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14/07/2016 

Porto Alegre, 14 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.309

 

  Missão sanitária a caminho

O deputado Alceu Moreira busca junto ao Ministério da Agricultura o agendamento de uma missão governamental a laticínios uruguaios e argentinos. "A ideia é conferir a condição sanitária de produção destes países", disse o parlamentar. Isso porque o Brasil é importador de produtos lácteos destes países. "A qualidade precisa ser igual ou superior à do leite produzido aqui", destacou, afirmando que este é um pleito antigo do setor lácteo brasileiro. Segundo o deputado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou oportuna a realização de missão sanitária, até mesmo para um intercâmbio de informações. Entretanto, ainda não há data prevista. A expectativa de Moreira é que a missão ocorra ainda neste ano.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra considerou positivo o pleito. "Podemos analisar a produção e entender a visão que eles têm do leite daqui pra frente", pontua o dirigente, destacando que Uruguai e Argentina sempre foram referência em produção de leite de qualidade. De janeiro a março deste ano, as importações brasileiras de leite cresceram 11%, de 28,8 milhões de quilos no mesmo período de 2015 para 32,2 milhões; e as exportações caíram 23%, de 13,9 milhões de quilos no primeiro trimestre do ano passado para 10,6 milhões neste. (Correio do Povo)
 
 
Tamanho médio das fazendas leiteiras globais pode ser diferente daquilo que imaginamos

Em 2015, havia cerca de 121 milhões de produtores de leite no mundo. Quando você pensa sobre os motivos pelos quais o setor de lácteos e as políticas governamentais estão proximamente relacionadas a resposta é que muitas pessoas estão envolvidas na produção global de leite, disse o diretor gerente da International Farm Comparison Network (IFCN), Torsten Hemme, durante a Conferência de Gestão de Grandes Rebanhos Leiteiros, realizada no começo de maio, próximo a Chicago.

Ainda haverá 121 milhões de produtores de leite nos próximos anos? Os números deverão declinar. "Quando nossos números de produtores declinam, se iniciam alguns processos políticos para a prevenção de perdas. Nós podemos parar essa mudança estrutural? Não, mas o processo político estará lá e cabe a nós orientar os envolvidos o máximo possível", frisou Torsten. 

É interessante notar que, até 2013, o número de fazendas leiteiras estava aumentando lentamente, de forma que tem havido cerca de 1% de aumento nos números de fazendas. Esse é um indicador que mostra novas adições de animais nos rebanhos. 

 

Qual o tamanho médio de uma fazenda leiteira?
O tamanho de uma fazenda é um indicador muito simples, mas significativo. Países com um tamanho médio de rebanho com mais de 100 vacas incluem Estados Unidos, Argentina, Uruguai, África do Sul, Oceania, Arábia Saudita e partes da Europa - especialmente, Reino Unido e República Tcheca. Entretanto, a maioria dos países no mundo não são de grande escala, mas sim, tem rebanhos menores. "O tamanho médio de uma fazenda leiteira mundial atualmente é de cerca de 3 vacas, que produzem aproximadamente 18 quilos de leite. Metade disso, os próprios produtores consomem e a outra metade é vendida. Essa é a realidade", comentou Hemme. 

Ele destacou que 73% das fazendas leiteiras são de pequena escala ou fazendas familiares, que possuem de uma a duas vacas, enquanto cerca de 23% possui de duas a dez vacas. "Cerca de 60% das vacas leiteiras estão em fazendas de pequena escala ou familiares, enquanto cerca de 26% das vacas estão na categoria de fazendas familiares médias, que têm 10 a 100 vacas. Cerca de 15% das vacas estão em fazendas comerciais com mais de 100 vacas", ponderou o diretor. 

De acordo com ele, em alguns países, fazendas com mais de 100 vacas são consideradas "hobby", porém, é importante observar a indústria de lácteos por meio de uma visão global. "No momento, talvez apenas 3% das vacas leiteiras totais estão em rebanhos com mais de 1000 vacas. É interessante notar que nós provavelmente temos 300.000 rebanhos globalmente - com mais de 100 vacas - e grande parte deles estão localizados nos Estados Unidos", finalizou. (As informações são do http://www.thecattlesite.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Kantar WorldPanel: Italac foi uma das marcas que mais ganhou consumidores em 2015
 
Entre 2014 e 2015, as marcas no Brasil que mais ganharam consumidores foram aSeara (3,4 milhões de novos lares), Brilhante (2,8 milhões) e Italac (2,7 milhões), de acordo com dados inéditos da Kantar WorldPanel. 

O estudo Brand Footprint mostra que o crescimento da Seara, da JBS, está relacionada com a busca do consumidor por uma proteína mais barata, ajudado pelo maciço investimento em propaganda. Agora, a marca chega a 32,8 milhões de domicílios.

 

Já a Italac, ainda de acordo com o estudo, beneficiou-se da estratégia de inovação e aumento do portfólio. A empresa mineira de laticínios alcança 33,4 milhões de residências.

E a marca Brilhante, da Unilever, presente em 25,3 milhões de lares, mais barata que alguns de seus concorrentes, cresceu pelo melhor custo/benefício. (As informações são do jornal O Globo)

USDA revisa para cima produção norte-americana de grãos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta terça-feira (12/7) que produtores do país devem colher uma safra recorde de milho. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou a produção em 14,54 bilhões de bushels (369,32 milhões de toneladas), acima da projeção de junho, de 14,43 bilhões de bushels (366,52 milhões de t). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam um número maior, de 14,561 bilhões de bushels (369,85 milhões de t).

Os estoques de milho nos EUA ao fim da atual temporada, em 31 de agosto, devem somar 1,701 bilhão de bushels (43,21 milhões de t), ante projeção de 1,708 bilhão de bushels (43,4 milhões de t) em junho. Os analistas esperavam um aumento para 1,784 bilhão de bushels (45,3 milhões de t). Para o ciclo 2016/2017, o USDA estimou os estoques em 2,081 bilhões de bushels (52,86 milhões de t), abaixo da previsão do mercado, de 2,189 bilhões de bushels (55,6 milhões de t). 

Já a safra de soja foi estimada em 3,880 bilhões de bushels (105,61 milhões de t), acima da previsão de junho, de 3,8 bilhões de bushels (103,43 milhões de t) mas próxima da estimativa de analistas, de 3,876 bilhões de bushels (105,5 milhões de t). O USDA reduziu sua estimativa para as reservas domésticas de soja em 2015/2016, de 370 milhões de bushels (10,07 milhões de t), em junho, para 350 milhões de bushels (9,53 milhões de t). O número ficou próximo da previsão de analistas, de 354 milhões de bushels (9,64 milhões de t).

Para 2016/2017, os estoques finais foram projetados em 290 milhões de bushels (7,89 milhões de t), em linha com a previsão do mercado. Em 30 de junho, o USDA disse que produtores de soja semearam uma área recorde de 83,7 milhões de acres (33,87 milhões de hectares). O número ficou acima dos 82,236 milhões de acres (33,28 milhões de hectares) previstos em 31 de março.

Já a área semeada com milho foi estimada em 94,1 milhões de acres (38,08 milhões de hectares). O número ficou acima dos 87,999 milhões de acres (35,6 milhões de hectares) do ano passado e dos 92,759 milhões de acres (37,54 milhões de hectares) projetados por analistas.

O clima favorável durante a primavera do Hemisfério Norte e a alta dos preços de commodities agrícolas levaram produtores a semear uma área maior este ano. As condições foram amplamente favoráveis durante os estágios iniciais de desenvolvimento e, caso persistam, podem resultar em alta produtividade. No entanto, se o clima ficar mais quente e seco no fim de julho, o rendimento pode ser afetado. "Parece que teremos uma grande safra de milho", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.

Ele observou, porém, que o clima parece mais ameaçador à medida que julho avança. Os estoques globais de milho em 2016/2017 devem somar 206,9 milhões de toneladas, disse o USDA. Já as reservas mundiais de soja devem cair para 66,31 milhões de toneladas no próximo ciclo, de 72,17 milhões de toneladas projetadas para este ano. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
Importação de lácteos tem ligeiro recuo em junho
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações brasileiras de lácteos tiveram ligeira redução em junho. O volume totalizou 25,19 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em maio deste ano, a queda foi de 2,3%. Para os gastos, a redução no período foi de 0,8%, totalizando US$61,90 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 17,35 mil toneladas, num total de US$42,10 milhões no mês de junho. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram o Uruguai, com 64,2%, a Argentina com 23,1% e a Nova Zelândia, com 4,0%. Apesar da queda mensal, na comparação com igual período do ano passado, a importação aumentou 59,0% em valor e 101,5% em volume. (Scot Consultoria)
 

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