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07/12/2016

Porto Alegre, 07 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.405

 

​​  Pico de produção de leite cai na Nova Zelândia e na Austrália

Outubro marca o auge da estação de produção leiteira na Nova Zelândia, mas esse ano, o pico esteve longe de ser alto. A produção de leite em outubro alcançou 3,04 milhões de toneladas, o menor volume para o mês desde a estação de 2012-13. A produção caiu 5,5% com relação a outubro de 2015 e foi 8% menor do que a registrada dois anos antes.

Em uma base de sólidos do leite, a produção caiu 6,1% com relação ao ano anterior. Até agora na estação, a produção foi 2,4% menor nos primeiros cinco meses de 2015-16 em uma base de leite fluido e a produção de sólidos do leite caiu 2,9%.

A produção de leite também está caindo na Austrália, onde a produção totalizou 968 milhões de litros em outubro, 11,4% a menos que no ano anterior. Essa é a primeira vez desde pelo menos a virada do século que a produção de leite em outubro não alcançou 1 bilhão de litros na Austrália. Isso coloca a produção até agora na estação em um déficit de 10,4% com relação ao ano anterior. Comparado com o mesmo mês de 2015, a Austrália teve declínios de duplo dígito nos três ou quatro meses dessa estação, sendo o primeiro declínio desta magnitude desde a estação de 2006-07. 



Victoria, Estado que produz cerca de dois terços da produção de leite da Austrália, foi o mais afetado. A produção nesse Estado caiu 13,4% com relação ao ano anterior em outubro. As chuvas fortes tornaram as pastagens encharcadas, reduziram a qualidade da forragem e reduziram a produção de leite nos primeiros meses da estação de produção leiteira. 

Os baixos preços do leite e as fracas margens nas fazendas não ajudaram, mas o clima tem desde então se tornado mais seco e os preços dos lácteos estão aumentando. A produção de leite na Austrália deverá continuar apresentando déficit nessa estação, mas as quedas não deverão ser tão grandes quanto foram na primavera.

Combinados, Nova Zelândia e Austrália produziram 303,45 milhões de quilos a menos de leite em outubro do que no ano passado. Essa queda é aproximadamente o equivalente a todo o leite produzido em New México em um mês e provavelmente ajudou a fortalecer o mercado global de leite em pó. 

No último dia de negociações abertas para o leite desnatado no mercado spot da CME, o comércio animou-se. O leite em pó desnatado spot alcançou o topo de US$ 2,20/kg pela primeira vez em quase 14 meses. Para não serem deixados para trás, os mercados de outros produtos lácteos aumentaram também. Todos os contratos futuros Classe III até dezembro de 2017 foram comercializados acima de US$ 37,48/100 kg ou maior. (As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
 
Controle Leiteiro

O controle leiteiro para seleção genética tem nova instrução normativa do Ministério da Agricultura. A medida contribui para estimular os produtores a adotarem a técnica, explica Roberto Schroeder, superintendente da pasta no Rio Grande do Sul:

- É uma modernização da forma de controle, com informações precisas de produtividade.

Outra instrução normativa publicada pelo órgão trata de registros genealógicos de bovinos, caprinos, ovinos e bubalinos. A norma organiza forma como as associações devem proceder para enquadrar seus animais. (Zero Hora)

PIB do campo crescerá até 3%, diz CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que, apesar das quebras das safras de grãos, café e laranja, entre outras culturas, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deverá encerrar o ano com um incremento entre 2,5% a 3% na comparação com 2015. Se confirmada a projeção, calculada em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) e apresentada em evento ontem em Brasília, a participação do setor no PIB total do país - que deverá cair mais de 3%, de acordo com estimativas de mercado - deverá aumentar de 21,5%, no ano passado, para 23%. 

"O agronegócio continua sendo resiliente. Num ano em que tivemos uma crise climática descomunal, o setor continuou apresentando resultados positivos e todos os seus índices foram bons", disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. A confederação também lembrou que o PIB do agronegócio já registrou alta acumulada de 3,4% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período de 2015, sob influência também do comportamento das áreas de insumos.

Quanto ao comércio internacional, as projeções da confederação indicam que as exportações do agronegócio brasileiro deverão encerrar o ano em US$ 86 bilhões, um recuo de 2,5% em relação a 2015. "As contínuas dificuldades econômicas enfrentadas pelo país, aliadas à queda nos preços das commodities e às condições climáticas que afetaram a safra este ano, foram determinantes para esse cenário", observou a entidade.

Apesar das dificuldades, a CNA projeta que a agropecuária deverá continuar crescendo e vai liderar o início da retomada econômica do país em 2017, no que deve ser um ano positivo para o setor. E avalia que as instabilidades climáticas deverão ter menos influência sobre a produção de grãos neste ciclo 2016/17.

De acordo com a entidade, as boas perspectivas para a temporada agrícola atual e o câmbio poderão motivar um aumento de 2% no PIB do agronegócio em 2017 em relação a este ano. O Valor Bruto da Produção (VBP) também deverá registrar incremento - mesma tendência prevista para o volume das exportações do setor. A CNA traçou cenários positivos particularmente para a produção de soja e de milho e para o segmento sucroalcooleiro, que ainda deverá com preços remuneradores para o açúcar. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Registro de produtos veterinários deve ficar mais rápido com atualização de normas

Para expandir e aperfeiçoar ainda mais o sistema de registro de produtos de uso veterinário, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove workshop, desta terça (6) até quinta-feira (8), em Brasília. O evento faz parte das ações do Agro+, plano de desburocratização do Mapa, e reúne 250 técnicos do Ministério da Agricultura e representantes do setor produtivo, como diretores do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) e da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). De acordo com o Mapa, a atualização de normas deve tornar mais rápido registro de produtos veterinários. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, é preciso transparência na definição das políticas públicas destinadas a esses produtos, associada à desburocratização dos processos e à redução do custo da pesquisa. Isso, acrescenta, garantirá insumos mais acessíveis ao produtor, em um menor prazo. A participação do setor privado, destaca, completa o processo, dando agilidade à produção dos insumos e à adequação dos produtos às necessidades do mercado.

Neste ano, ressalta Rangel, o Mapa tornou mais ágil o registro dos insumos genéricos e as suas alterações. Hoje, assinala, o sistema eletrônico de registro oferece mais previsibilidade e transparência ao setor produtivo. Em 2017, informa, o Mapa vai reorganizar a fila de cerca de 1,8 mil pedidos de registros de medicamentos veterinários. "Os produtos de maior interesse do produtor serão registrados primeiro, obedecendo os prazos limite, com a segurança necessária."

A diretora do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP) do ministério, Janaína Gonçalves Moura, também observa que várias normas estão sendo revisadas e alguns procedimentos passarão a ser dispensados de análise prévia. Janaína adiantou ainda que será publicada instrução normativa para dar prioridade na análise do registro de produtos veterinários que tenham inovação tecnológica; insumos relacionados a programas sanitários como vacinas; e ao primeiro produto de uma empresa recém registrada. (As informações são do Mapa)

Consumo 2017

Liberte-se; Conte com as Marcas; Saia da Caixa, e (Não) Aja Conforme a sua Idade são as quatro tendências identificadas pela Mintel que irão pautar os negócios no próximo ano. A analista de tendências, Graciana Méndez, e o analista de pesquisa, Andre Euphrasio, discutem as principais direções que impactarão o mercado brasileiro no próximo ano, incluindo as implicações para os consumidores e marcas.

Liberte-se
Ao mesmo tempo em que os brasileiros se esforçam para equilibrar suas vidas, eles procuram evitar ingredientes e práticas nocivas e não-sustentáveis. "Os consumidores estão se tornando mais desconfiados e informados sobre os produtos. Eles prestam mais atenção em relação aos seus ingredientes, de onde vêm, como são produzidos e quais impactos causam na sua saúde. Quando consideram suas dietas e hábitos alimentares, inimigos como açúcar e gordura são apenas dois dos muitos ingredientes que pretendem evitar", afirma Graciana. De acordo com a Mintel, cerca de 42% dos consumidores de pão dizem não comer pão, ou produtos de panificação com mais frequência, por serem muito ricos em calorias, açúcar e carboidratos. "Produtos sem glúten e lactose estão, cada vez, mais populares e atingem não somente pessoas que têm requisitos de dietas específicas. De acordo com pesquisa Mintel, 30% dos adultos brasileiros alegam que gostariam de ver disponíveis uma maior gama de produtos saudáveis, não apenas light ou orgânicos, mas também sem glúten, sem lactose, com colágeno, etc", completa a analista.

Conte com as Marcas
"Enquanto o Brasil passa por uma fase política complexa, nós temos visto marcas promovendo discussões políticas e testando a honestidade das pessoas. E a pesquisa da Mintel destaca como os consumidores têm uma opinião positiva de empresas que efetivamente fazem o bem. De fato, ela mostra como é imperativo que as marcas ajudem a aliviar os problemas sociais e ambientais, já que 35% dos brasileiros acreditam que os mercados varejistas deveriam ter uma participação maior em reciclagem", explica Euphrasio. Segundo o analista, de uma forma geral, as empresas que buscam ganhar a confiança dos consumidores devem explorar como elas podem causar um impacto positivo em suas vidas. "Para que as pessoas se tornem leais consumidoras, as marcas devem ir além da oferta de produtos e provar que querem ser parte de um projeto maior. A fim de parecerem genuínas aos olhos do consumidor, as empresas irão se beneficiar ao escolher com cuidado quais causas ou valores irão apoiar e, em contrapartida, irão aumentar a consciência sobre sua própria marca," conclui Euphrasio.

Saia da Caixa
Mais benefícios significam mais valor. As empresas estão tirando maior proveito de suas marcas ao expandirem-se para novos territórios e ao atenderem uma variada necessidade dos consumidores. "Consumidores com pouco dinheiro podem se beneficiar de produtos multiuso. Cada vez mais vemos produtos oferecendo múltiplos benefícios, que podem ser posicionados como pertencentes a diversas categorias simultaneamente. Além de dinheiro, os produtos multifuncionais ajudam as pessoas a economizarem tempo e esforço em nossa sociedade acelerada", diz Euphrasio. A pesquisa da Mintel mostra como os brasileiros tornam-se mais conscientes em relação ao dinheiro e buscam melhores ofertas numa tentativa de obter custo-benefício. Por exemplo, 47% dos brasileiros estão analisando melhor a escolha de seus gastos e 35% diminuíram as compras por impulso. Segundo o analista, para enfrentar esse cenário, as marcas estão criando produtos ou serviços destinados a economizarem o tempo e o dinheiro das pessoas, seja explorando uma nova categoria ou desenvolvendo produtos que possam ser combinados com diferentes benefícios ou usados em diferentes ocasiões. "Os operadores que conseguirem agregar valor aos seus produtos, sem aumento de preços, certamente serão bem-vindos", conclui.

(Não) Aja Conforme sua Idade
Os idosos querem ser ouvidos. Enquanto redefinem o papel que têm na sociedade, eles estão buscando maneiras de levar uma vida ativa, moderna, significativa e independente. Os idosos certamente estão esperando mais apoio para se manterem atualizados. Pesquisa Mintel mostra que cerca de três em dez, 28%, dos consumidores brasileiros de 55 anos ou mais gostam de ter alguém para mostrar-lhes como usar os aparelhos que compraram numa loja, como por exemplo na hora de adquirir um laptop. Eles podem precisar de ajuda com simples tarefas online que se tornaram parte da rotina da maioria das pessoas: a pesquisa da Mintel mostra que 73% dos consumidores de 55 anos, ou mais, dizem que o processo de compra online é muito complicado, enquanto 25% do mesmo grupo demográfico alega que compraria mais produtos tecnológicos se fossem mais fáceis de usar. (Fonte: Supermercado Moderno )
 

No radar
A crise que atinge os produtores de leite deve levar centenas de pessoas, amanhã, à Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. Proposta pelo deputado pelo deputado Elton Weber (PSB), a audiência pública começa às 10h, no Teatro Dante Barone. Após alcançar preço recorde, o produto está em queda desde julho. (Zero Hora)
 

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