Porto Alegre, 30 de outubro de 2015 Ano 9 - N° 2.137
Foto: Debate sobre o texto do projeto de lei do Leite ocorreu na Assembleia Legislativa
Crédito: Divulgação/Sindilat
O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) obteve uma importante vitória, nesta quinta-feira (29/10), na construção do projeto de lei que trata da produção, comercialização e transporte de leite no Rio Grande do Sul. Na discussão, o Sindicato garantiu que havendo irregularidades, os estabelecimentos de processamento, os postos de refrigeração de leite e os transportadores responderão solidariamente às infrações previstas na lei.
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essa inclusão é importante e fundamental para coibir infrações. Pelo texto anterior, os transportadores identificados em uma situação de irregular apenas seriam desclassificados pela empresa, e o governo do Estado excluiria o mesmo da habilitação para o transporte, não sendo responsabilizados monetariamente se cometessem alguma infração.
O debate ocorreu em reunião que definiu o texto do projeto e contou com representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, IGL, Farsul, Fetag e Ministério Público Estadual. Segundo o coordenador do debate, deputado estadual Gabriel Souza, a nova redação será encaminhada na próxima terça-feira à Casa Civil. A expectativa é de que em 10 dias, o projeto final, que deverá se chamar Lei do Leite, seja apresentado à Assembleia Legislativa em regime de urgência, garantindo assim a votação no plenário ainda neste ano.
Durante a reunião, o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, parabenizou o grupo pela busca do 'entendimento' em conjunto na elaboração do projeto. "Estamos construindo uma legislação que é necessária, mas, o mais importante, é que será possível aplicá-la", afirmou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Durante a reunião de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), nesta sexta-feira (30/10), o diretor de Marketing da Tetra Pak, Fabio Tomazzeli, apresentou os principais indicadores do cenário atual do setor no Brasil. Segundo ele, a projeção nacional é que haja uma queda de 2,6% na produção de leite neste ano na comparação com 2014.
O diretor da Tetra Pak também destacou a importância de potencializar junto aos consumidores os benefícios nutricionais do leite, como uma maneira de fortalecer a imagem do setor lácteo. Para auxiliar nessa aproximação, a empresa irá distribuir uma cartilha com informações de uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN). O objetivo é atingir cerca de 300 nutricionistas e nutrólogos e, consequentemente, o público atendido por esses profissionais.
A queda de produção de leite em virtude das intensas chuvas ocorridas em setembro também foi discutida pelos associados. Na ocasião, foi anunciada ainda a realização de um evento que irá discutir as perspectivas do setor lácteo para 2016. O encontro deverá ocorrer no dia 10 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, segundo o anúncio feito pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Produção por município: MG tem mais municípios entre os maiores, RS lidera nas cidades com maior produtividade
A produção brasileira de leite, calculada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - foi de 35,2 bilhões de litros em 2014. Apesar de estar presente em todo o território nacional, a produção de leite se destaca nas regiões Sul e Sudeste do país. Cada uma delas produziu mais de 12 bilhões de litros no ano passado.
Entre os 200 municípios de maior produção de leite (litros/ano), 83 (41,5%) são do Sul e 68 (34%) do Sudeste, logo após vem o Centro-oeste, com 32 cidades (16%) participantes, seguidos do Nordeste, com 10 (5%), e Norte, com 7 (3,5%). A primeira cidade colocada é Castro, no Paraná, que produziu 239 milhões de litros em 2014. Na sequência, as maiores produções foram registradas em Piracanjuba - GO; Patos de Minas - MG; Jataí - GO e Carambeí - PR.
No ranking dos 200 maiores volumes de produção, Minas Gerais foi o estado com maior quantidade de municípios, com 61 sendo do estado. Em seguida aparecem Paraná (38 cidades) e Goiás (30 cidades).
Gráfico 1 - Número de municípios por estado, considerando os 200 municípios com maior produção em volume de leite no Brasil em 2014
Embora o volume de produção entre as regiões tenha sido semelhante, quando avaliamos a produtividade, isto é, o quanto em litros de leite se produz por vaca ordenhada, o Sul toma a liderança. No Sudeste, os 12,17 bilhões de litros de leite no ano foram atingidos com pouco menos de 8 milhões de cabeças de gado, enquanto no Sul, 12,2 bilhões foram produzidos com praticamente metade do número de vacas ordenhadas (4,37 milhões).
No ranking dos 200 municípios de maior produtividade de leite por animal em 2014, 187 são da Região Sul (93,5%), seguidos de 12 municípios do Sudeste (6%) e 1 do Nordeste (0,5%). O estado do Rio Grande do Sul contribuiu com o número de 121 cidades, e obteve a melhor produtividade do país no ano de 2014, com mais de 3 mil litros/vaca/ano.
Gráfico 2 - Número de municípios por estado, considerando os 200 municípios com maior produtividade de leite no Brasil em 2014
Apesar disso, a cidade melhor ranqueada é da região Sudeste. Em Araras, no interior de São Paulo, a produtividade de leite alcançou pouco mais de 11 mil litros por vaca ordenhada no ano, se distanciando bastante da segunda colocada, Castro (Paraná), que atingiu 7,5 mil litros/vaca/ano (vide tabela abaixo). Esse dado se deve ao fato de Araras ser um município com pouca produção de leite e que concentra a Fazenda Colorado, maior produtora de leite no Brasil e que possui elevada produtividade. (Najara Nino Diniz/MilkPoint)
Mapa prevê a imunização de 147 milhões de animais na segunda fase de vacinação contra a febre aftosa
Está prevista a vacinação de aproximadamente 147 milhões de bovinos e búfalos na segunda fase da vacinação contra febre aftosa. A segunda etapa de imunização iniciou em julho deste ano e já foi concluída em algumas regiões do Amazonas, do Pará e de Tocantins. Nos estados do Amapá, Rondônia e Roraima a etapa segue em execução. A maior parte dos estados que faltam devem vacinar seus bovinos e búfalos durante o mês de novembro.
"Grande parte das vacinas previstas para essa segunda etapa já foi enviada aos estados e a outra parte necessária já se encontra em estoque na Central de Selagem para atender às demandas das revendas de vacinas de todo país", explica a Coordenação de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A maioria dos estados vacina todas as faixas etárias dos bovinos e bubalinos, exceto os estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal. Em Santa Catarina, a vacinação é proibida, pois o estado é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação. No Pantanal todo rebanho é vacinado.
Na primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a doença, realizada no primeiro semestre deste ano, o índice de cobertura foi de 98,04%. Foram vacinados cerca de 164,7 milhões de bovinos e bubalinos, de um total previsto à época de 168 milhões de cabeças. "Os produtores devem adquirir as vacinas em revendas autorizadas, providenciar a adequada vacinação de seus animais e comunicar ao serviço veterinário oficial de seu estado nos prazos estabelecidos em cada estado", alertou a coordenação. (As informações são do Mapa)
Dia 29/10, o Sindilat obteve uma importante vitória na construção do projeto de lei que trata da produção, comercialização e transporte de leite no estado. Na discussão, o sindicato garantiu que, havendo irregularidades, os estabelecimentos de processamento, os postos de refrigeração de leite e os transportadores vão responder solidariamente às infrações previstas na lei. O secretário-executivo, Darlan Palharini, explica a importância dessa inclusão. Para assistir ao vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)