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14/10/2016

 

Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.371

 

  Sindilat quer limite à reconstituição de leite em pó no Brasil

 O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional. Nesta sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: "A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional, ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado".

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai.  Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano - aumento de 85,09%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
  
 
Leite derramado

O Brasil é o sexto maior consumidor de leite do mundo, e o produto, tão comum na culinária, é protagonista num cabo de guerra que envolve produtores brasileiros, o governo do Brasil e o Uruguai. Produtores de leite do Brasil reclamam que estão à mercê do mercado internacional, já que o Brasil importa leite em pó do Uruguai. Com isso, 850 mil famílias que dependem do alimento estariam sob risco de passar fome. A discussão sobre o problema já se arrasta há 14 anos na Câmara. Em 2002, o ex-deputado Agnaldo Muniz (PPS-RO) apresentou projeto de lei proibindo a importação de leite.

Preços baixos
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, apontou que o Estado responde por 13% da produção nacional de leite e que 300 mil pessoas estão ligadas diretamente à produção do insumo. Ele defende a diminuição das importações vindas do Uruguai, pelo menos temporariamente, pois os produtores brasileiros não têm como concorrer com os preços baixos do vizinho.

Terra de leite e mel
O presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, pintou uma situação apocalíptica. Os preços estão defasados e, desde de maio de 2016, a situação ficou mais preocupante pelo aumento do volume importado do Uruguai. Principalmente de leite em pó, que só pode ser importado para ser reidratado na região atendida pela Sudene, por força de normativas do Ministério da Agricultura. "Não estamos com falta de leite no Brasil, por que importar? Estamos prejudicando nossa produção com importação desnecessária", disse.

Preço mínimo
O primeiro tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Nestor Bonfanti, e o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP), também compararam a situação do leite com o Livro das Revelações. "As oscilações de preços prejudicam os produtores e desestabilizam o mercado", disse Polo. Segundo ele e Bonfati, a resposta é o estabelecimento de uma política de preço mínimo para o leite brasileiro.

Tentar acordo
Num raro consenso entre empresários, trabalhadores e governo do Estado, o governo federal ficou com o papel de advogado do diabo. O diplomata Otávio Brandelli, do Ministério das Relações Exteriores, explicou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não permite que sejam estabelecidas restrições quantitativas no comércio internacional. "Oficialmente, as cotas de limitação de quantidade de comércio são proibidas mundialmente. Nenhum país quer ver suas exportações limitadas", disse. A saída é tentar um acordo entre os produtores brasileiros e uruguaios, como já foi feito entre Brasil e Argentina. (Jornal do Comércio)


Piá celebra Dia das Crianças com doação de brinquedos

A Piá comemorou o Dia das Crianças da melhor maneira possível. A Cooperativa realizou a doação de, aproximadamente, 300 brinquedos para crianças carentes do bairro Fazenda Pirajá, de Nova Petrópolis, e das instituições Rango Solidário, Amigos do Bem e Horta Comunitária Joanna de Ângelis, de Novo Hamburgo. A ação foi organizada pelo projeto "Amigos do Coração", formado por funcionários da Cooperativa que desenvolvem ações sociais nas comunidades onde a Piá atua, levando mais qualidade de vida a quem precisa. 
 
O grupo de voluntários realizou a coleta dos brinquedos nas filiais da cidade e também de Ivoti. "O objetivo desta campanha foi de levar um pouco de alegria para aquelas crianças cuja as famílias não têm condições de presentear nesta data que é tão importante", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)


Importação de leite em pó bate recorde em setembro 

O volume de leite em pó importado em setembro é o maior da história, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O conteúdo equivalente a 225 milhões de litros é sete vezes maior do que a média histórica para o mês. O pesquisador do Cepea, Wagner Yanaguizawa, explica que o déficit de leite em 2016 foi o principal motivo para o aumento da importação.

A tendência até o fim do ano, na opinião do pesquisador, é de que a importação de leite continue aquecida, apesar do aumento da captação no segundo semestre. Isso porque é mais barato trazer o produto da Argentina, por exemplo, do que comprar no mercado interno. A competitividade do leite nacional está cada vez mais enfraquecida devido aos altos custos com a produção.

Yanaguizawa acredita em um crescimento no volume de leite produzido no país, resultado da melhor regularidade de chuvas dos últimos 2 anos, que contribuiu para o cultivo de pastagens. Isso vai causar pressão nos preços até pelo menos março de 2017, mas vale lembrar que desde o início deste ano, o acumulado é de alta de mais de 50%.

Para finalizar, o pesquisador diz que o foco dos produtores agora é oferta e demanda, já que o consumo nos supermercados caiu nos últimos dois meses, mas a produção está a todo vapor devido ao cenário climático favorável. (Canal Rural)
 

Embrapa abre Inscrições para o Simpósio de Melhoramento Genético de bovinos de leite
Os rumos dos programas de melhoramento genético das raças leiteiras serão debatidos durante o Simpósio de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite entre os dias 8 e 11 de novembro, em Juiz de Fora/MG. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (clique aqui) até o dia 1º de novembro. Junto com o Simpósio, será realizado o II Talking About Computing and Genomics - TACG. São esperados pesquisadores e professores, com o objetivo de gerar reflexões e impulsionar a busca de soluções tecnológicas. A programação completa do evento já foi definida. Clique aqui para acessar. (Girolando)
 

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