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18/07/2016

Porto Alegre, 18 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.311

 

Déficit na balança de lácteos é o dobro de 2015

O déficit na balança comercial de lácteos do Brasil no primeiro semestre já é o dobro do déficit registrado em todo o ano passado. O quadro é reflexo da escassez de matéria--prima no mercado doméstico, o que tem estimulado as importações. Nos primeiros seis meses do ano, o país importou US$ 268,6 milhões em produtos lácteos e exportou US$ 62,7 milhões, o que gerou um déficit de US$ 205,9 milhões. Em todo o ano passado, o déficit havia sido de US$ 100 milhões, conforme dados da Secex/Midc compilados pela MilkPoint. Considerando os volumes comercializados em equivalente leite, o déficit na balança também cresceu. Conforme a MilkPoint, no primeiro semestre, o déficit foi de 683,7 milhões de litros ante 343,7 milhões no mesmo intervalo de 2015. Em todo o ano passado, o déficit fora de 548 milhões de litros.

 

A escassez de leite no mercado doméstico por conta da redução da produção tem elevado os preços internos da matéria¬-prima, o que torna a importação mais competitiva. De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, as importações poderiam ser ainda maiores, mas no momento, os principais fornecedores do Brasil ¬ Argentina e Uruguai ¬ enfrentam alguma restrição na oferta por problemas climáticos e aumento nos custos de produção. No primeiro trimestre deste ano, a aquisição de leite no Brasil recuou 4,5%, para 5,86 bilhões, segundo o IBGE. Pelas estimativas da MilkPoint, a retração se acentuou no semestre, para 7% na comparação com igual período de 2015 (ver quadro).

Até maio, a queda era projetada em 6%. Diante desse cenário, a disponibilidade total também caiu mais ¬ 4%. Até maio, o recuo era de 3,5%. Ainda conforme as projeções da MilkPoint, a disponibilidade de leite per capita no semestre foi de 56,6 litros, 4,8% abaixo dos 59,4 litros um ano antes. O recuo também avançou em relação a maio. A expectativa de Galan é de um ambiente mais favorável à produção de leite no Brasil neste semestre uma vez que a relação de troca com o milho começou a melhorar. Assim, avalia, os preços da matéria-¬prima devem começar a ceder. Aliás, já começa a haver recuo nos preços dos produtos finais, como leite longa vida e mozzarella, segundo Galan, reflexo de uma retração do consumidor.

No curto prazo, contudo, o cenário não deve mudar muito, pois a importação ainda está competitiva, diz o analista. Enquanto o queijo mozzarela nacional é negociado por entre R$ 22 e R$ 23 o quilo no atacado, o produto argentino chega a São Paulo por cerca de R$ 17 o quilo. Marcelo Costa Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), concorda que, no curto prazo, "não há perspectiva de mudança", uma vez que a limitação de oferta persiste no mercado interno. Ele observa, porém, que mesmo num cenário pouco estimulante para as exportações, as empresas do setor "continuam apostando na importância da abertura de novos mercados". O objetivo é estarem prontas quando o cenário estiver mais favorável. (Valor Econômico) 

 
 
Bancos querem fatia maior do crédito agrícola

Em um cenário de retração de diversos setores da economia brasileira, as instituições financeiras têm voltado cada vez mais suas atenções para o cré- dito agrícola, tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil. Entre as principais estratégias adotadas estão o aumento do volume de recursos do agronegócio em relação ao total da carteira; a especialização das equipes de atendimento, inclusive com a contratação de agrônomos; e a aproximação do relacionamento com cooperativas, empresas do setor e produtores. Para a safra 2016/2017, todos os principais bancos privados do País incrementaram o volume de recursos disponível. Apenas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Sicredi vai liberar R$ 6,1 bilhões, quase 8% mais do que no ciclo anterior. Em nível nacional, o Santander não revela os números, mas pretende incrementar em 20% a disponibilização de recursos livres e controlados. Da mesma maneira, o Bradesco, que aplicou R$ 21 bilhões, em 2015/2016, pretende aumentar o índice em 10%. 

O Banrisul, por sua vez, lançou, no fim do mês passado, uma carteira de R$ 2,1 bilhões para produtores gaúchos, alta de cerca de 10%. Por outro lado, o volume maior de recursos voltado ao campo tem sido acompanhado por elevações nos juros nos últimos dois anos. No Plano Agrícola e Pecuário, lançado pelo governo federal em julho, as taxas variam de 9,5% a 12,75% ao ano, sendo de 8,5% para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). De acordo com os bancos, a elevação das alíquotas não tem influenciado nas contratações, pois ocorreram paralelamente a alta da taxa Selic, hoje em 14,25%. No caso da agricultura familiar, que contará com R$ 30 bilhões, as taxas variam de 2,5% a 5,5%, apresentando queda para produtos agroecológicos e da cesta básica. Mesmo com a maioria das alíquotas mais onerosas, o agronegócio segue com inadimplência baixa na comparação com outros setores. "É uma inadimplência muito aquém do mercado tradicional.

É um setor que vem se beneficiando de safras cheias, preços bons nas commodities e, com isso, acaba tendo um cená- rio diferente em relação aos demais segmentos", explica o diretor executivo do Sicredi, Gerson Seefeld. No Banrisul e no Sicredi, por exemplo, as pendências dos agricultores giram, respectivamente, em torno de 3% e menos de 0,3% da carteira de crédito. Enquanto o custeio e a comercialização da lavoura exigem crédito anual, a área de investimento é a que mais sentiu os efeitos da crise econômica, vide as bruscas quedas nas vendas de máquinas nos dois últimos anos. Segundo Seefeld, a busca por financiamento para compra de maquinário, armazenagem e construção, caiu nesse período. "Há cinco anos, houve investimento pesado na renovação do parque de máquinas. Depois, o produtor passou a fazer aplicações mais precisas. 

Acredito que, agora, está havendo uma readequação do mercado, com investimentos em equipamentos que gerem mais produtividade e menos perdas na colheita", explica. Para o superintendente executivo de Agronegócios do Santander, Claudio Yutaka, principalmente na região Sul, há espaço para renovação do maquinário, o que tem impulsionado a procura por crédito de investimento. "Em geral, os produtores trocam 10% do parque de máquinas anualmente e há um desgaste natural pelo uso de colheitadeiras e tratores", analisa. Yutaka afirma ainda que o aumento do preço médio da terra tem obrigado o agricultor a investir em agricultura de precisão, irrigação e armazenagem para elevar a produtividade. Nesse cenário, entram as linhas de silos, construção civil e renovação tecnológica: outra oportunidade dos bancos para captar o setor que mais cresce na economia brasileira. (Jornal do Comercio)

 
Projeto Leite na Escola apresenta resultados 
  
Em oito meses de ação, o projeto Leite na Escola já visitou 22 escolas e atendeu 2.608 alunos de escolas estaduais da região Metropolitana de Porto Alegre. Realizada pela Secretaria de Agricultura (Seapi), a ação integra a agenda da Câmara Setorial do Leite e tem apoio de instituições ligadas ao setor produtivo, como o Sindilat. Os dados foram divulgados em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (18/7). De novembro de 2015 a julho de 2016, as oficinas levaram conhecimento a crianças com objetivo de incentivar o consumo de leite e derivados desde a infância, resgatar a confiança no produto e mostrar todo o percurso do leite, desde a origem até a mesa das famílias. Após cada apresentação, os alunos são convidados a degustar alguns itens, momentos esses onde foram consumidos 522 litros de bebida láctea, 99 litros de leite e 30 quilos de queijos.  Os alunos que participaram das oficinas ainda receberam a revistinha "Pedrinho & Lis: a origem do Leite". 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou a reunião e ressaltou a importância dessa ação junto a esses novos consumidores e garantiu a continuidade da parceria para atender a novas instituições de ensino. O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, pontuou que a expectativa é atender mais 20 escolas neste segundo semestre e que a intenção é ampliar a atuação uma vez que a demanda por receber a equipe do projeto é crescente. Contudo, pontuou que a ação precisa estar enquadrada na questão orçamentária e logística existente. 

No segundo semestre, o projeto Leite na Escola traz uma novidade. A segunda edição da revistinha "Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica do Laticínios" já está em elaboração. A ideia, pontuou o estagiário Pedro Nery, é lançar a publicação na Expointer 2016. O gibi traz informações sobre o processamento do leite e como funciona um laticínio, além de brincadeiras e curiosidades. Na ocasião, a equipe do projeto Leite na Escola ainda apresentou dados compilados a partir de questionários respondidos pelos professores que acompanharam o primeiro semestre de atividades. Segundo levantamento, 77% deles acreditam que a ação ajudou no consumo de produtos lácteos na merenda, 82% informaram que o assunto rendeu novas atividades em sala de aula e 100% gostariam de levar alunos a propriedades leiteiras ou indústrias. (Assessoria de Impresa Sindilat)

Festiqueijo espera receber 21 mil visitantes na edição deste ano

Principal evento do calendário de Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o Festiqueijo chega a sua 27ª edição com perspectiva de aumentar o número de visitantes em relação ao ano passado. Os organizadores esperam receber 21 mil pessoas entre os dias 1 e 31 de julho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, no salão paroquial da Igreja Matriz. "O público é muito fiel. As pessoas se programam para participar", descreve o presidente da diretoria voluntária do evento, Diego Carlos Baldasso. Ou, seja, a crise não tem afetado a expectativa de público. O valor do ingresso às sextas-feiras e domingos é R$ 100,00. Aos sábados a entrada passa para R$ 110,00. Há gratuidade para crianças até 7 anos, sendo que para as que têm de 8 a 12 anos o valor cobrado é de R$ 50,00. No local, o visitante tem acesso a mais de 40 tipos de queijos, além de um amplo cardápio de pratos típicos da região, o que faz com que o festival seja reconhecido como um dos principais eventos gastronômicos da Serra. 

 
A cultura italiana é presença forte, reforçam as soberanas Cheila Paula Pansera, que é a Senhorita Festiqueijo, e Stephanie Pech, a dama de companhia. "A cultura italiana diz que uma senhorita nunca anda sozinha, por isso existe a dama de companhia", comenta Cheila. "Tudo foi pensado para respeitar as tradições", acrescenta Stephanie. Segundo a vice-presidente e diretora de Marketing do evento, Jéssica Dalcin Andrioli, o espaço que recebe o Festiqueijo passou por melhorias que garantem mais conforto aos visitantes, com atenção à climatização do ambiente, sobretudo. "Prezamos muito pela qualidade", afirma Jéssica. (Jornal do Comercio)
 
Sindilat debate parceria para Fórum em Santa Maria
Reunido na sexta-feira (15/7) com Luciane Kolbe e Márcia Mandagará, do Canal Rural, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alinhou parceria para a realização da segunda edição do Fórum do Leite. O evento ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, em Santa Maria. Desta vez, o encontro terá o apoio da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, foi debatida a temática central do evento e os encaminhamento a serem dados para sua realização. O 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo à Excelência foi realizado em Ijuí no mês de junho e reuniu mais de 500 pessoas no auditório da Unijuí para discutir as mudanças oportunizadas com a nova Lei do Leite.  O projeto itinerante deve ter sequência em diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul. (Assessoria de Impresa Sindilat)
 

 

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