenda se reuniram ontem com a finalidade de chegar a um consenso. Políticos e entidades pressionam por uma solução que favoreça os produtores rurais. (Correio do Povo)
 
 

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