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30/09/2016

 

Porto Alegre, 30 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.362

 

Leite ao produtor recua após nove altas 

As cotações do leite ao produtor brasileiro recuaram neste mês, confirmando as expectativas do mercado e de analistas. Pelo leite que entregaram em agosto aos laticínios, os produtores do país receberam neste mês, em média, R$ 1,192 por litro, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, que considera preços em 17 Estados. O valor é 3,3% menor do que os R$ 1,233 recebidos pelos pecuaristas em agosto. Os sinais de que os preços recuariam já vinham aparecendo nos últimos meses, quando tanto as cotações no spot (negociações entre empresas) quanto as do leite longa vida no atacado e varejo começaram a cair, indicando aumento na oferta e demanda pouco aquecida. 

 

A safra de leite na região Sul, que já está entrando no mercado desde maio e junho deste ano, e o aumento da produção de leite na região Sudeste explicam a retração dos preços, de acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot. "A produção está entrando com mais força em São Paulo e em Minas Gerais", diz. Além das chuvas, fundamentais para o desenvolvimento das pastagens para o rebanho leiteiro, outra razão para o aumento da oferta no Sudeste é a queda dos preços do milho usado na suplementação da alimentação dos animais. Com o cereal mais barato, o produtor fica estimulado a investir na alimentação, já que o custo diminui. E isso se reflete na produção de leite. 

A expectativa, segundo Ribeiro, é de que esse quadro persista. Assim, a tendência, a partir de agora é de baixa dos preços. Mas os percentuais de queda devem ser mais moderados que o visto entre setembro e agosto, avalia. Pesquisa da Scot com mais 140 laticínios do país mostra que 75% deles acreditam em recuo dos preços ao produtor e 25% em estabilidade no próximo pagamento, em outubro. O levantamento da consultoria indicou ainda que as cotações no spot e do longa vida voltaram a recuar este mês. Em Minas Gerais, por exemplo, o spot saiu de R$ 1,662 por litro em agosto para R$ 1,333 em setembro. Já o longa vida recuou mais R$ 0,10 no atacado paulista entre agosto e setembro, para R$ 2,54 por litro, em média. (Valor Econômico)

  
 
Rótulos terão de alertar sobre variação nutricional

Por unanimidade, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os rótulos de alimentos deverão alertar os consumidores de que os valores nutricionais informados podem variar em até 20%. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que encontrou evidências de irregularidades em rótulos de produtos light e diet. O caso chegou ao STJ depois de o MPF recorrer de decisão desfavorável concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. "Cabe ressaltar que, sobretudo nos alimentos e medicamentos, o rótulo é a via mais fácil, barata, ágil e eficaz de transmissão de informações aos consumidores", disse o ministro Herman Benjamin, relator do caso. Para ele, os rótulos "são mudados diuturnamente para atender a oportunidades efêmeras de negócios, como eventos desportivos ou culturais". 

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma tolerância de 20% nos valores de nutrientes declarados nos rótulos. Com a decisão do STJ, a Anvisa terá de exigir que os fabricantes informem essa variação ao consumidor. Durante o julgamento, o ministro Herman Benjamin destacou que a inclusão da advertência não demandará custos elevados dos fabricantes. O ministro também observou que a Constituição Federal garante o direito à informação ao consumidor. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região havia considerado que a variação de 20% não se caracteriza como informação relevante ou essencial, a justificar a inserção de advertência nos rótulos, além de poder causar mais dúvidas do que esclarecimentos. (Jornal do Comércio)

IBGE: em 2015, produção de leite brasileira caiu 0,4% em relação ao ano de 2014

O IBGE divulgou os dados da Pesquisa Pecuária Municipal, referente a dados da produção brasileira de leite do ano de 2015. O ano apresentou produção total de 35 bilhões de litros de leite, número inferior em 0,4% em relação ao ano de 2014.

Gráfico 1 - Produção brasileira de leite.

 

Igualmente ao ano de 2014, a Região Sul liderou em números de produção de leite, com 12,32 bilhões de litros, sendo responsável por 35,2% da produção nacional. A Região Sudeste teve a segunda maior produção em 2015, representando 34% do total. (Informações são do IBGE)

Gráfico 2 - Produção de leite por região (em milhões de litros).

 

Dia 03 de Outubro a Anvisa começará receber sugestões para as consultas públicas referentes a regulamentação da lei 13305/16 - sobre lactose

A Gerente-Geral de Alimentos, Thalita Antony de Souza Lima, fala sobre os requisitos para a indicação obrigatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos e a classificação dos alimentos para dietas com restrição de lactose.
 As Consultas Públicas (CP n. 255) e (CP n. 256) estão abertas para contribuições, sugestões e críticas a partir do dia 3 de outubro, até 11 de novembro. Video (Anvisa)

 
UE: 1.800 produtores britânicos se inscreveram no esquema de redução de produção de leite

Mais de 1.800 produtores de leite do Reino Unido se inscreveram no esquema de auxílio ao setor de lácteos da União Europeia (UE) - que pagará aos produtores para reduzirem a produção nos próximos três meses. A Agência de Pagamentos Rurais (RPA) publicou detalhes do número de produtores que se inscreveram para o primeiro lote do esquema voluntário que funcionará de primeiro de outubro a 31 de dezembro.

O esquema pagará aos produtores o equivalente a 12,2 centavos (13,70 centavos de dólar) por litro e visa reduzir a oferta de leite em toda a Europa para restaurar o equilíbrio ao mercado e estabilizar os preços.

De acordo com o RPA, um total de 1.849 produtores britânicos se inscreveram, sendo 192 do País de Gales (11.415.372 kg); 154 da Escócia (14.909.800 kg); 611 da Irlanda do Norte (22.012.433 kg); 892 da Inglaterra (63.690.732 kg), totalizando 1.849 produtores com um volume de 112.028.339 quilos.

Na próxima semana, a Comissão Europeia vai verificar os dados de todos os Estados Membros e trabalhar para ver se há dinheiro suficiente em seu fundo de 150 milhões de euros (US$ 168,49 milhões) para cobrir todas as inscrições. Se o esquema tiver mais inscrições do que é possível pagar, o volume de leite selecionado para o pagamento será reduzido e os lotes futuros do esquema serão cancelados.

O conselheiro chefe do setor de lácteos da União Nacional de Produtores Rurais (NFU), Sian Davies, disse que os dados preliminares do resto da UE sugerem que o Reino Unido foi um dos que mais teve inscrições em termos de volume para o esquema. Isso porque muitos produtores britânicos já tinham reduzido sua produção, de forma que estavam adequados ao esquema sem reduzir mais a produção.

A Alemanha foi o país que inscreveu-se com a maior redução na produção - que deverá ser de 285.000 toneladas. Cerca de 13.000 produtores de leite na França estão com intenção de inscrever-se no programa. (Informações são do Farmers Weekly, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

TJLP
O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5%. A taxa vai vigorar ao longo do quarto trimestre do ano e serve de parâmetro para os empréstimos do BNDES. A decisão foi unânime. (Valor Econômico)
 
 

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