Porto Alegre, 03 de dezembro de 2015 Ano 9 - N° 2.160
Um grupo de trabalho foi formado nesta quinta-feira (3/12) para regulamentar os torneiros leiteiros no Brasil. O assunto foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (MAPA), que ocorreu em Brasília. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, que participou do encontro, avaliou a medida como satisfatória. Isso porque há uma ausência de padronização em relação a esses eventos, que são bem tradicionais em feiras de agronegócios do país. O Sindilat integrará o grupo, que deverá começar a discutir o assunto já a partir de janeiro de 2016.
Reunião da Câmara Setorial da Cadeia de Leite e Derivados
Crédito: Divulgação/Sindilat
De acordo com Nassar, a variação anual (quatro trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. "Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014, demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014." Abaixo, a íntegra da nota técnica do secretário de Política Agrícola:
PIB agropecuário do 3º trimestre de 2015
O IBGE divulgou em 01 de dezembro de 2015 os resultados do PIB do 3º trimestre de 2015.
Os principais resultados são os seguintes:
O PIB agropecuário apresentou queda de -2% no 3º trimestre de 2015 em relação ao 3º trimestre de 2014. Essa queda ocorreu por conta de menores produções em lavouras colhidas no terceiro trimestre, sobretudo café, cana-de-açúcar e trigo.
Na taxa acumulada em 4 trimestres a agropecuária apresentou crescimento de 2,1%. O mesmo resultado foi observado na taxa acumulada nos 3 trimestres de 2015 (2,1%). Já o PIB total caiu em ambos os casos. Os dados do terceiro trimestre são bom indicativo do que deverá ocorrer no ano de 2015. Ou seja, o PIB agropecuário em 2015 deverá crescer ao redor de 2%.
A mensagem positiva está no fato de que a agropecuária apresentará PIB crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade. O gráfico 1 mostra que a variação anual (4 trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014 demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014. Os dados de 2014 e 2015 mostram que o setor tem conseguido crescer a uma taxa ao redor de 2% ao ano sem interrupção nos últimos 6 trimestres.
O gráfico2 traz o PIB agropecuário trimestral em valores correntes de 2013 a 2015. Em 2015 o comportamento do PIB agropecuário segue a tendência normal de queda ao longo do ano por conta da entressafra do segundo semestre. (As informações são do Mapa)
Custo da pecuária leiteira tem nova alta
O custo de produção da pecuária leiteira teve nova alta em novembro. O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção para a atividade, que mede a variação do custo, subiu 2 % em novembro na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2014, os custos subiram 14,2%.
A alta dos combustíveis e óleos lubrificantes, de 7,9%, e os suplementos minerais com variações positivas de 6,6%, puxaram os custos para cima. Outros itens que pesaram mais no bolso do produtor de leite foram os medicamentos veterinários e alguns fertilizantes.
Importante destacar que, depois de quatro meses de alta, os preços do milho e do farelo de soja recuaram em novembro, mas este fato não foi suficiente para puxar o indicador para baixo. A expectativa é de mercado mais frouxo para os alimentos concentrados em curto em médio, com a menor movimentação no mercado interno e para exportação. (Fonte: Scot Consultoria)
RS: reunião em Frederico Westphalen articula formação da Câmara Setorial Regional de Leite
O Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen recebeu, na terça-feira (01), lideranças envolvidas na cadeia produtiva do leite para a primeira reunião de articulação e organização da Câmara Setorial Regional do Leite, que abrange municípios das regiões Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea.
A proposta da criação de uma Câmara Setorial de Leite que envolva os municípios destas regiões para organizar a cadeia produtiva do leite surgiu em outubro deste ano, durante o Seminário Regional do Leite, realizado durante a Feira Regional da Agricultura Familiar, Agroindústria, Artesanato e Biodiversidade, em Frederico Westphalen.
Participaram da primeira reunião de articulação representantes de cooperativas, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Secretaria da Agricultura de Frederico Westphalen, de laticínios da região, o assistente técnico regional de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, o assistente técnico estadual, Jaime Ries, e o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes.
O grupo avaliou como positiva a proposta para formação da Câmara Setorial Regional do Leite. Sem dúvida é um grande passo no sentido de organizar a cadeia produtiva do leite na nossa região, afirmou Sangaletti.
Na primeira quinzena de janeiro será realizada nova reunião, buscando a participação paritária entre órgãos públicos, privados, produtores e de representantes da indústria, abrangendo todos os atores envolvidos na cadeia produtiva do leite.
Nesse espaço de tempo, o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, avaliará as formas possíveis para oficializar a criação da Câmara Setorial Regional, que é a primeira em discussão no interior do Estado. (Fonte: Emater/RS)
A Coca-Cola deverá entrar em breve no mercado de produtos lácteos no Brasil. Ontem, a companhia, através da Leão Alimentos, e a mineira Laticínios Verde Campo, sediada em Lavras (Sul de Minas), anunciaram que assinaram um contrato de intenções com cláusula de compra. Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a possível operação. Porém, as empresas informam que as negociações ainda estão em curso e não têm prazo estabelecido para a conclusão. Em nota conjunta, as empresas afirmam que os valores e conceitos dos fundadores da Verde Campo sobre inovação e qualidade estão alinhados com o que o Sistema Coca-Cola oferece aos seus consumidores. "Se concretizada essa negociação, o Sistema Coca-Cola Brasil irá inaugurar sua entrada em produtos refrigerados, abrindo oportunidades para no futuro ampliar sua atuação em novos segmentos de bebidas", informa. A empresa mineira tem 15 anos de mercado. A Verde Campo produz iogurtes e queijos. "Já consolidada no mercado de diet e light, a companhia é pioneira e líder absoluta em produtos lácteos sem lactose, sendo proprietária da marca Lacfree". (Diário do Comércio)