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08/06/2016

 

Porto Alegre, 08 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.283

 

   Mercado/Europa

O aumento da produção de leite no Noroeste Europeu diminuiu ligeiramente. Apesar dessa queda na taxa de crescimento na Europa o aumento global na oferta de leite é principalmente um problema europeu. A produção de leite nos Estados Unidos também cresce, no entanto, em abril, o crescimento foi menor que em fevereiro e março. Na Oceania, a temporada de leite encerrou.

 

Na Austrália a produção está muito baixa, diante das condições adversas do tempo. Na Nova Zelândia o fornecimento também caiu. Entretanto, o declínio foi menor que o esperado. O mercado parece, atualmente, um pouco mais otimista. Existem ligeiras correções para cima. O ponto de inversão ocorreu no meado de abril, depois que as cotações subiram em decorrência da ligeira expectativa de quebra no crescimento da oferta e aumento da demanda. Muito leite em pó desnatado foi comprado pelos estoques de intervenção. Enquanto isso o novo teto de 218.000 toneladas foi atingido. Em junho as compras serão por leilões. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 
USDA: grande oferta de leite e produtos lácteos interfere na recuperação da Oceania
 
A recuperação na rentabilidade das fazendas leiteiras e na produção de leite na Oceania parece que ainda vai levar um tempo visto a grande oferta de leite e produtos lácteos. 

Pelo segundo ano consecutivo, os produtores de leite da Nova Zelândia estão de olho nos preços do leite - que estão muito baixos para cobrir totalmente os custos de produção -, de acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas (GAIN) do Serviço de Agricultura Externa (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

"Desde 2014, os produtores de leite da Nova Zelândia reduziram seus rebanhos para 4,93 milhões de cabeças, uma redução de 5% ou quase 250.000 cabeças", disse a economista do Daily Dairy Report, Mary Ledman, que também é presidente da Keough Ledman Associates Inc., Libertyville, Illinois. "Abates adicionais também são esperados, a menos que os sinais de preços para a próxima estação produtiva melhorem".

A combinação de menor rebanho leiteiro e menor lucratividade afetaram a oferta de leite da Nova Zelândia. "A produção de leite em 2016, de 20,9 milhões de toneladas, deverá ser 3% menor do que a produção em 2015, que foi 1,5% menor do que o pico de 2014", disse Ledman. Entretanto, ainda de acordo com ele, o desempenho de 2016 deverá ser levemente melhor do que o relatório GAIN de outubro de 2015, visto a produção mais favorável no primeiro trimestre de 2016 e a expectativa de maior produção no quarto trimestre deste ano. "Uma produção de leite mais favorável no final deste ano será contingente de melhores condições financeiras", completou. 

A Nova Zelândia domina a produção global de leite em pó integral, com 1,35 milhão de toneladas em 2015, quase 8% a menos que as 1,46 milhão de toneladas em 2014. Neste ano, o USDA prevê que a Nova Zelândia produza 380.000 toneladas de leite em pó desnatado, 10.000 toneladas a menos que em 2015 e 45.000 toneladas a menos do que em 2014. A produção de manteiga e gordura anidra do leite também está com tendência de queda -  de 580.000 toneladas em 2014 devendo chegar a 570.000 toneladas em 2016.

Embora o relatório GAIN afirme que alguns analistas de mercado achem que os preços do leite em pó integral serão os de mais rápida recuperação devido aos estoques globais muito limitados e à redução da produção na Nova Zelândia, maior exportador desse produto, os resultados do último leilão Global Dairy Trade (GDT) prenunciam somente aumentos modestos nos preços, de acordo com Ledman.

Na vizinha Austrália, os produtores também estão enfrentando preços muito menores e alguns verão preços menores por anos. A produção de leite deverá ser de 9,8 milhões de toneladas em 2016, menos do que a estimativa anterior do USDA, de 10 milhões de toneladas.

"As condições climáticas adversas e a recente queda significativa nos preços do leite prejudicaram a previsão para produção na Austrália e para o resto de 2016", disse Ledman. "No entanto, o USDA espera que o rebanho leiteiro australiano permaneça estável em 1,7 milhão de cabeças. Essa pode ser a esperança, dada a atual previsão do preço do leite e às penalidades de reembolso que os produtores que fornecem leite ao maior comprador da Austrália, Murray Goulburn, enfrentam. Esses produtores estão enfrentando três anos de avaliações para cobrir os pagamentos de 2015-16, que excederam a capacidade da companhia de cobrir os custos do leite". (As informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Agricultura brasileira terá programa para simplificar processos do comércio exterior
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou reunião nesta terça-feira (7), em São Paulo, com representantes do Centro Operador Econômico Autorizado do Agronegócio Brasileiro (OEA), para a elaboração de um projeto piloto para facilitar o comércio exterior do agronegócio brasileiro. 

O Operador Econômico Autorizado, fórum que reúne os órgãos aduaneiros, inclusive da Receita Federal do Brasil e do Instituto Aliança Pró Modernização do Comércio Exterior (Procomex), é um programa previsto pelo Acordo de Bali, que tem como fundamento simplificar os processos de comércio exterior para aumentar a previsibilidade das operações e a redução do custo-Brasil. O programa já existe em 63 países.

A reunião contou com a participação de fiscais federais agropecuários do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), de Brasília, dos portos de Itajaí/SC, Navegantes/SC, Paranaguá/PR, Pecém/CE e Santos/SP, dos aeroportos internacionais de Guarulhos-SP e do Galeão, no Rio de Janeiro, além de técnicos da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de São Paulo e do Serviço de Inspeção Federal em Lins/SP, Quilombo/SC e Capinzal/SC. (As informações são do Mapa)

Cai a obrigatoriedade da contratação do seguro rural para o produtor obter crédito

O poder público não poderá estabelecer nenhuma regra que obrigue o produtor a contratar o seguro rural para ter acesso ao crédito de custeio agropecuário. A medida faz parte da lei 13.195 publicada esta semana no Diário Oficial da União. 

A instituição financeira que exigir a contratação de apólice de seguro rural como garantia para a concessão de crédito rural fica obrigada a oferecer ao financiado a escolha entre, no mínimo, duas apólices de diferentes seguradoras. Pelo menos uma delas não poderá ser de empresa controlada, coligada ou pertencente ao mesmo conglomerado econômico-financeiro da credora. O intuito é coibir a chamada "venda casada" pelos bancos.

Segundo a lei, o agricultor pode escolher a apólice de mercado que lhe convier. "Caso o mutuário não deseje contratar uma das apólices oferecidas pela instituição financeira, esta ficará obrigada a aceitar aquela que o mutuário tenha contratado com outra seguradora habilitada a operar com o seguro rural", diz o texto.

O produtor interessado poderá pesquisar sobre a subvenção econômica ao prêmio do seguro rural no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/seguro-rural. (As informações são do Mapa)
 

China
As exportações da China caíram mais do que o esperado em maio devido à demanda fraca, mas as importações superaram as projeções, indicando melhora da demanda doméstica e somando-se às expectativas de que a segunda maior economia do mundo pode estar lentamente se estabilizando. As exportações caíram 4,1 por cento na comparação com o ano anterior, divulgou a Administração Geral da Alfândega, afirmando que o ambiente do comércio exterior continua sendo um desafio. As importações caíram 0,4 por cento na base anual, o 19º mês seguido de queda, mas a menor desde que passaram a cair em novembro de 2014. A melhora provavelmente refletiu os preços mais altos das commodities, mas também a melhora na demanda doméstica, no momento em que Pequim aumenta os gastos com grandes projetos de infraestrutura para sustentar o crescimento. O superávit comercial da China atingiu 49,98 bilhões de dólares em maio, contra expectativa de 58 bilhões e 45,6 bilhões de dólares em abril. Economistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações em maio caíssem 3,6 por cento, duas vezes o ritmo de abril. Quanto às importações, a expectativa e de uma queda de 6 por cento, após recuo de 10,9 por cento em abril. (Reuters)

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