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19/10/2016

 

Porto Alegre, 19 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.374

 

Aliança Láctea define pedido em bloco


Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos  três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. "Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Reidratação de leite em pó deve ter solução esta semana
 

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a reidratação de leite em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab. 

Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. "Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente", ponderou o deputado. Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)

 
Discussão sobre os valores de referência do leite

Em reunião realizada na manhã de terça-feira (18), os métodos de cálculo que compõem o valor do preço de referência do leite e seus derivados, fornecidos pelo Conseleite, foram apresentados pelos professores da Universidade de Passo Fundo (UPF) Marco Antônio Montoya e Eduardo Belisário Finamore. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, e representantes das indústrias e cooperativas Cotrilac, Deale, RAR, Languiru, Cosulati e Santa Clara debateram e tiraram suas dúvidas sobre os critérios determinantes que geram vários questionamentos, tanto aos produtores quanto às empresas. Guerra abriu a discussão pontuando que "o Conseleite é justamente o fórum para debater o preço do leite, não se podendo fazer várias reuniões paralelas e independentes para não gerar mais dúvidas".

Os trabalhos começaram com um explicação sobre como atua o Conseleite, que reúne oito representantes dos produtores rurais e oito representantes das indústrias dos laticínios, com estatuto e regulamentos próprios.  Montoya pontuou que a metodologia do Conseleite é a que mais se sobressaiu ao longo dos anos. O objetivo de estabelecer a referência é representar um valor justo para a remuneração, tanto para os produtores rurais, quanto para as indústrias. Finamore ressaltou que os preços de referência são apenas indicativos, não representam um preço mínimo nem máximo, e são de livre adesão pelas indústrias. Guerra ainda alertou sobre a necessidade de trazer mais indústrias para fazer parte do Conseleite, agregando e dando mais realidade e transparência ao processo do cálculo dos preços de referência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Associações 

 
 
 
Lácteos/Reino Unido 

As exportações de lácteos têm papel essencial para impulsionar a indústria e estimular crescimento, diz a Dairy UK à secretária de estado do Defra, Andrea Leadsom, em uma reunião especial semana passada. A Secretária de Estado juntou-se ao Grupo de Exportações da Dairy UK, como convidada especial, na reunião organizada pelo AHDB Dairy, para discutir o plano de exportação do governo para comida e bebida. A reunião foi uma oportunidade para discutir desafios atuais e futuros junto às negociações da Brexit e para reiterar as prioridades da Dairy UK em termos de comércio e exportações de lácteos.

Dra Judith Bryans, CEO da Dairy UK, diz: "A indústria tem trabalhado arduamente para desenvolver as exportações de lácteos e abrir novas oportunidades com países no mundo todo.  A estratégia que publicamos no início desse ano definiu os próximos passos necessários para ajudar a indústria de lácteos do Reino Unido a tomar seu devido lugar no mercado global e já fizemos progresso significativo trabalhando com o Defra. "No entanto, com 80% das nossas exportações de lácteos destinados a países da União Europeia, é absolutamente vital que mantenhamos nosso acesso ao mercado da União Europeia sem quaisquer barreiras tarifárias ou não-tarifárias.  O governo precisa manter a continuidade e evitar qualquer rompimento nas parcerias comerciais já existentes."

"Se quisermos nos manter competitivos, precisamos de um nível de igualdade com nossos parceiros europeus e globais." Peter Dawnson, presidente do Grupo de Exportações da Dairy UK, diz: "A reunião foi muito positiva com debate construtivo com a Secretária de Estado. Estamos confiantes que ela reconheça plenamente os nossos principais pontos de interesse e que ela compartilhe do nosso entusiasmo e compromisso para expandir as exportações de lácteos." (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Lançado pela Embrapa, aplicativo Roda da Reprodução facilita o processo de gestão do rebanho leiteiro

Facilitar o processo de gestão do rebanho leiteiro pelos produtores e agentes de extensão rural. Esse é o objetivo do aplicativo Roda da Reprodução, lançado no último dia 28 de agosto pela Embrapa. A ferramenta exibe, em meio digital, o quadro físico usado no campo para acompanhar o ciclo de reprodução do rebanho - desde o momento da cobertura ou inseminação artificial da novilha até o parto.


  
Segundo André Luiz Monteiro Novo, Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos/SP, a ideia surgiu por meio da equipe do Balde Cheio inspirada pelas necessidades dos produtores de leite. 

"Há dois anos, começamos a usar diversos aplicativos disponíveis e vimos um grande potencial para essa nova plataforma no meio rural. Pensamos imediatamente em adaptar algumas ferramentas que usamos já há bastante tempo (a roda da reprodução física por exemplo) para este novo formato. A ideia era ampliar o acesso a essas ferramentas assim como provocar o interesse de jovens e adolescentes na gestão da atividade leiteira. A partir daí envolvemos os colegas da Embrapa Informática em Campinas que aceitaram o desafio e nos deram um grande apoio. Queríamos replicar o visual e as funcionalidades da roda 'física' no meio virtual e juntos, fizemos isso em tempo recorde".

O aplicativo funciona da mesma forma que a Roda da Reprodução convencional, porém com algumas facilidades inerentes do meio digital como acessibilidade, facilidade e rapidez de acesso à informação. Na roda física, o animal é representado por um ímã colorido, posicionado e movido de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra. Seguindo o mesmo padrão, a versão digital representa cada animal por um círculo da mesma cor do ímã, que se movimenta automaticamente pela roda. 
 
Dessa forma, o produtor consegue visualizar a qualquer momento a situação reprodutiva do rebanho e, por meio do registro dos animais em fase de reprodução (vacas e novilhas cobertas), a roda gera várias informações, como: proximidade do parto, vacas em aberto para serem cobertas, vacas já cobertas a espera de confirmação de prenhez, vacas próximas à secagem, distribuição de partos, entre outros, em uma só imagem. 

O app também disponibiliza outras funcionalidades, como a exibição das categorias isoladamente e a possibilidade de o produtor enviar a imagem do quadro por e-mail ou whatsapp para o técnico analisar. Na fazenda a praticidade de ter todas as informações no bolso ajuda o produtor e os funcionários a identificar imediatamente o estado produtivo ou reprodutivo de cada animal. "Até o momento, as avaliações têm sido muito positivas. Há destaque para a rapidez no registro da informação, a mobilidade e o envolvimento de jovens no processo de gestão da atividade com a ferramenta", destacou André em entrevista ao MilkPoint. 

Ele ressalta que a presença de plataformas digitais no campo tem aumentado a cada dia. "A ideia tem sido muito bem recebida pois o conceito de exposição visual de todo o rebanho na roda é intuitivo, com grande impacto visual dos problemas e informações necessárias no dia a dia de quem maneja um rebanho leiteiro. Apesar disso, noto que os produtores ainda não perceberam todo o potencial que as novas ferramentas podem ter para o auxílio das atividades cotidianas". 

Para André, os principais desafios do manejo reprodutivo na pecuária leiteira brasileira ainda são reflexos da falta de alimentos volumosos de qualidade, manejo inadequado e falta de conforto. "Além disso, muitas fazendas leiteiras não têm o mínimo de informações para gerenciar o rebanho. Pode parecer inacreditável, mas dados essenciais como data do parto, data de cobertura, diagnóstico de prenhez e data de secagem ainda são desconhecidos para muita gente". Criado com base nos padrões de usabilidade do Google, a Roda da Reprodução é simples de ser usada e funciona no sistema Android, além de ser compatível com outros aplicativos e permitir integração com outros sistemas. A equipe de desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária planeja criar, até o início do próximo ano, uma versão para a plataforma iOS da Apple. (Embrapa)

 

Sartori antecipa ida a Paris para negociar com empresa de laticínios
No quarto dia da missão do governo do Estado na Europa, o governador José Ivo Sartori não participará da última agenda na Alemanha. Ele foi chamado às pressas para uma reunião em Paris, na França, nesta quarta-feira. O encontro será com a direção da empresa Lactalis, um dos maiores grupos de laticínios do mundo, dono das marcas Elegê, Parmalat e Batavo no Brasil. Na reunião emergencial, será discutida a ampliação da produção no Rio Grande do Sul, através da captação de maior quantidade de leite oriunda de produtores gaúchos. Já havia a expectativa de um anúncio de mudança da sede da empresa no Brasil, de São Paulo para Porto Alegre. Dessa maneira, se tudo ocorrer bem na reunião de negociação, o aumento da produção no Estado também deve ser sinalizado. Atualmente, 60% da captação nacional de leite da empresa vem do Rio Grande do Sul. São quatro fábricas no Estado, que mobilizam 8 mil produtores de leite. As sedes no RS, situadas em Três de Maio, Ijuí, Santa Rosa e Teutônia, são responsáveis por dois mil empregos diretos, com o envio de mais de 900 milhões de litros de leite por ano à multinacional. Conforme a Lactalis, a produção atual gera R$ 1,5 bilhão, por ano, para a economia do Rio Grande do Sul. (ClicRBS)
 

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