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15/08/2016

Porto Alegre, 15 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.331

 

  Conseleite/MS 
 
A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de agosto de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de agosto de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)
 

 
Alimentos orgânicos passarão por análise
 
E m projeto-piloto, o Rio Grande do Sul deve começar no segundo semestre um programa de análise da produção orgânica. Inicialmente, a iniciativa encabeçada pelo Ministério da Agricultura, com apoio de instituições de extensão rural e de universidades, irá fazer avaliações de resíduos químicos em produtos de origem animal. Para 2017, o programa será estendido para todo o país, incluindo também itens de origem vegetal.
 
- O mercado de orgânicos está crescendo muito, com volume de produção cada vez maior. A intenção é ampliar as estratégias para controle e garantia da qualidade dos alimentos - detalha o agrônomo José Cléber Dias de Souza, fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura no Estado.
 
Hoje, existem três formas de registro e controle da produção orgânica no país. A legislação, atualizada em 2011, prevê a certificação de terceira parte (certificadora credenciada pelo Inmetro), certificação participativa (associação constituída) e organismo de controle social (agricultores familiares que fazem a venda direta para o consumidor). O Rio Grande do Sul tem 1.831 unidades de produção orgânica credenciadas, das quais 805 por certificação de terceira parte.
 
- Em todas as modalidades, a produção tem acompanhamento sistemático. O que buscamos são instrumentos que previnam eventuais problemas - resume Souza.
 
As análises de produtos orgânicos são feitas hoje somente mediante denúncias ou suspeitas de irregularidades.
 
- Existe uma responsabilidade civil na produção orgânica, e o próprio processo acaba se encarregando de excluir pessoas de má-fé ou com falta de conhecimento das boas práticas - destaca o agrônomo Ari Uriartt, responsável pelas áreas de agroecologia e de produção orgânica da Emater. Para Uriartt, a eliminação de riscos é uma forma de ampliar a garantia da qualidade da produção orgânica reduzindo, assim, brechas para aproveitadores. (Zero Hora)
 
 
Aproximação entre Brasil e Armênia pode trazer bons resultados comerciais
 
Brasil e Armênia vão trocar experiências e tecnologias na área de agricultura por um período de cinco anos. O memorando de entendimento foi assinado na última sexta-feira (12), no Palácio do Planalto, entre o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, e o ministro de Negócios Estrangeiros da Armênia, Edward Nalbandian. 
 
"Essa aproximação diplomática pode trazer bons frutos ao comércio entre os dois países", afirmou Novacki. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior fornecedor de produtos agrícolas para a Armênia, com exportações de US$ 60 milhões em 2015. Os principais produtos foram açúcar (US$ 29 mi), carne suína (US$ 10 mi), carne de frango (US$ 6,1 mi) e tabaco (US$ 7 mi).
 
A Armênia importou do mundo US$ 665 milhões de produtos agrícolas. "O Brasil poderá ampliar sua participação nesse mercado", disse Novacki. Nesse processo, não só os brasileiros ganham, mas também os armenos, que poderão ter acesso a produtos de qualidade reconhecida.
 
De acordo com o memorando de entendimento, os dois países poderão colaborar em irrigação, manejo de água, cultivo de frutas, produção de mudas, pecuária e comércio bilateral, entre outras áreas. Também estão previstos seminários, cursos de treinamento, gestão de riscos rurais, empreendimentos conjuntos e visitas de cientistas. Um grupo de trabalho será criado para desenvolver programas de cooperação agrícola.
 
Na cerimônia com o presidente em exercício, Michel Temer, e o presidente armeno, Serzh Sargsyan, também foram assinados acordos bilaterais no setor de educação, consultas políticas e diplomacia. (As informações são do Mapa)
 
 
Franceses driblam crise do leite com cooperativa de queijo especial
 
Há pouco mais de um ano, a União Europeia (EU) decidiu acabar com as cotas que determinavam limites de produção e exportação de leite em todos os países do bloco. Com isso, cada nação passou a ter liberdade para produzir e vender o quanto quisesse. A medida causou um desequilíbrio no quadro de oferta e demanda local, que mais tarde foi agravado pela redução das compras de leite cru europeu por parte de importadores de peso, como a China. Com a demanda fraca e a oferta em alta, os preços pagos aos produtores passaram a despencar no velho continente.
 
Mas há quem veja essa crise passar longe de si. No chamado Maciço do Jura, uma região montanhosa, na fronteira da França com a Suíça, onde as vacas pastejam à moda antiga, com sinos pendurados no pescoço e aos 1.000 metros de altitude, criadores encontraram uma maneira de driblar os preços baixos, manter o mercado sempre equilibrado e rentável. Eles formaram a cooperativa do queijo comtè, o tipo mais consumido na França. O diferencial do produto é que ele possui o que os europeus chamam de AOP, sigla que em português significa 'denominação de origem protegida', uma certificação nada fácil de conseguir. É preciso respeitar uma sistemática desde a maneira de criar e alimentar as vacas até o processo de industrialização do leite. Com isso, o produto é vendido a preços superiores no mercado.
 
Enquanto o leite convencional é vendido de 280 euros a 320 euros a cada mil litros (entre 0,28 a 0,32 centavos de euro por litro) o produto certificado vale de 450 euros a 500 euros a cada mil litros (0,45 a 0,50 centavos de euro por litro). "A particularidade nesta cadeia é, sobretudo, que não temos problemas econômicos, porque conseguimos repartir o valor agregado. Além disso, o volume de produção é limitado e negociado entre todas as AOP´s da região. Este ano, por exemplo, o aumento permitido foi de 2 mil toneladas", explica Claude Vermont-Desroche, presidente do Comitê Interprofissinoal do Comtè.
 
A preferência pelo queijo produzido nas montanhas é compreendida logo numa primeira degustação. Cremoso, com casca fina e salgada, o comtè conserva o máximo das propriedades do leite cru, coletado de vacas simental ou montbeliarde (não pode haver mistura dos leites dessas raças). Uma das regras de fabricação do produto é não conter aditivos químicos. "É leite, coalho e sal", resume Desroche. Além disso, o tempo entre a coleta do leite nas fazendas e a industrialização não pode passar de 30 horas. Tudo isso está especificado na certificação. "Coletamos e fabricamos queijo todos os dias", afirma o representante dos produtores.
 
A cooperativa recebe de dez fazendas associadas 40 milhões de litros de leite por ano, volume suficiente para render 65 mil toneladas de queijo. O produto é distribuído para 150 queijarias, responsáveis pelo atendimento de consumidores que buscam pequenas ou grandes quantidades. De acordo com a organização representativa dos produtores, 52% das famílias francesas consomem o queijo comtè, que está associado à classe média alta do país. Somente 9% são exportados para países vizinhos.
 
A denominação de origem protegida foi criada há mais de 80 anos na França e começou pela  vitivinicultura. Essa política valoriza a produção em regiões e condições específicas, tornando os vinhos franceses uns dos mais prestígiados em todo o mundo. A medida evitou ainda uma desertificação da zona rural, especialmente depois da Segunda Guerra, já que oferece alta rentabilidade aos produtores. "Não procuramos receita nem que seja bom pra saúde. O foco é exprimir o terroir [termo sem tradução que significa um conjunto de características exclusivas de uma região]", dizem os representantes do queijo.
 
Tradição
Na região do Maciço do Jura não é difícil encontrar vacas simental e montbeliarde no campo, porque uma das tradições que a população local não deixa de seguir é a de pendurar sinos nos pescoços dos animais. Seja em terrenos planos ou grandes altitudes, como nos Alpes. Com isso, as vacas promovem uma verdadeira orquestra de sinos ao se locomoverem e se alimentarem. "As pessoas que se incomodavam com o barulho já desistiram de brigar conosco para que deixemos essa tradição de lado e adotemos o silêncio", conta Desroche, que também é criador. Segundo ele, antigamente os sinos ajudavam os proprietários a encontrar os animais, hoje a ideia é só de preservar a história. O gado nessa região fica ao menos sete meses por ano se alimentando ao ar livre e somente cinco meses em estábulos, comendo feno. A AOP determina que dois terços do pasto precisam ser plantados e o restante deve ser nativo. A produtividade de cada animal é de 20 litros ao dia, em média, e todas têm direito a férias de 60 dias por ano. (http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/noticia/2016/07/pecuaria-francesa.html)
 
 
ICMS amplia arrecadação mesmo em um cenário recessivo
 
Desde janeiro, quando entraram em vigor as novas alíquotas de ICMS, até junho, a arrecadação do tributo cresceu cerca de 13% na comparação com o primeiro semestre de 2015. "Dependendo do indicador de inflação que se usa, se é IPCA ou IGP-DI, a elevação real varia de 1,8% a 3%", confirma o subsecretário do Tesouro do Estado, Leonardo Maranhão Busatto. A elevação real da arrecadação é, incontestavelmente, uma boa notícia diante da economia em queda, mas ainda está abaixo do efeito que poderia ter se o cenário fosse mais favorável. "Se considerar o tamanho de crescimento das alíquotas e, a despeito do esforço que tem sido feito de combate à sonegação e cobrança da dívida ativa, era para ter um resultado muito superior", avalia Busatto. "Estamos enfrentando um ano de queda do PIB projetado em 3,2%", revela, destacando que o País vive uma de suas piores recessões. "Um dos fatores que está inibindo uma queda maior é o setor primário (agrícola) que não impacta diretamente a nossa arrecadação, porque grande parte é desonerada", observa. "Por outro lado, os setores de comércio, serviços e indústria, que geram mais arrecadação, estão caindo mais do que 3%." 
 
O contexto econômico desfavorável impacta na arrecadação e tende a piorar o déficit do Estado, comenta. "Por mais que eu segure despesa, não existe ajuste fiscal feito só de um lado. É sempre dos dois lados." Busatto revela que as medidas de austeridade estão sendo adotadas com todas as dificuldades. "A agente entende as angústias e críticas de todos os lados, mas existe um fator que é inequívoco: não tem dinheiro. E esse não ter dinheiro é muito influenciado pela queda da economia." (Jornal do Comércio)
 

Diagnóstico e melhorias em estudo
A água fora dos padrões para consumo, o descarte irregular de dejetos e a ausência de vegetação em áreas de preservação são alguns dos parâmetros que podem influenciar na qualidade do leite e da água para consumo humano e animal no Vale do Taquari, segundo resultado preliminar de estudo feito por pesquisadores da Univates, de Lajeado, para avaliar a sustentabilidade de propriedades rurais que produzem leite na região. A ecóloga Claudete Rempel, que coordenou a pesquisa, explica que esta primeira etapa durou dois anos e avaliou 124 propriedades de 36 municípios. O objetivo é elaborar um diagnóstico e propor soluções que possibilitem a melhoria do processo produtivo. A pesquisa, dos programas de pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento e em Sistemas Ambientais Sustentáveis, ainda vai durar mais um ano. A pesquisadora Mônica Jachetti Maciel destaca que também estão sendo analisados a influência dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos do leite in natura, como a análise da água consumida pelos animais e do solo da região da pastagem. Os produtores que participam do estudo foram indicados pela Emater e pelas secretarias de Agricultura dos municípios. Nas propriedades analisadas, há 5.242 animais. Cada um produz, em média, de 15 a 25 litros de leite por dia. (Correio do Povo)

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