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09/02/2017

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.438

 

Região Sul pode unir inspeção de produtos de origem animal

 Na primeira reunião de 2017 do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, o Codesul, ontem, na Rural Show em Cascavel, no Paraná, os governadores José Ivo Sartori, Beto Richa (Paraná), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Raimundo Colombo (Santa Catarina) assinaram resolução que prevê unificar a inspeção de produtos de origem animal. Com isso, o serviço pode ser realizado por servidores estaduais e empresas credenciadas para essa finalidade. 

A proposta deve ser submetida à apreciação das assembleias legislativas. Se aprovada, dará permissão aos estados de reconhecimento bilateral na fiscalização de produtos de origem animal. Isso significa que um produto vistoriado em um estado não precisaria novamente ser verificado em outro estado que faz parte do Codesul, como exige o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa). 

Na reunião, Sartori reafirmou o papel estratégico do Mercosul e convidou os governadores a participarem do Encontro Brasil Sul e Argentina, no dia 31 de março, em Porto Alegre, para debater novas alternativas de integração. "Buscaremos juntos conseguir novos mercados", afirmou, lembrando do trabalho iniciado com a missão governamental do Rio Grande do Sul à Argentina em 2016. 

O presidente da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul Americano (Zicosur), Juan Luis Mansur, governador da Província de Tucumán, disse que somando e articulando forças a região tem potencial para alimentar grande parte do mundo. Na terça-feira (7), Sartori e o presidente argentino, Mauricio Macri, trataram do encontro, durante reunião de trabalho em Brasília. 

Outros temas que entraram em pauta foram a criação de ouvidoria para o BRDE, atendendo à exigência do Banco Central (Bacen), e a aprovação de flexibilização das condições de crédito para ampliar e facilitar as operações no Mato Grosso do Sul, além da aprovação de financiamento para agroindústrias de produtores do Paraná. 

A Show Rural Coopavel dá a largada no calendário de grandes feiras agropecuárias do Brasil e vai até o dia 10. A mostra é o maior evento do agronegócio no Paraná e um dos mais importantes no País, com repercussão internacional. Promovida pela Coopavel Cooperativa Agroindustrial, a feira é um espaço de difusão de novas tecnologias para o aumento de produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades rurais, trazendo o que há de mais moderno em termos de máquinas, equipamentos e técnicas de utilização sustentável do solo. (Jornal do Comércio)

 

 
Três grupos de consumidores impulsionam a demanda por proteína de soro

As exportações de soro de leite dos EUA estão altas e alguns fornecedores ampliam as fábricas para atender a demanda global por mais proteína. As exportações de soro de leite dos EUA aumentaram graças, em parte, a três grupos de consumidores ansiosos por mais energia procedente das proteínas. O último relatório mensal de dados comerciais do Conselho de Exportação dos Estados Unidos (USDEC) documentou o aumento nas exportações de soro de leite. No segundo semestre de 2016 até novembro, as exportações totais de soro subiram 32% em relação ao mesmo período em 2015, com um ganho de 47% somente em novembro, escreveu Al Levitt, do USDEC. "Mais da metade das vendas de novembro foram para a China, que registrou um novo recorde de 24.130 toneladas, 147% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Cerca de 15.000 toneladas desse volume foram de proteína concentrada do soro de leite, também um recorde. Enquanto isso, as vendas para o Sudeste da Ásia subiram 63% ano a ano." O USDEC projeta que o comércio global de soro de leite crescerá 4,6% ao ano até 2021, o que deverá gerar mais de 400.000 toneladas de vendas adicionais de soro em 2021 em comparação a 2016. Apoia esse otimismo a crescente demanda pelas proteínas concentrada e isolada de soro de leite para atender as necessidades nutricionais dos consumidores. É um componente fundamental, e constitui a base para a discussão a seguir. 

Três grupos demográficos impulsionam a demanda global
Kristi Saitama, vice-presidente de ingredientes de marketing para exportação do USDEC, vê três grupos demográficos impulsionando a demanda global, cada um apresentando oportunidades de exportação em mercados identificáveis.

Esses grupos são:
1. Adultos e idosos conscientes da saúde. Em países como o Japão, a Coreia do Sul e a Costa Leste da China (incluindo as cidades de Pequim, Xangai e Cantão), há oportunidades de crescimento para alimentos e bebidas convencionais para saúde e bem-estar, e alimentos e bebidas com proteínas de soro de leite para um envelhecimento saudável. Nota-se que os Estados Unidos também se enquadram nesta categoria. De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de pessoas com mais de 65 em todo o mundo triplicará de 530 milhões em 2010 para mais de 1,5 bilhões em 2050. Esta é uma oportunidade para a proteína de soro de leite, porque pode reduzir o risco de sarcopenia, a perda da massa muscular e da força relacionada a idade. 

2. Bebês e crianças. Em países como a China, Vietnã e Arábia Saudita, há potencial de crescimento para o uso de proteína de soro de leite em fórmulas de nutrição infantil. Cingapura também é incluída porque serve como uma base de produção para produtos de nutrição infantil para o Sudeste Asiático. Enquanto a amamentação continua a ser o método preferido de alimentação infantil, a proteína láctea pode desempenhar um papel importante na imagem global da nutrição infantil. 
3. Entusiastas fitness de classe média. Há oportunidades em países com uma classe média em ascensão, onde o mercado de nutrição esportiva é relativamente pequeno agora, mas pronto para decolar. Na China, no Sudeste Asiático e nas nações do Conselho de Cooperação do Golfo no Oriente Médio, há potencial para a nutrição de proteínas de soro de leite em pó e produtos para energia/nutrição para consumidores esportistas/fitness. Os benefícios da proteína de soro de leite para os atletas são bem documentados.

Alguns exportadores de produtos lácteos dos EUA apostam no soro de leite para expandir fábricas e construir outras. A Hilmar Cheese Company de Hilmar, Califórnia, é a maior fábrica de soro de leite e queijo do mundo, aponta Gwen Bargetzi, diretor de comunicações de marketing. E a fábrica de Dalhart, Texas, está quase atingindo a capacidade de produção da planta de Hilmar. A mais recente ampliação, a fábrica de leite em pó em Turlock, Califórnia, "contribuiu para fortalecer nosso posicionamento no mercado global de soro de leite, permitindo-nos oferecer portfólio de produtos lácteos para grandes clientes", acrescenta. "Nossa linha de produtos inclui proteínas de soro de leite concentradas projetadas para as bebidas UHT que ajudam os mercados emergentes a se familiarizarem com o soro de leite. Também oferecemos frações de ponta como a lactoferrina e alfa-lactalbumina para fórmulas infantis especiais na China, e proteínas isoladas de soro de leito tão populares entre atletas de elite que já estão se preparando para as próximas Olimpíadas", disse Bargetzi. "Estamos entusiasmados com a oportunidade de crescimento global para proteína de soro de leite", acrescenta. "As pessoas não veem o soro de leite como uma fonte barata de proteína, eles veem como um alimento eficiente. Essa é uma excelente oportunidade para ofertarmos proteínas de soro de leite tanto para alimentos funcionais, como complementos nutricionais." 

Swiss Valley Farms, eleito o Exportador do Ano 2016 pela revista Dairy Foods, está também otimista. O crescimento no mercado de soro de leite foi uma das razões pelas quais a Swiss Valley expandiu sua unidade de produção de queijos em Luana, Iowa, em 49 mil pés quadrados, [4.550 metros quadrados], ao custo de US$20,6 milhões. A fábrica produzirá mais queijo, aumentando significativamente o soro disponível para ser exportado e vendido no mercado interno, diz o CEO da Swiss Valley, Chris Hoeger.

"Os consumidores estão utilizando a proteína em pó como fonte proteica de alta qualidade adicionada facilmente aos produtos", disse Kara McDonald, vice-presidente de comunicações globais de marketing do USDEC. "Na verdade, 60% dos consumidores procuram lanches energéticos fáceis. Usam a proteína do leite em lanches, como bebidas esportivas, smoothies e barras que promovem consumo de proteína durante todo o dia. As proteínas lácteas também podem ser adicionadas a sopas e assados." O interesse crescente na proteína do soro de leite pode ser visto na popularidade de receitas online, tanto no mercado doméstico como no mercado global. Considere, por exemplo,  os cookies de proteína de morango e o sorvete de proteína.

Em todo o mundo, as pessoas estão encontrando várias maneiras de usar a proteína de soro de leite. Conforme relatado no Dairy Spotlight do USDEC, o número de lançamentos de novos produtos com proteína de soro de leite rastreados globalmente aumentou para cerca de 6.000 em 2015, de acordo com a Innova Market Insights. E o ritmo dos lançamentos está acelerando, a uma taxa composta de 34% de crescimento anual entre 2010 e 2015, em comparação com 6% entre 2005 e 2009. A concorrência global está disposta a aproveitar essas tendências. Mas os exportadores de produtos lácteos dos EUA estão se posicionando para atender à crescente demanda mundial. (USDEC - Tradução Livre: Terra Viva)

Rótulos/Itália 

Foi publicado no Diário Oficial da Itália o decreto que regulamenta rotulagem da origem do leite e produtos lácteos. O decreto entrará em vitor no próximo dia 19 de abril. Outros países como França e Portugal também receberam a aprovação da Comissão Europeia para a publicação de normas similares. 

A Itália, ao que parece, não recebeu aprovação explícita, mas, publicou seu decreto sem sofrer censura e Comissão Europeia, cujo projeto foi encaminhado há três meses atrás. O decreto italiano afeta não somente o leite de vaca, mas também de ovelha, cabra, búfala, e outros animais. O decreto estabelece que o leite e os produtos lácteos devem indicar obrigatoriamente no rótulo, claramente visível, e com fácil leitura, a origem da matéria-prima. Os termos a serem utilizados são os seguintes:
a)"País de ordenha: nome do país no qual o leite foi ordenhado".
b)"País de embalagem ou processamento: nome do país onde o produto foi embalado ou processado".

Quando o leite, ou o leite utilizado como ingrediente nos produtos lácteos, tiver sido ordenhado, embalado e processado no mesmo país, a indicação da origem pode ser uma só palavra: por exemplo, "LEITE DE ORIGEM: Itália". Se as fases de processamento e envase ocorrerem em território de vários países, com exceção da Itália, se pode utilizar, em função da origem, as seguintes indicações:
       - leite de países da UE: Se a ordenha ocorreu em um dos outros países europeus;
       - leite embalado ou processado em países da UE: se as etapas ocorrerem em mais de um país europeu.

Se os processo forem realizados fora da União Europeia, serão utilizadas as palavras "países fora da UE". Ficam excluídos do decreto, os produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), ou Indicação Geográfica Protegida (IGP). (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
  

FATOR JOVEM NAS COMPRAS
A chegada dos jovens ao comando das propriedades rurais e a profissionalização do agricultor estão tendo impacto direto sobre as vendas de equipamentos de irrigação da Fockink. Acostumado ao uso da internet, esse público quer tecnologia também na hora do cultivo. - Aumentou muito a quantidade de equipamentos vendidos com telemetria e automação. Hoje, o produtor já quer fazer o controle à distância - afirma Siegfried Kwast, diretor-superintendente da Fockink. E essa percepção se traduz em números. Em cinco anos, as vendas desse tipo de equipamento passaram de fatia de 1% para 40% do total da empresa. (Zero Hora)
 

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