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08/07/2016

Porto Alegre, 08 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.305

 

 Sindilat participa de Rural Show em Nova Petrópolis 
 

 
O Sindicato da Indústria de Laticínio do RS participou hoje, dia 07, a 8º edição do Rural Show 2016, no Centro de Eventos, em Nova Petrópolis. O evento é a maior feira de agricultura familiar do país, e apresenta, durante quatro dias, uma programação cheia de novidades. Nesta edição, o evento vai difundir e multiplicar inovações e tecnologias aos pequenos e médios produtores, especialmente para aquele que atua nas áreas de gado de leite, horticultura e fruticultura.

No Rural Show também serão realizadas exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa, apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas e shows musicais. Com um espaço exclusivo no Centro de Eventos, a comercialização de produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado estarão disponíveis. 

Promovido pela Cooperativa Piá, Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar, com apoio do Milkpoint, o Rural Show é considerado o maior evento da agricultura familiar do Brasil. Em sua última edição, em 2014, reuniu 55 mil pessoas, e neste ano, terá a participação de 44 agroindústria e de excursões de 340 municípios gaúchos. A expectativa dos promotores é, este ano, chegar a mais de 60 mil visitantes durante os quatro dias. (Assessoria de Impressa Sindilat)

 
 
Tecnologia alemã no leite


 

Testado no campo pela Cooperativa Piá, um sistema alemão de coleta automatizada de leite é uma das principais atrações do Rural Show 2016, iniciado ontem em Nova Petrópolis. O equipamento, acoplado entre a cabine e o tanque do caminhão, faz a captação do produto, das amostras individuais e, ainda, registra as informações de origem. A tecnologia é capaz de coletar 72 amostras e também reconhecer o produtor por GPS.

- O sistema informatizado pode ser um ponto de partida para modernizarmos o processo de coleta atual - explica Gilberto Kny, presidente da Cooperativa Piá, organizadora do evento ao lado da Emater e da prefeitura de Nova Petrópolis. O equipamento, importado da Alemanha por 50 mil euros, gerencia também a distribuição do leite nos compartimentos do veículo. No final do processo na propriedade, emite um ticket com as informações da coleta.

Até domingo, mais de 60 mil pessoas deverão visitar o Rural Show, feira voltada à agricultura familiar e ao cooperativismo. Com 180 expositores, dos quais 45 agroindústrias, a feira tem também exposição de máquinas agrícolas e de bovinos de leite das raças holandesa e jersey. - O evento é um espaço para integrar organizações e apresentar novas tecnologias para os produtores aumentarem a eficiência das propriedades - resume Kny. (Zero Hora)

Símbolo da classe C, iogurte perde espaço na cesta de compras 

O alongamento da crise econômica no país levou consumidores a cortar o consumo de iogurtes ¬ produto considerado símbolo do aumento do poder de compra da população. De acordo com a consultoria Kantar Worldpanel, o mercado de iogurtes encolheu 5,7% em volume de vendas no ano passado e segue no mesmo ritmo este ano. As categorias grego e iogurte líquido (para beber) são exceções, com crescimentos de 3,7% e 2,7%, respectivamente. No segmento de valor agregado alto, o consumo de linhas light recuou 14,8% em 2015. As versões com polpa de fruta também apresentaram queda de 15,5%. Os rótulos funcionais sofreram redução maior: de 21,2%. "Antes os consumidores ainda mantinham o consumo de produtos premium. Agora cortam também essas linhas. 

De modo geral, os brasileiros começam a abrir mão das suas conquistas de consumo", disse Christine Pereira, diretora da Kantar, acrescentando que esse movimento também acontece em outras categorias de produtos. A francesa Danone ¬ dona das marcas Activia, Danone e Paulista ¬ lidera o mercado brasileiro de iogurtes, com 37,3% de participação, de acordo com a Euromonitor International. No primeiro trimestre deste ano, a Danone informou em seu balanço que seu desempenho no Brasil foi prejudicado pela rápida desvalorização do real em relação ao euro e pelo ambiente de instabilidade no país. A companhia também afirmou que, apesar do resultado negativo em iogurtes, houve crescimento de dois dígitos nas vendas na área de nutrição para bebês e no segmento de nutrição médica. Globalmente, as vendas da empresa caíram 3% de janeiro a março, para € 5,3 bilhões. 

O fato de a Danone ter comprado ontem a americana WhiteWave Foods, que fabrica alimentos e bebidas orgânicas, mostra que a gigante francesa está apostando em um novo setor para voltar a crescer. (Ver reportagem na página B8) No Brasil, as companhias tentam se adaptar ao novo momento do consumidor, reforçando linhas que ainda avançam, como a do iogurte grego, e colocando no mercado embalagens econômicas. O Grupo Lactalis, dono da marca Batavo e de uma participação de 5,1% no mercado, lançou uma versão maior, de 500 gramas, para seu iogurte grego. "Com uma embalagem mais econômica, a companhia oferece a possibilidade de consumir o iogurte grego com melhor relação custo benefício em relação às embalagens individuais [de 120 gramas]", disse Guilherme Portella, diretor de relações institucionais do Grupo Lactalis do Brasil. 

Em reação, companhias reforçam linhas que ainda crescem, como a do iogurte grego, e lançam embalagens econômicas No primeiro semestre, a Lactalis também lançou embalagens "tamanho família" para suas linhas de iogurtes líquidos e light. No segundo semestre, a companhia reformula as embalagens de petit suisse. A companhia não divulga dados sobre seu desempenho no Brasil. Portella disse apenas que o mercado nacional de iogurtes tem se mostrado "desafiador, mas o desempenho positivo em algumas categorias, como iogurtes gregos e sobremesas lácteas, tem ajudado a equilibrar a performance". 

A Vigor, do grupo JBS, também aposta no iogurte grego e no aumento da distribuição de seus produtos para crescer no país. Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, disse que as vendas da companhia cresceram 5,3% no período de janeiro a maio, enquanto o mercado como um todo encolheu 5% no mesmo intervalo. A Vigor é a sexta maior marca do setor, com 1,6% de participação. "É uma combinação de fatores. A companhia expande as vendas em várias regiões, antes atuava muito concentrada em São Paulo. Outro ponto é a inovação, com a introdução de linhas de iogurte grego, produtos infantis e embalagens econômicas, que ajudam na composição do crescimento", afirmou Anne. Há duas semanas, a Vigor inaugurou uma fábrica em Barra do Piraí (RJ), fruto de investimento de R$ 130 milhões, para produção de iogurtes, leite longa vida e itens para cadeias de restaurantes. A unidade vai atender o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Espírito Santo. Anne disse ainda que a Vigor pretende colocar novas linhas de produtos no varejo neste semestre. A Nestlé, segunda colocada no mercado de iogurtes, com 20,8% de participação, informou que investiu em lançamentos, com as linhas de iogurtes sem lactose para o público infantil e adulto, iogurte grego em versões light e um petit suisse com sabor de leite. Dona de marcas como Chamyto, Molico e Ninho, a Nestlé informou que segue com crescimento nas vendas das principais categorias do mercado, mas não citou números. 

A companhia também observou que o foco da área de publicidade estará nas linhas de iogurte grego. Apesar da redução nas vendas em volume, o mercado brasileiro de iogurte ainda registrou aumento de receita no ano passado. De acordo com dados da Euromonitor International, a alta em valor foi de 7,8% em 2015, totalizando R$ 14,64 bilhões. Para o período de 2015 a 2020, a Euromonitor estima que esse mercado crescerá, em média, 4,2% ao ano em receita, chegando ao fim do período a R$ 17,95 bilhões. O cenário difícil não tem impedido companhias de outros segmentos de investir nesse mercado. A Coca¬Cola anunciou a compra, em dezembro, da fabricante mineira de lácteos Verde Campo. No mesmo mês, a General Mills adquiriu a fabricante de iogurte paranaense Carolina. (Valor Econômico)
 

Safra menor no brasil
A redução de 8,4% na safra brasileira de grãos no ciclo 2015/2016, segundo o IBGE, deve-se à falta de chuva no Centro-Oeste e nos Estados que formam o Matopiba - resultado do fenômeno El Niño. O clima no cerrado prejudicou em maior proporção as lavouras de milho, especialmente a safrinha - plantada após a colheita da soja.
No Rio Grande do Sul, o efeito do fenômeno foi o contrário: excesso de chuva. Embora tenha causado perdas na lavoura de arroz, o clima afetou menos a safra gaúcha, na comparação com a nacional. Exceto o arroz, todas as culturas tiveram aumento de produtividade. (Zero Hora)
 
 

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