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25/08/2016

Porto Alegre, 25 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.339

 

  

Leite/UE

Na Europa Ocidental as quedas sazonais na produção de leite aceleradas como resultado do calor de verão em algumas áreas. Estimativas informais das indústrias alemãs apontaram queda perto de 2% na semana passada. Os componentes também estão caindo. De acordo com a Eurostat, a captação de leite em junho foi 1,9% abaixo, quando comparada com junho do ano passado.

Este é o primeiro declínio mensal, desde os 1,7% ocorridos em março de 2015. Entre os grandes produtores de leite da Europa, houve as seguintes alterações: Alemanha +3,7%; Irlanda +10,3%; França, estável; Holanda +12,7%.

 

As indústrias dão as boas-vindas à queda de produção na Europa como um todo, lembrando que isso contribuirá para melhorar os preços. Um fator que contribui para a queda na produção foi a redução na alimentação concentrada, decisão tomada por muitos produtores para equilibrar o fluxo de caixa. O abate de animais aumentou em algumas regiões. De janeiro a junho de 2016, na Alemanha, o número de animais enviados para abate cresceu 9,1%, em relação ao ano anterior. Também foi uma forma que os produtores encontraram para reduzir os custos operacionais e aumentar as receitas. A tendência de queda na produção de leite e redução do rebanho deixou alguns processadores otimistas para o primeiro trimestre de 2017, que poderá ser um momento de maior rentabilidade em decorrência de preços firmes no mercado lácteo da União Europeia. A produção de leite no Leste Europeu varia. As variações de janeiro a junho de 2016 foram: República Checa +14,3%; Polônia +5,1%; Romênia, +6,8%; Eslovênia, +6,3%; Lituânia, -1%; e Eslováquia, -3%. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

 
Queijo/EUA 

O USDA tem planos de comprar aproximadamente 11 milhões de libras, [5.000 toneladas], de queijo dos estoques privados e distribuir entre os bancos de alimentos do país, enquanto reduz os estoques de queijo que estão nos maiores níveis dos últimos 30 anos. O excedente de queijo chega a US$ 1,2 bilhões causado pela oferta exagerada, que só será resolvido com a desaceleração da produção de leite. Os queijos comprados, que poderão ser no valor de US$ 20 milhões, serão distribuídos a famílias de baixa renda do país, através dos programas de assistência nutricional do USDA, e ao mesmo tempo impulsionar a estagnação do mercado de lácteos que já provocou queda de 35% na renda dos produtores de leite em dois anos.

Resposta à demanda
O USDA recebeu pedidos do Congresso, da National Farmers Union, do American Farm Bureau, e da National Milk Producers Federation para efetuar compras imediatamente. A Lei Agrícola de 1935, em seu Capítulo 32, autoriza o USDA a utilizar fundos do ano fiscal de 2016 para comprar excedentes de produção de alimentos para beneficiar bancos de alimentos e famílias atendidas pelos programas de assistência nutricional. "Entendemos que os produtores de leite passam por dificuldades diante das condições do mercado, e, que os bancos de alimentos continuam com forte demanda assistencial", disse o secretário de agricultura, Tom Vilsack. "A compra dessa commodity é parte de uma forte, e abrangente rede de segurança alimentar que irá ajudar reduzir os estoques de queijos que são os maiores dos últimos 30 anos, e, ao mesmo tempo, elevar o teor de proteína na alimentação de pessoas necessitadas. O USDA continuará procurando caminhos pelos quais as autoridades combatam a insegurança alimentar e levem estabilidade ao mercado".

Positivo, mas, é preciso cautela em relação às perspectivas dos preços do leite
Enquanto o USDA projeta aumento dos preços dos lácteos no resto do ano, muitos fatores, incluindo os baixos preços do mercado mundial, aumento da produção de leite e estoques, junto com a fraca demanda, irão contribuir para a debilidade do mercado de lácteos. O USDA disse que continuará monitorando as condições do mercado nos próximos meses e avaliando ações adicionais, se necessárias, para equilíbrios posteriores. (DairyReporter - Tradução livre: Terra Viva)

 

 
SimLeite

A reformulação do Sistema de Monitoramento do Mercado de Lácteos (SimLeite), um projeto realizado em conjunto pela da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Embrapa Gado de Leite e Cepea, foi o tema principal de uma reunião ocorrida na sede da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em Curitiba, na última terça-feira (16/08).O SimLeite é uma importante ferramenta que visa reduzir as assimetrias de informação dos preços do mercado lácteo. 

Participação - Também participaram da reunião Paulo César Dias, coordenador do Ramo Agropecuário da OCB, Sérgio De Zen, coordenador do Cepea, Paulo Martins, Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite e representantes das cooperativas Castrolanda, Frísia, Frimesa, Confepar, CCGL, Piá, Cooprata, Selita e Veneza, assim como representantes das Unidades Estaduais de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina representando suas cooperativas.
Preço pago- Foram destacados os principais pontos de ajustes e melhorias do Indicador de Preço Pago ao Produtor e dos Indicadores Quinzenais de Preços dos Derivados Lácteos e elaborado plano de ação, com cronograma adequado para realização desta nova fase do projeto. Pontos de ajustes na metodologia, informações estratégicas e relevantes que deverão ser inseridas no relatório, auditagem das informações e apresentação visual da ferramenta foram amplamente debatidos.

Modelos - Os modelos de solicitação de informações, com o novo formato serão enviados às cooperativas neste próximo mês de setembro. Os novos ajustes deverão ser realizados com a expectativa de que os novos relatórios possam ser enviados às cooperativas ainda em janeiro de 2017, atendendo à solicitação de todos os participantes.

Geração de valor- Para o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira, o objetivo é gerar valor às cooperativas, conferindo leque de informações estratégicas que balizem suas decisões gerenciais e se torne uma robusta ferramenta de mercado, como já são os Indicadores Diários do Leite UHT e Muçarela, divulgados pela OCB a mais de 5 anos. (Paraná Cooperativo)

 
 

Queda nos preços dos lácteos no varejo
Segundo pesquisa da Scot Consultoria, o queijo muçarela recuou 3,2% em relação à segunda quinzena de julho. O preço médio fechou em R$36,00 por quilo nos supermercados em São Paulo. Já o leite longa vida (UHT) ficou cotado, em média, em R$3,85 por litro neste mesmo período, uma queda de 0,6%, frente à quinzena anterior. Com a produção de leite aumentando no país e as quedas no atacado a pressão de baixa ganhou força a partir de meados de julho. Do lado da demanda interna, não houve melhoria no cenário. No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços médios ficaram em R$1,84 por litro em Minas Gerais e em São Paulo em agosto, considerando o preço posto na plataforma. Para uma comparação, em julho os valores ultrapassaram os R$2,00 por litro. No mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos pesquisados, os preços dos lácteos também caíram 0,9% na primeira quinzena de agosto, em relação à segunda metade do mês de julho. O preço do leite longa vida caiu 3,8% no período e ficou cotado, em média, em R$3,34 o litro nas indústrias.A expectativa daqui para frente é de que a pressão de baixa no mercado do leite ganhe no país em todos os elos: produtor, atacado e varejo. Para saber mais sobre o mercado de leite, custos de produção, clima, preços dos lácteos no atacado e varejo e expectativas para a cadeia assine o Relatório de Mercado de Leite da Scot Consultoria. (Scot Consultoria)

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