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29/06/2016

 

Porto Alegre, 29 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.298

 

 Novo CEO da Nestlé reforça ambição do grupo em saúde 

Nestlé, o maior fabricante de produtos alimentícios do mundo, terá um novo presidente executivo a partir de janeiro de 2017: Ulf Mark Schneider, que dirigia até agora a Frenesius Group, especializada em técnicas médicas. Schneider vai suceder Paul Bulcke que, por sua vez, deverá ser nomeado presidente do conselho de administração a partir de 6 de abril de 2017, se confirmado pelos acionistas. A escolha do novo executivo, de fora da companhia, surpreendeu em parte. De um lado, havia boas opções internas, como o vice-presidente para as Américas, o francês Laurent Freixe. De outro, porém, Schneider, que vem de uma das empresas globais líderes na área de saúde, sinaliza a ambição do grupo suíço nesse segmento. 

Ao anunciar o novo CEO, o conselho de administração reafirmou a orientação de longo prazo de tornar Nestlé uma empresa mundial do primeiro plano em nutrição, saúde e bem-estar. Com Bulcke, experimentado na área de produtos de grande consumo, e agora com Schneider, vindo da indústria ligada à saúde, Nestlé poderá acelerar essa estratégia. Cidadão alemão e americano, de 50 anos de idade, Ulf Mark Schneider sai da Frenesius, companhia com faturamento de € 28 bilhões, para comandar um grupo cuja receita é três vezes maior, em torno de 89 bilhões de francos suíços em 2015. Ele começará a trabalhar na Nestlé em setembro, para um período de introdução no grupo. Até ele assumir, em janeiro de 2017, haverá uma integração com Nestlé Health Science e Nestlé Skin Health. Estas duas áreas devem passar a se reportar diretamente ao futuro CEO. Peter Brabeck, após 50 anos na Nestlé, vai atingir a idade limite de partida em abril de 2017 e se aposentará, deixando a presidência do conselho de administração para Bulcke. 

Para Brabeck, Nestlé terá uma equipe de direção bem preparada para fazer face a "um ambiente externo mais e mais difícil e realizar desempenhos tanto de longo quanto de curto prazo". O futuro CEO, por sua vez, declarou-se "impaciente" para começar a trabalhar numa empresa cujos clientes "se interessam mais e mais por sua saúde e seu bem-estar". Ao escolher Schneider, Nestlé rejeitou, além de Freixe, outros dois candidatos internos, segundo a Bloomberg: Chris Johnson (dirige o programa de eficiência de custos) e Wan Ling Martello (no comanda das regiões de Ásia, Oceania e África). A última vez que a Nestlé escolheu um CEO de fora do grupo foi em 1922. (Valor Econômico)


 Ulf Mark Schneider, novo CEO, desembarca na Nestlé em setembro
 
RS: Programa Mais Leite de Qualidade é tema de reunião na Seapi

Nesta terça-feira (28) a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do estado do Rio Grande do Sul, através da Câmara Setorial do Leite realizou reunião com a finalidade de rediscutir as diretrizes do programa Mais Leite de Qualidade. mDanilo Gomes e Joana Voges, da Câmara Setorial do Leite, juntamente com representantes de instituições financeiras, SDR, Simers, Mapa, Emater, Fetag e Famurs reuniram-se para debater pontos importantes do Programa Mais Leite de Qualidade, que foi criado pelo Decreto 50.123 de 2013.

O Programa tem como objetivo fomentar a aquisição de equipamentos para que os produtores se adequem as normatizações de sanidade e qualidade do leite, o público alvo são os produtores que não tem estrutura de resfriamento adequada, tanto na substituição dos resfriadores de imersão, como na aquisição de novos equipamentos. Como encaminhamento, ficou definido que as entidades presentes irão encaminhar sugestões e propostas de reformulação do programa até o dia 15 de Julho e um grupo de trabalho formado por técnicos irá avaliar e alinhar as propostas. Estima-se que hoje no Estado, cerca de 28.000 produtores não possuem refrigerador de expansão direta. (Fonte: Seapi/RS)

 
Transparência nos incentivos

Diante da cobrança da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) para que haja mais transparência nas desonerações fiscais, a Secretaria da Fazenda apresenta um estudo de 2014 que aponta uma renúncia de R$ 15 bilhões, 11,97% a mais do que no ano anterior. De tudo o que o Estado abriu mão em 2014, R$ 6 bilhões (42,5%) foram por força constitucional, especialmente as isenções de ICMS sobre exportações. Só da Lei Kandir, as perdas chegam a R$ 3,3 bilhões por conta da vocação exportadora do Estado. 

 
Os outros 57,5% (R$ 8,1 bilhões) são por força de diferentes leis, entre as quais as que reduzem impostos para pequenas e microempresas, leite, carne e cesta básica, e as que concedem incentivos para investimentos em cultura, esporte e assistência social. Quando cobrado, o secretário Giovani Feltes desafia os sindicalistas a indicarem setores que devem ter incentivos cortados. (Zero Hora)

China: indústria de lácteos tem rápido desenvolvimento e futuro promissor

A indústria de lácteos da China está se desenvolvendo rápido e isso inclui desenvolvimentos em agricultura moderna, processamento de alimentos e tecnologia no setor de lácteos. Entretanto, a contínua importação de leite e produtos lácteos está sendo apontada como causadora de desafios e dificuldades para a indústria doméstica de lácteos chinesa. 

As principais características da indústria de lácteos da China reportadas pelo China Economic Net incluem:

- A produção de leite na China em 2015 foi de quase 40 milhões de toneladas;

- O processamento de produtos lácteos englobou mais de 27 milhões de toneladas;

- Mais de 50 milhões de toneladas de lácteos foram importadas;

- A ordenha mecanizada é responsável por mais de 90% da produção total do país;

- A pastagem está melhorando rapidamente;

- O consumo per capita anual de leite e produtos lácteos foi reportado como tendo expandido de 7 quilos em 2000 para os atuais níveis de quase 34 quilos;

- Independentemente disso, a China ainda está bem abaixo da média da Ásia, que está em 75 quilos - a média mundial é de 110 quilos;

- Uma questão importante em termos da indústria de lácteos da China é que ela é vista em posição de crescimento em um mercado lento;

Para desenvolver a indústria de lácteos da China, é necessário:

- Reduzir os custos associados com a produção de leite;

- Melhorar o desempenho de criação;

- Desenvolver um mix de produtos que esteja mais de acordo com os requerimentos de mercado;

- Desenvolver relações mais fortes entre a produção de leite e os setores de processamento;

- Garantir segurança dos produtos lácteos locais;

- Produzir leite seguro e saudável para o consumidor chinês.

O potencial de crescimento de consumo na China é promissor, baseado em vários fatores, incluindo:

- Crescimento econômico e desenvolvimento da China;

- Melhora no padrão de vida e aumento da renda disponível das famílias;

- Rápida urbanização;

- Mudança nos padrões de consumo em termos de mix de produtos e preferências da dieta;

- Um objetivo - baseado no Ministério da Agricultura - é aumentar a produção de leite da China para 40,8 milhões de toneladas/ano. Isso representa um aumento anual de 400 mil toneladas. (As informações são do Dairy Diary - Chinese Edition, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Produção/EUA
Entre 2010 e 2015 a produção de leite dos Estados Unidos aumentou 7 bilhões de litros, com o Centro-Oeste sendo responsável por quase metade desse crescimento. Consequentemente, existe o medo de que não haja capacidade de processamento para lidar com esse aumento de matéria-prima. Efetivamente, houve relatos de que alguns produtores foram forçados a jogar fora parte da produção durante o pico sazonal. Até agora, neste ano, a produção no Centro-Oeste de janeiro a maio subiu 4,6% em relação ao ano passado. No mesmo período, a produção total de leite nos EUA, aumentou 1,7%. Para resolver o problema, três cooperativas, incluindo a Dairy Farmers of America (DFA) estão formando uma joint venture para construir uma fábrica de queijo em Michigan com capacidade para processar 2,6 milhões de litros de leite por dia. (DairyCo - Tradução livre: Terra Viva)
 

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