Porto Alegre, 15 de junho de 2016 Ano 10- N° 2.288
O resultado do leilão GDT desta quarta-feira (15/06) apresentou estabilidade sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.339/tonelada. Apesar da alta, o leite em pó integral registrou queda de 1,7% em relação ao leilão passado, sendo comercializado a US$ 2.205/tonelada.
O leite em pó desnatado, que havia apresentado forte alta de 12% no leilão anterior, manteve a tendência de elevação nos preços, mas em ritmo mais ameno, fechando a US$1.901/ton (+1,5). O queijo Cheddar também apresentou alta nos preços, chegando a US$2.882/ton (+6,9%), o maior preço do produto desde janeiro deste ano.
Foram vendidas 23.089 toneladas de produtos lácteos neste leilão, 4% abaixo do volume comercializado no mesmo período do ano passado. De maneira geral, o mercado ainda não mostra sinais de recuperação nos preços dos lácteos.
Os contratos futuros de leite em pó integral seguiram o mercado físico e também apresentaram queda. A previsão é de que o atual patamar de preços não se altere muito ao longo do ano, com previsão de preços para dezembro de US$2.193/ton.
(Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint)
O ministro da Agricultura da Rússia, Alexander Nicolayevich Thachyov, aceitou o convite do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Mapa), Blairo Maggi, para conhecer a agricultura brasileira, em novembro, e discutir temas bilaterais.
Os russos têm interesse em vender pescados e trigo para o Brasil. Thachyov disse também que seu país deseja importar maçãs e outras frutas brasileiras. Por sua vez, o governo do Brasil manifestou a intenção de incrementar as vendas de carnes e de soja para a Rússia. Os russos já são um dos maiores compradores de carne bovina, suína e de aves brasileiras. A vinda do ministro russo ao Brasil foi acertada durante a primeira viagem oficial ao exterior do ministro Blairo Maggi, que também participou da reunião de ministros da Agricultura do G20, em Xian (China), do dia 3 deste mês. Eles assinaram uma declaração em que se comprometem a promover a segurança alimentar, o crescimento da agricultura sustentável e o desenvolvimento rural por meio da inovação, troca de informações em plataforma eletrônica, para atingir os objetivos da Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030, da Organização das Nações Unidas (veja aqui a declaração e aqui o discurso de Blairo). (Mapa)
Um estudo da Receita Federal contrapõe dados que vêm sendo divulgados pelo Banco Mundial há pelo menos cinco anos. Trata¬se do tempo que empresas brasileiras gastam para calcular e pagar os seus impostos e contribuições. Segundo o Fisco, são, em média, 600 horas por ano (25 dias) ¬ um quarto do tempo diagnosticado na outra pesquisa. No estudo do Banco Mundial, o "Doing Business" ¬ desenvolvido em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC) ¬ o Brasil aparece nas últimas posições de uma lista de mais de 180 países. De acordo com este levantamento, as empresas brasileiras gastam, em média, 2.600 horas (108 dias). A pesquisa da Receita surgiu do inconformismo à divulgação do Banco Mundial. "Tínhamos certeza que esse resultado não se sustentava", diz o chefe da Divisão de Escrituração Digital da Receita Federal, Clovis Peres. "Então fomos olhar com precisão qual empresa é essa que o Doing Business está tratando", completa. Para isso, a Receita firmou parceria com a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). Os parâmetros utilizados no levantamento foram, propositalmente, os mesmos do Doing Business. Partindo¬se da questão: quanto tempo demoraria para um profissional de uma empresa de vasos cerâmicos, com 60 funcionários, preencher e entregar todos os formulários necessários. Essa empresa, seguindo os critérios estabelecidos, teria de atuar em um único Estado e não poderia ter demitido ou contratado profissionais no mês.
A produção de leite provavelmente irá desacelerar em importantes regiões produtores no resto do ano, de acordo com o novo relatório da Comissão Europeia. As novas previsões reduzem a produção dos próximos nove meses (abril-dezembro) em 0,4% em relação aos volumes de 2015, o correspondente a 350 milhões de litros. O desenvolvimento da produção de leite varia entre os estados membros, principalmente, no que se refere às taxas de abate de vacas. Itália e Dinamarca registraram menor número de abates nos três primeiros meses do ano, e a expectativa é de que haja pouca redução na produção. Na Holanda, onde não houve aumento dos abates no primeiro trimestre de 2016, o direto à utilização de fosfato deverá forçar a redução do rebanho em algum momento do ano. Anteriormente, a incerteza sobre o período de referência para atribuição desses direitos, levou os produtores a manterem suas vacas, independentemente, de considerações financeiras. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)