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28/09/2016

 

Porto Alegre, 28 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.360

 

  Missão à Ásia pode trazer entre US$ 1,5 e 2 bi ao Brasil em investimentos e novos mercados

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que sua missão à Ásia poderá render negócios entre US$ 1,5 a 2 bilhões para o Brasil, entre novos mercados e investimentos. "Esta é uma expectativa. O governo estimula o setor [produtivo] e cria regras. Mas quem faz [a negociação] é a iniciativa privada", afirmou ele, em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (27), em Brasília.

Durante 25 dias, Blairo viajou com uma equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes de cerca de 40 empresas e entidades do agronegócio. Do grupo do Mapa, fizeram parte os secretários Odilson Silva (Relações Internacionais do Agronegócio) e Luis Rangel (Defesa Agropecuária) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes.

Sete países foram visitados: China, Índia, Vietnã, Coreia do Sul, Myanmar, Tailândia e Malásia. Nas rodadas de negócios, cerca de 500 empresários dos sete países conversaram com os brasileiros. A missão faz parte da estratégia de elevar de 7% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola mundial.

No Vietnã, foi reaberto o mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do país virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. A data ainda será definida. O Mapa também iniciou as negociações para a venda de produtos lácteos àquele mercado.

Na Malásia, houve ampliação do mercado de carne de aves. Técnicos do país também virão ao Brasil para fazer inspeção em frigoríficos. O Mapa ainda deu início às negociações para a exportação de bovinos vivos, carne bovina e material genético bovino (embrião e sêmen).

Na Índia, os empresários brasileiros negociaram a venda de vários produtos, como madeira, couro e pescados. A empresa indiana UPL vai construir uma fábrica no Brasil para a produção de ingredientes ativos de agroquímicos, no valor de R$ 1 bilhão.

A Embrapa também fez acordo com a UPL, no valor de R$ 100 milhões, para o desenvolvimento de pesquisas com leguminosas de grãos, como lentilha. A estimativa é que, em 2017, a Índia importe 7 milhões de toneladas do produto e, em 2030, o volume chegue a 30 milhões de toneladas.

Na Tailândia, a missão abriu as negociações para a venda de carne bovina e farinha para ração. Já na Coreia do Sul, o ministério finalizou a penúltima fase de habilitação da carne suína de Santa Catarina para exportação.

Na China, os empresários brasileiros negociaram a venda de diversos produtos brasileiros, como grãos, carnes, pescados, frutas, café e açúcar. Myanmar reabriu as licenças de importação para produtos como carnes, frutas e grãos.

Sustentabilidade
Durante a missão à Ásia, o ministro apresentou o potencial agropecuário do Brasil, que é o maior exportador mundial de soja em grão, café, açúcar, suco de laranja e carne de frango. "O país tem regularidade na produção e na entrega dos produtos ao exterior."

Blairo também ressaltou a sustentabilidade ambiental brasileira. "Mostramos lá fora que o Brasil tem um ativo ambiental muito grande. Nossas reservas, nossas florestas não podem ser convertidas em atividades agropecuárias. Quando alguém acessa um produto brasileiro está comprando um pacote ambiental e social", reforçou Blairo.

O ministro destacou ainda o potencial do mercado asiático para a consumo de alimentos. "Em 2030, o continente terá uma classe média de 3,2 bilhões de pessoas." Ainda segundo ele, o Brasil é parceiro estratégico para garantir a segurança alimentar na Ásia, assim como essa região é estratégica para ampliar a participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial. (As informações são do Mapa)
 
 
 
Mapa cria Grupo de Trabalho para revisão do RIISPOA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou nesta data, a Portaria 193, criando o Grupo de Trabalho para revisão do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA, instituído pelo Decreto 30.691/1952. Apesar de diversas iniciativas neste sentido, o Brasil está muito atrasado em termos de adequar a legislação à evolução da indústria de alimentos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira lei disciplinando a indústria de alimentos foi de 1927. Já se encontra em sua 9ª Revisão. O RISPOA brasileiro, de 1952, deve demorar um bom tempo ainda, para se tornar efetivo. (Terra Viva)


 

Preços/Reino Unido 

A indústria britânica First Milk anunciou aumento de € 0,26, [R$ 0,95/litro], no preço do leite em outubro; é o maior aumento mensal desde 2007. Enquanto isso, a Arla Foods anunciou reajuste no preço do leite em dois centavos de euros por quilo, a partir de 1º de outubro. A First Milk disse que os preços do leite continuarão subindo nos próximos meses. Um comunicado à diretoria, o presidente, Clive Sharpe, disse que "Nossa visão sobre o mercado é positiva e vemos os preços do leite chegando a 25ppl, [R$ 1,04/litro], ou (€ 0,32/litro) nos próximos meses". Acompanhando os aumentos, a First Milk está pagando atualmente, entre 20 ppl, [R$ 0,83/litro], e 21,98 ppl, [R$ 0,92/litro], dependendo do volume, e incluindo, para alguns produtores, o pagamento estimado do queijo Tesco de 0,98ppl para outubro.

Os preços na Europa continuam firmes
A Arla Foods disse que também haverá um impacto cambial positivo como resultado das novas bandas nas taxas de câmbio médias introduzidas nos mecanismos de preços. Quando o aumento do preço, e o impacto do câmbio são aplicados ao litro padrão do Reino Unido, o aumento é de 1,6 pences, sobre o preço convencional de 21,65 pences. O diretor da Arla Foods, Johnnie Russell, disse que o mercado de commodities, bem como o mercado de queijo amarelo na Europa, continua se fortalecendo, e os preços no mercado de varejo também continuam firmes. "A produção na União Europeia continua caindo, e a expectativa é de que essa tendência se mantenha nos próximos meses", disse Russell. (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

Selecionados para a 2ª etapa do Ideas for Milk serão anunciados no Dairy Vision 2016 

Já pensou em ter uma startup que contribua para o agronegócio do leite no Brasil? Essa é um dos objetivos do concurso "Ideas for Milk", lançado pela Embrapa Gado de Leite, em parceria com as empresas AgriPoint, Carrusca Innovation, Litteris Consulting e Qrânio. O objetivo do projeto é vincular a iniciativa privada à pública. 

As inscrições para o concurso "Ideas For Milk" serão on-line, do dia 1º de agosto a 12 de outubro. Serão selecionados até 40 projetos para seguirem para a 2ª fase, que contará com oito finais locais, nas universidades parceiras. O anúncio dos 40 selecionados na primeira etapa ocorrerá durante o jantar do Dairy Vision 2016, em Curitiba/PR, nos dias 03 e 04 de novembro. Apenas um ganhador de cada final local seguirá para a nacional. 

O Dairy Vision é um evento focado na indústria de laticínios caracterizado pelos debates de alto nível - proporcionando diversos momentos para networking, como os espaços empresariais, jantar de confraternização, almoços e diversos breaks. "É um evento de porte global dentro do Brasil e destinado para quem realmente vai tomar decisões e impactar o dia a dia e o futuro das empresas", pontuou Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint, que realiza o Dairy Vision em parceria com a inglesa Zenith. 

Como participar do Ideas for Milk 
Podem participar equipes informais ou startups já constituídas, com ideias para projetos de software web, aplicativos mobile ou solução em hardware. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite - como insumos agropecuários, logística de captação e distribuição do leite e indústria de laticínios. Os benefícios para os ganhadores vão desde a participação e o aprendizado em um processo que envolve a formulação de uma ideia com potencial de mercado até a possibilidade de alavancar um negócio lucrativo. 

A inscrição e entrega dos projetos devem ser feitas até o dia 12 de outubro, pelo site: www.ideasformilk.com.br, onde informações adicionais podem ser encontradas. Para mais informações sobre o Dairy Vision entre em contato pelo telefone (19) 3432-2199, escreva para ladc@milkpoint.com.br ou acesse http://www.dairyvision.com.br. (Milkpoint)

FrieslandCampina
O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de outubro de 2016 é de € 29,25/100 kg, [R$ 1,10/litro]. O preço garantido teve aumento de € 3,00 em relação a setembro.  O aumento é em parte uma correção das estimativas muito baixas efetuadas nos últimos meses, junto com a expectativa de que os preços do leite das principais empresas de referência irão subir em outubro. O desempenho positivo nos preços do leite foi resultado do aumento das cotações dos principais produtos lácteos, com queijo, manteiga e leite de consumo chegando a valores recordes. A produção de leite na União Europeia está caindo com a demanda mais ou menos estável, e o crescimento da procura pela Ásia. O preço garantido é aplicado sobre 100 quilos de leite com 3,47% de proteína; 4,41% de matéria gorda; e 4,51% de lactose. Os valores são aplicados para a oferta média de 600.000 quilos de leite por ano, [média de 580 mil litros/ano, ou média de 1.500 litros por mês]. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)
 

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