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16/11/2015

 

 


 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.147

 

 Katia Abreu na Índia e China

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, iniciou na última sexta-feira (13) uma missão estratégica na Índia e na China, fundamental para o futuro do agronegócio brasileiro. Estamos falando dos dois países mais populosos do planeta (36% da população mundial) e que em 2030 ocuparão, respectivamente, a terceira e a primeira posição no PIB mundial, com imenso potencial de crescimento no consumo de alimentos.

No campo do agronegócio, o principal desafio é ampliar o acesso a esses dois megamercados, o que permitiria a diversificação do comércio. Hoje, nossas exportações encontram-se perigosamente concentradas no complexo soja, que responde por 80% das exportações do agronegócio para a China e 60% para a Índia.

Por exemplo, na promissora e complexa cadeia produtiva das proteínas animais, temos livre acesso apenas para alguns componentes da ração que alimenta aves, suínos e bovinos, como o milho e a soja. O acesso das nossas carnes é literalmente proibido por tarifas altíssimas (no caso da Índia), barreiras não tarifárias e por um moroso sistema que habilita plantas industriais brasileiras para exportar caso a caso. Exportar carnes geraria de 4 a 10 vezes mais valor por tonelada do que soja. Abrir mercados na Ásia é uma tarefa hercúlea e sensível, prioritária para a ministra e para o futuro da nossa agricultura.

O segundo desafio é fortalecer e sofisticar as cadeias globais de suprimento que ligam o Brasil e os dois gigantes asiáticos na área de alimentos e bebidas. O primeiro passo é ir além da dimensão comercial, centrada no relacionamento com tradings e importadores de commodities.

Neste momento, grandes empresas do agronegócio brasileiro têm se internacionalizado e avançado nas cadeias da alimentação, montando estruturas de processamento nos países-destino e investindo em armazenagem, distribuição e marcas globais. Produtos e marcas brasileiras precisam chegar com força aos varejistas, aos serviços de alimentação, aos restaurantes e até à incrível revolução do comércio digital que está ocorrendo na China e na Índia.

A exemplo de outros países, é fundamental ampliar os mecanismos de coordenação e coerência regulatória dos governos em áreas como sanidade e qualidade do alimento, combate a doenças, rastreabilidade de produtos, sustentabilidade, saúde e nutrição.

Mas as oportunidades não se restringem à expansão de empresas e marcas brasileiras no exterior. A competitividade do agronegócio depende também do fortalecimento do seu elo mais fraco, que é infraestrutura brasileira. Esse é um dos temas mais relevantes para Kátia e será devidamente tratado com autoridades e investidores na China e na Índia.

As diversas reuniões presidenciais, os acordos de cooperação bilateral, as ações plurilaterais como G20 e Brics e as perspectivas da "nova rota da seda" e do recém-criado Banco de Infraestrutura e Investimento tornam especial o atual momento das nossas relações com Índia e China.

E não há área mais promissora para aprofundar essas relações que o agronegócio visto na sua amplitude. Kátia Abreu conhece bem a região e o imenso potencial dessas duas parcerias estratégicas. Em tempos de crise e pessimismo no Brasil, uma maior aproximação com nossos principais clientes do presente e do futuro pode trazer ótimas notícias. (Marcos Sawaya Jank, especialista em questões globais do agronegócio, para o jornal Folha de São Paulo)
 
 
Simvet promove curso sobre Responsabilidade Técnica

O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) promove, entre os dias 14 e 17 de dezembro, o primeiro curso de Responsabilidade Técnica em Indústrias de Produtos de Origem Animal. O encontro vai apresentar a legislação e as necessidades para as indústrias na questão de sanidade e é pré-requisito para os cursos complementares, específicos por área, que serão oferecidos posteriormente. O módulo básico será realizado na sede do Sindicato dos Engenheiros (Senge), localizada na avenida Érico Veríssimo, 960. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail rt.simvetrs@gmail.com até o dia 4 de dezembro. As vagas são limitadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preço dos lácteos é pressionado por maior competição na Europa

A pressão sobre os preços internacionais de lácteos ganhou força nas últimas semanas e os indicadores de curto prazo estão extremamente fracos, afirmou o economista Doug Steel, do banco BNZ Agricultural. "Esta queda parece estar associada com os acontecimentos na União Europeia", uma vez que o euro desvalorizado fez com que uma quantidade maior de produtos lácteos da região se tornassem competitivos internacionalmente.

O analista explica que a desvalorização do euro colocou ainda mais pressão sobre os preços internacionais de lácteos. "Isso agrava a influência já negativa da maior oferta de leite da Europa, associada à retirada das cotas de produção no início de 2015 e a proibição russa às importações de lácteos da União Europeia e dos Estados Unidos", disse. (As informações são do Estadão Conteúdo)

Fonterra aumenta a previsão de pagamento aos produtores na temporada 2015/16

A Fonterra aumentou a previsão do pagamento para a temporada 2015/16 em decorrência do bom desempenho apresentado de agosto a outubro.

A Fonterra, maior exportadora mundial de lácteos, anunciou hoje que prevê dividendos de NZ$ 0,45 a NZ$ 0,55 por ação, antes projetados entre NZ$ 0,40 a NZ$ 0,50. Com o preço ao produtor (FGMP, sua sigla em inglês) previsto em NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro], [quilos de sólidos do leite], a Fonterra deverá pagar a seus acionistas entre NZ$ 5,05 [R$ 1,01/litro] a NZ$ 5,15/kgMS [R$ 1,03/litro] , na temporada 2015/16.

"Embora seja difícil melhorar os preços aos produtores diante das baixas cotações globais, os agricultores irão usufruir do melhor desempenho da Fonterra", disse John Wilson, o presidente da Cooperativa.
"O desempenho está bem melhor do que o do ano passado e atingimos as metas de margens brutas, despesas operacionais e financeiras. Ao mesmo tempo iniciativas de transformação de negócios estão gerando economia significativa de capital de giro. Estamos no caminho certo, e, portanto, em condições de melhorar a distribuição de dividendos", acrescentou Wilson.

Em setembro a Fonterra aumento a previsão do FGMP para a temporada 2015/16 em NZ$ 0,75, chegando a NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro] [quilos de sólidos do leite], quando houve recuperação nas cotações das commodities lácteas no mercado mundial. No início da temporada, 01 de junho, a previsão era de NZ$ 5,25/kgMS [R$ 1,05/litro]. Em agosto, no entanto, a estimativa foi reduzida para NZ$ 3,85 [R$ 0,77/litro].

O aumento em setembro, refletia as melhoras nos preços internacionais, justificou a Fonterra na época. O Índice Geral do GlobalDaiyTrade (gDT), a média ponderada das variações percentuais dos preços da commodities lácteas na plataforma da Fonterra, aumentou 52,1% em quatro leilões de agosto, setembro e outubro. O Índice gDT, no entanto, caiu 10,5% nos últimos dois eventos, (-3,1%) em 20 de outubro, e (-7,4%) em 3 de novembro. (Dairy Reporter/Tradução Livre:Terra Viva)

 
 
O novo leite fresco
Nem todas as redes gaúchas de supermercados aderiram ao novo leite fresco em garrafas plásticas e novos prazos de validade, bem mais nutritivo que o longa vida. O leite Santa Clara vale por oito dias e o Piá por 12. (Jornal do Comércio)

    

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