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01/09/2016

Porto Alegre, 01 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.343

 

Jorge Rodrigues comandará a Aliança Láctea

O produtor rural e diretor da Farsul Jorge Rodrigues assumiu o comando da Aliança Láctea Sul Brasileira em reunião na manhã desta quarta-feira (31/8) durante a Expointer. O encontro reuniu lideranças do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, incluindo o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. 

Segundo Rodrigues, o objetivo é manter o grupo como um fórum de discussão dos rumos do setor na região. "Este não é um fórum de relacionamento, não é um fórum de confraternização. Somos  um fórum de discussão que tem um objetivo que é trazer para debate as pautas de interesse dos três estados", pontuou, admitindo que existirão muitos momentos de divergência do caminho. "É a partir dessas discussões que nós elaborarmos nossas pautas comuns", previu.

Jorge Rodrigues assume em nome do Rio Grande do Sul, sucedendo o catarinense Airton Spiens, secretário-substituto de agricultura de SC. Segundo ele, depois de dois anos de trabalhos, a Aliança Láctea consolida-se como um demonstrativo de sua importância para o setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

Guerra destaca importância da gestão no setor lácteo

 Foto: Cassiano Ranzan

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, palestrou sobre os desafios do setor lácteo aos cerca de 80 alunos do curso de engenharia agroindustrial da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), do campus de Santo Antônio da Patrulha. A apresentação ocorreu nesta terça-feira (30/08) no auditório da Casa de Imprensa da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Segundo Guerra, é importante que os profissionais que irão trabalhar futuramente no agronegócio tenham uma dimensão da realidade do setor. "Os lácteos, assim como os demais setores, dependem de um conjunto de fatores.

 Assim, não podem ser visto de maneira isolada", explicou ele, citando a questão fiscal, que está em constante atualização. No encontro com os estudantes, o presidente do Sindicato abordou ainda a Lei do Leite, que foi regulamentada recentemente e o projeto de medidor de vazão, que está em implantação no Estado, além do movimento de busca de mercado fora do país. "Temos uma preocupação muito grande com a competitividade e qualidade é fundamental", explicou. Segundo o professor Edson Valle, que organizou a atividade, é muito importante que os alunos tenham contato com os conceitos teóricos na prática e as suas peculiaridades. "Na Universidade temos a base teórica, porém, na prática, há uma série de fatores que influenciam na produção e nos negócios", enfatizou. Ele destacou ainda que a questão da gestão nas propriedades é um dos assuntos que recebe maior atenção na formação dos engenheiros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite teve alta em agosto, mas tendência é de baixa

O preço médio do leite aos produtores do país voltou a subir de forma expressiva em agosto, mas os indicadores são de queda a partir de setembro. Levantamento da Scot Consultoria mostra que a cotação média neste mês ¬ considerando preços em 17 Estados produtores ¬ teve valorização de 5,1% sobre julho, alcançando R$ 1,233 por litro. Já a pesquisa do Cepea/Esalq em sete Estados mostra que o valor médio bruto pago ao produtor atingiu R$ 1,6928 por litro em agosto, novo recorde, em termos reais. O preço é 13% superior ao de julho. O valor pago ao produtor em agosto se refere ao leite entregue aos laticínios em julho, quando o cenário ainda era de oferta mais apertada de matériaprima no país. Mas o ambiente vem mudando gradativamente nos últimos meses e outros indicadores (como o spot, atacado e varejo) já mostram que os preços do leite entregue em agosto ¬ e pago em setembro ¬ devem recuar. "O pagamento de agosto ainda reflete a queda da produção de leite no primeiro semestre. 

 

Mas a partir de maio a produção do Sul começou a subir e em julho também começou a aumentar em regiões de São Paulo, Minas e no sudeste de Goiás", explica Rafael Ribeiro, analista da Scot. O crescimento registrado, à exceção da região Sul, deve¬se a um "alívio nos preços do milho" usado na alimentação do rebanho, segundo Ribeiro. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP¬L/Cepea), o volume de leite adquirido pelos laticínios cresceu 5,03% em julho. Como resultado da maior oferta, os preços no mercado spot (negociação entre as empresas) já tiveram queda significativa em agosto, segundo a Scot. Em São Paulo, saiu de R$ 2,108 por litro em julho para R$ 1,703 em agosto. Em Minas Gerais, recuou de R$ 2,089 por litro para R$ 1,662 na mesma comparação. 

A pesquisa da Scot também detectou redução nos preços do leite longa vida do atacado e no varejo em agosto, refletindo um arrefecimento da demanda. Segundo a consultoria, o produto no atacado paulista caiu R$ 0,79 entre julho e agosto, para R$ 2,64 por litro. Já no varejo, a queda ainda foi menos expressiva, de R$ 3,85 por litro em julho, para R$ 3,80 em agosto. Para Ribeiro, a alta do leite longa vida no mercado foi "tão forte que chegou um ponto em que o consumo começou a ser prejudicado". Isso explica os recuos no atacado e no varejo em agosto. Segundo ele, essa retração na demanda derrubou as cotações do longa vida, gerando uma pressão de baixa na matéria¬prima. Diante do ambiente de aumento da oferta de leite e de formação de estoques de longa vida, a maior parte dos laticínios espera recuo no valor pago este mês pelo leite entregue em agosto. Pesquisa da Scot com mais de 140 laticínios mostra que 46% acreditam em queda do preço, 19% em alta e 35% em estabilidade. (Valor Econômico)

LEITE/CEPEA: mesmo com possíveis mudanças no cenário, preço ao produtor bate novo recorde

O valor médio bruto pago ao produtor de leite (que inclui frete e impostos) atingiu R$ 1,6928/litro em agosto, novo recorde, em termos reais, considerando-se toda a série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em janeiro de 2000. Essa média de agosto, ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA, superou em quase 13% o valor até então recorde de julho/16 e esteve 54,4% acima do de agosto/15, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de julho/16). 

Pesquisadores do Cepea alertam que essa tendência, no entanto, pode ser alterada no próximo mês, já que os estoques nas indústrias e a captação de leite vêm aumentando. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume adquirido pelos laticínios cresceu 5,03% em julho - no acumulado deste ano, porém, a variação ainda é negativa, em 14,5%. 

Apesar de ser período de entressafra, indústrias de grande porte têm aumentado a captação leiteira frente às pequenas empresas, por conta da maior capacidade de remuneração aos produtores. No campo, a produção deve crescer nas próximas semanas, devido ao possível retorno das chuvas e também ao fato de muitos produtores estarem em época de parição de vacas. Neste caso, pecuaristas mais tecnificados concentram o nascimento dos bezerros em momentos que antecedem o início das chuvas. Além disso, as altas nos preços ao produtor no correr deste ano e a recente queda nos valores do milho e do farelo de soja, componentes do concentrado, também incentivaram maiores investimentos dentro da porteira, o que já vem resultando em aumento na produção de leite.

Por outro lado, a demanda por derivados lácteos está retraída. A perda do poder de compra de consumidores na atual conjuntura econômica do País e o elevado patamar de preço dos derivados afastaram consumidores. Nesse cenário, indústrias relatam que teriam chegado ao limite do repasse de preços da matéria-prima ao derivado para o consumidor final. Para setembro, 54,5% dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, que representam 70,5% da amostra, têm expectativa de queda nos preços. Entre os entrevistados, 32,7% acreditam em estabilidade nos preços do leite em setembro e somente 12,7% esperam alta. 

Derivados 
Depois de seis meses de alta consecutiva, os preços dos derivados lácteos caíram em agosto. O leite UHT teve média de R$ 3,4256/litro no mês, queda de 14,4% em relação a julho/16, mas ainda acumula alta de 47% neste ano, em termos reais. O queijo muçarela teve média de R$ 21,20/kg em agosto, recuo de 1,27% frente ao mês anterior, porém, aumento de 48,54% neste ano. 

Com a demanda enfraquecida e estoques nas indústrias, atacadistas consultados pelo Cepea acreditam em novas quedas nos preços dos derivados, cenário que pode refletir nos valores pagos aos produtores. Essa pesquisa sobre o segmento de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de São Paulo e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em AGOSTO/16 referentes ao leite entregue em JULHO/16.

 
Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.

Desafio para inovar o mercado lácteo tem inscrições abertas

Empreendedores, estudantes, pesquisadores e outros profissionais interessados em encontrar soluções tecnológicas para o mercado lácteo estão convidados a participar do desafio de startups Ideas for Milk, que está com inscrições abertas, até 12 de outubro, por meio do site http://www.ideasformilk.com.br/. A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) é uma das Unidades da Empresa participantes da iniciativa, liderada pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), em parceria com dez universidades e outras instituições públicas e privadas.

O objetivo da competição é estimular projetos capazes de aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil, além de oferecer às startups a oportunidade de alavancar um negócio lucrativo. Os participantes, que podem ser equipes informais ou startups já constituídas, devem submeter ideias de soluções web, mobile ou hardware que apresentem inovações em modelos de negócio, produtos, processos, serviços e tecnologias. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite, como insumos agropecuários, captação e distribuição, indústria de laticínios, mercado e consumidores finais.

Negócio do leite
Com o desafio, os organizadores buscam impulsionar e valorizar o mercado lácteo. O setor está em crescimento e requer cada vez mais iniciativas capazes de otimizar os processos de produção e melhorar a renda dos produtores. Nos últimos cinco anos, o mercado mundial de leite cresceu 78%, tendo atualmente 1,3 milhão de produtores no País. O Brasil ocupa o 4º lugar na lista dos maiores produtores lácteos, com cerca de 35 bilhões de litros gerados por ano. Para a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Rosângela Zoccal, é preciso sensibilizar a sociedade sobre a importância desse mercado.

Em média, o brasileiro consome 170 litros de leite, incluindo queijos, iogurtes, sobremesas, cosméticos, medicamentos e suplementos alimentares, além do leite fluido. Apesar disso, o leite é novidade no contexto das startups. E apenas 23 das 4.180 startups brasileiras, cerca de 0,5%, estão relacionadas ao agronegócio de modo geral. De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Informática Agropecuária, Carlos Alberto Meira, o Ideas for Milk pode trazer avanços para esse campo, com diversas soluções tecnológicas voltadas à cadeia produtiva do leite.

O concurso
A competição terá três etapas: seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada uma das oito cidades-sede do evento; escolha da melhor proposta de cada cidade-sede; e participação das oito ganhadoras locais na Final Nacional, que será realizada em 14 de dezembro, em Brasília. As cidades-sede são Belo Horizonte, Juiz de Fora, Lavras e Viçosa, em Minas Gerais; Campinas, Piracicaba e São Carlos, no estado de São Paulo, além de Porto Alegre (RS).

Durante todo o desafio, os participantes poderão contar com o auxílio de especialistas em agronegócio e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Quatro empregados da Embrapa Informática Agropecuária estão entre os mentores de TIC; são eles: Fernanda Stringassi de Oliveira, Isaque Vacari, Marcos Cezar Visoli e Stanley Robson de Medeiros Oliveira. A organização está fechando parceria com investidores, aceleradoras, incubadoras e empresários interessados em fazer negócio com os proponentes das propostas que forem classificadas para as finais locais e a final nacional.

O evento tem patrocínio da Totvs e correalização da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), USP de São Carlos, Pontifícia Universidade Católica de Minas e do Rio Grande do Sul (PUC-Minas e PUC-RS), e universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Lavras (UFLA), Juiz de Fora (UFJF), São Carlos (UFSCar) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). As empresas AgriPoint, Carrusca Innovation, Litteris Consulting e Qranio também são realizadoras.

São apoiadores: Microsoft, Associação Brasileira de Agroinformática (SBIAgro), Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Balde Branco, Brasil Júnior, Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Central Estudantil de Empresas Juniores da UFV (Ceempre), Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev/UFV), Terra Júnior Consultoria Agropecuária, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec) e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindleite).
Já os apoiadores da etapa Campinas são: Instituto Eldorado, Inova Unicamp e Fundação Fórum Campinas Inovadora (FFCi), além da Baita Aceleradora, que oferecerá aos três primeiros colocados dessa cidade-sede a participação em um programa de pré-aceleração. O programa visa identificar as necessidades e motivações dos clientes e ensinar aos empreendedores como validar ideias de negócios inovadores.

Palestra de sensibilização
Dados que mostram o atual mercado do leite no Brasil e no mundo fazem parte das palestras de divulgação do Ideas for Milk realizadas entre o final de julho e o início de setembro nas oito cidades-sede do evento. Em Campinas, o encontro ocorreu em 24 de agosto, no Instituto Eldorado, e contou com uma atividade em grupo sobre empreendedorismo e apresentações de Rosângela Zoccal e de Wagner Arbex, também da Embrapa Gado de Leite.
Além de explicarem as etapas do desafio e discutirem as tendências do agronegócio lácteo, os palestrantes destacaram a crescente necessidade de capacitação e de levar a tecnologia da informação ao campo, por exemplo, na forma de sensores e sistemas para automatização de processos. Arbex ressaltou que "o objetivo do Ideas for Milk é provocar esse ecossistema das startups para o mercado do leite".

Durante o evento, a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, afirmou que o concurso "é muito oportuno para incentivar empreendedores na área do mercado lácteo". Já Paulo Ivo, representante do Instituto Eldorado, falou da importância de apoiar essa competição. "Nós entendemos que é uma iniciativa bem disruptiva para o momento atual. É um desafio do presente", completou ele. (Embrapa)

  

7 empresas credenciadas
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação realizou, nesta segunda, a entrega de certificados do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) para sete empresas gaúchas que, a partir de agora, estão habilitadas a comercializar produtos fora do Rio Grande do Sul. De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, dos 241 empreendimentos que se credenciaram à obtenção d a certificação, 15 já conquistaram o Sisbi e outras 15 devem ser certificadas até o final do ano. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que as empresas têm coragem para ampliar negócios e conquistar mercados. No entanto, lamentou que os entraves burocráticos ainda estejam entravando os procedimentos necessários à obtenção do Sisbi. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Luis Vargas, ressaltou que a inspeção federal existe há 101 anos e está em constante aperfeiçoamento. (Correio do Povo)
 

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