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06/05/2016

 

Porto Alegre, 06 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.261

 

   Balança comercial de lácteos apresenta maior déficit desde fevereiro de 2000

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 18.603 toneladas em abril, déficit 31% maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 49,4 milhões. O resultado é reflexo da estagnação do volume exportado aliada a uma forte alta nas importações.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 Fonte:MDIC

As exportações apresentaram leve aumento de 3,8% em valor e de 1,0% em volume. Em abril, foram exportadas 2,81 mil toneladas de produtos lácteos, contra 2,79 mil toneladas em março. Na comparação com abril de 2015 a queda nas exportações em volume foi de 40%.

Já as importações, tiveram alta de 26% frente a março. Com destaque para o leite em pó integral (+72%), manteigas (+149%) e queijos (+2%). Já o leite em pó desnatado (-28%) e o soro de leite (-4%) apresentaram quedas no volume comercializado. 

O aumento das importações de leite em pó ocorreu, principalmente, devido a um crescimento de 124% nos volumes com origem no Uruguai: somente em abril, cerca de 8,4 mil toneladas de leite em pó (integral e desnatado) tiveram o país como origem, o equivalente a 54% do total importado de leites em pó. Outras 5,8 mil toneladas vieram da Argentina; 1,2 mil toneladas do Chile e 225 toneladas foram importadas do Paraguai. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

 
 
 
FAO: índice de preços dos lácteos caiu 2,2% devido à ampla oferta global e demanda limitada
 
O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu 151,8 pontos em abril, com alta de 0,7% ante março. O avanço "relativamente forte" dos preços dos óleos vegetais, somado a um ganho moderado nas cotações de cereais, superou a queda dos laticínios e açúcar. A alta verificada em abril é a terceira consecutiva, aponta a FAO.

O índice considera uma média ponderada dos preços internacionais de cinco grupos de commodities: cereais, óleos vegetais, laticínios, carne e açúcar.

 

Os óleos vegetais lideraram o movimento, registrando um avanço de 4,1% em abril na comparação com março, para 166,4 pontos. O óleo de palma foi o componente que mais se valorizou no período, atingindo a máxima dos últimos 17 meses, sustentado por temores de produção baixa em 2016 e demanda global crescente. As cotações internacionais do óleo de soja também ficaram firmes, diante de condições menos favoráveis à produção na América do Sul.

Os cereais, por sua vez, avançaram 1,5%, muito próximos dos 150 pontos. Os preços do milho foram os que mais avançaram, influenciados pelo dólar mais fraco e acompanhando a alta nos óleos vegetais. Ainda assim, condições climáticas favoráveis e a expectativa de grande oferta na nova safra limitaram os ganhos no trigo. A FAO apontou que os preços, apesar da alta em abril, estão 10,4% abaixo em relação ao mesmo mês do ano passado.

No segmento de laticínios, houve queda de 2,2% na mesma base de comparação, para 127,4 pontos. Os preços de todos os lácteos caíram no período, prejudicados por ampla oferta global e demanda limitada em mercados tradicionalmente importadores. Assim como no último mês, manteiga e queijoregistraram uma queda mais acentuada, pressionados pelo crescimento dos estoques em países exportadores.

O índice de preços do açúcar ficou em 215 pontos, 1,7% inferior ao verificado no último mês. A queda reflete a ampla disponibilidade de açúcar para exportação no Brasil, onde se espera que a safra 2016/17 seja a segunda maior da história. Também há a expectativa de que haja uma redução do uso da cana-de-açúcar para produção de etanol. Ainda assim, a perspectiva de déficit global pelo segundo ano consecutivo limitou as perdas.

O índice de preços de carnes ficou 0,8% abaixo do verificado em março, atingindo 146,6 pontos. Os níveis de preço das carnes de porco e frango ficaram praticamente estáveis, refletindo um bom equilíbrio entre oferta e demanda. A carne de carneiro avançou, enquanto a carne bovina registrou a maior alta. Fornecimento limitado e um avanço da demanda norte-americana levou os preços de exportação na Austrália ao maior nível desde outubro de 2015. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Mapa do Observatório do Mercado Leiteiro aponta aumento na produção leiteira da UE

A produção de leite na União Europeia (UE) aumentou um ano após o fim das cotas de produção de leite, com o último mapa do Observatório do Mercado Leiteiro (MMO) mostrando que a produção da Irlanda aumentou bem mais do que em outros Estados Membros. Para o período, de janeiro a fevereiro de 2016, a produção total de leite nos Estados Membros da UE aumentou 7,4% com relação ao período correspondente em 2015.

Entretanto, o país que se destaca, como mostra o mapa abaixo, é a Irlanda, onde as entregas de leite de janeiro a fevereiro nesse ano aumentaram 35,6% com relação ao período correspondente no ano anterior. Os dados mostram que Luxemburgo teve o segundo maior aumento na produção (+23,2%), seguido por Bélgica (+20,6%) e Holanda (+18,5%). No Reino Unido, a produção de leite aumentou 3,6% no período.


 
Em 2016, a Comissão Europeia previu que a produção de leite na UE poderá crescer cerca de 2 milhões de toneladas. Embora um crescimento limitado seja esperado na França, onde as cooperativas e as companhias de lácteos limitam incentivos aos produtores para a expansão da produção, aumentos significativos são esperados em Irlanda, Holanda e Dinamarca. Maiores entregas também podem ocorrer no Reino Unido, onde somente uma expansão limitada é esperada na Alemanha.

Ao contrário dessa tendência, a Comissão disse que a parte leste da UE poderá registrar uma estabilização na produção, especialmente devido aos desenvolvimentos do rebanho em Polônia, Hungria, Eslováquia e Países Bálticos. (As informações são do AgriLand, traduzidos pela Equipe MilkPoint)

 
Santa Clara Lança Queijo tipo Grana Ralado
A Cooperativa Santa Clara incrementa sua linha de queijos com o Tipo Grana ralado. Com maturação de doze meses e fiel à receita italiana, o produto é encontrado em pacotes de 50 gramas. O Queijo Tipo Grana possui sabor frutado e aroma de manteiga, uma massa dura e amarelo-palha. Combina com molhos, massas, risotos, pizzas e saladas, possui baixo teor de sódio e é rico em cálcio, já que são necessários quinze litros de leite para produção de um quilo de queijo. O Queijo tipo Grana ralado é zero lactose, pois passa por um período de maturação longo, no qual enzimas presentes no leite, chamadas lactase, são eliminadas naturalmente no processo de amadurecimento do produto. Queijos com mais de 60 dias não apresentam lactose e podem ser consumidos normalmente. O produto pode ser encontrado nos mercados da região Sul e em São Paulo. (Cooperativa Santa Clara)
 

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