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27/10/2015

         

 
 


 

Porto Alegre, 27 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.134

 

  Encontro discute resultado de testes dos medidores de vazão do leite 

O sistema de medição de vazão e coleta automática de leite da empresa Arsopi, em testes desde setembro na sede da Cosulati, teve os primeiros resultados discutidos em reunião realizada na Embrapa Clima Temperado na semana passada. Segundo a pesquisadora da instituição, Maíra Zanella, o parecer inicial é positivo, porém ainda serão necessários alguns ajustes de calibração do equipamento português. O equipamento, que é instalado diretamente nos caminhões, busca melhorar a segurança no transporte do leite até a indústria a fim de garantir a qualidade da matéria-prima. 

A reunião, realizada no dia 21 de outubro, contou com a presença do diretor-geral da Arsopi, Thiago Pinho. Segundo ele, o encontro foi um momento de verificar quais as adequações são necessárias no equipamento para, posteriormente, atingir o mercado nacional e viabilizar a instalação em maior escala no Brasil. Durante a visita, Thiago também aproveitou para conhecer as instalações da Embrapa e o laboratório de análises do leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 

 
Segurança alimentar e inspeção mobilizam lideranças na Capital

Os serviços e sistemas de inspeção de alimentos nos municípios gaúchos foram debatidos no 2º Seminário de Segurança Alimentar, realizado na sexta feira (23/10), no Ministério Público, em Porto Alegre. O evento contou com a participação de procuradores, promotores de Justiça e lideranças do setor produtivo. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fabiane de Oliveira acompanhou as apresentações, que detalharam a fundo a atuação dos diferentes órgãos de fiscalização no processo produtivo. Alcindo Bastos, um dos promotores responsáveis pela operação Leite Compen$ado, ressaltou que a Promotoria do Consumidor busca um trabalho ágil e "a troca de informações entre as instituições é fundamental para termos sucesso."

Durante o seminário, também foram abordadas, pelo promotor de Justiça Paulo Estevam Costa Castro Araújo, as falhas em sistemas de inspeção municipais, os problemas de abates clandestinos e as condições inadequadas em algumas localidades do Interior do Estado. No mesmo painel, o procurador Estevan Gavioli trouxe um histórico sobre a formação do direito do consumidor no Brasil, da segurança alimentar, o combate à fome e o direito à alimentação adequada. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine

Junta aprova resolução brasileira por harmonização sanitária nas Américas

A Junta Interamericana de Agricultura (JIA), instância máxima do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), aprovou a resolução proposta pelo Brasil para criação de um grupo de trabalho com o objetivo de melhorar as capacidades dos países do continente na avaliação de riscos sanitários e fitossanitários. A aprovação - que ocorreu na última quinta-feira (22), durante reunião dos ministros de Agricultura das Américas, em Playa Del Camen, México - representa grande vitória para o governo brasileiro, que espera impulsionar o trabalho de harmonização de regras de defesa agropecuária nas Américas. A JIA considerou que a avaliação de risco é uma ferramenta moderna que proporciona base técnica, a fim de facilitar o comércio entre os países.

A resolução havia sido apresentada na quarta-feira (21) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. Ela afirmou aos colegas ministros que a instalação do grupo de trabalho representaria "um grande exemplo para o mundo". De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, a discussão de procedimentos para avaliação de risco sanitário e fitossanitário por meio de demanda dos países americanos, sempre com suporte técnico de competências científicas regionais, será muito útil para a maior harmonização das medidas sanitárias e fitossanitárias nas Américas. 

"Dessa forma, poderiam ser compartilhadas informações técnico científicas, como também otimizada a competência regional de especialistas nos vários temas relacionados a riscos sanitários e fitossanitários, inclusive de insumos para a agropecuária, como medicamentos veterinários e produtos fitossanitários, a sanidade das plantas e dos animais e inocuidade de alimentos", argumentou o secretário. Ficou definido que o trabalho será executado em conformidade com os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC) e dos organismos internacionais de referência. Além disso, os avanços serão divulgados entre todas as partes interessadas, a fim de agregar maior participação possível.

O grupo de trabalho será articulado pelo IICA, em coordenação com organizações regionais como o Conselho Agropecuário do Sul (CAS), o Conselho Agropecuário Centro-Americano (CAC), a Comunidade do Caribe (Caricom), o Comitê de Sanidade Vegetal da Área Sul (Cosave), o Organismo Internacional Regional de Sanidade Agropecuária (Oirsa), a Organização Norte-Americana de Proteção Vegetal (Nappo), o Conselho Veterinário Permanente do Sul (CVP) e outros.

Missão ao México
A viagem da ministra Kátia Abreu ao México incluiu, além da reunião na Junta Interamericana de Agricultura, encontro dos ministros do Conselho Agropecuário do Sul (CAS). Na ocasião, ficaram definidos os três eixos que vão estruturar o trabalho do colegiado: sanidade agropecuária, sustentabilidade e políticas agrícolas.

A ministra destacou aos representantes da Argentina, Bolívia, do Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai (países que formam o CAS) o trabalho realizado pelo Brasil em busca da erradicação da febre af tosa em 100% do seu território. Ela também apresentou o programa "Oportunidade: Mobilidade Social no Campo", cujo objetivo é dobrar a atual classe média rural brasileira por meio de qualificação, extensão rural e estímulo ao associativismo.

Kátia Abreu teve ainda uma reunião bilateral com o ministro da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação do México, José Calzada Rovirosa. Os dois países entraram em acordo para dar celeridade ao processo relativo à exportação de arroz (em casca e semente). Em contrapartida, o México passará a vender feijão preto ao Brasil, demanda antiga do país norte-americano.

O Fórum Econômico Mundial (FEM) ainda convidou a ministra a participar de um grupo restrito a 50 líderes mundiais que discutirá segurança alimentar e agricultura durante a reunião anual promovida pela entidade, em Davos, na Suíça. O convite foi encaminhado por meio da secretária de Relações Internacionais do Mapa, Tatiana Palermo. (As informações são do Mapa)

Especialistas discutem futuro da indústria de lácteos na Escócia

Quase 200 participantes de 20 países produtores de leite participaram do Congresso Anual da Associação Europeia de Lácteos (EDA), realizado em Edimburgo, na Escócia, onde foi dito que as previsões para a indústria continuam positivas, apesar da crise global nesse ano.

O presidente da Dairy UK, David Dobbin, convidou a indústria a focar no crescimento das vendas de produtos com valor agregado aos mercados doméstico e de exportação. "A causa fundamental dos mercados adversos de lácteos no ano passado foi o excesso de produção global de leite, que ultrapassou a demanda. Entretanto, nossos membros são otimistas, não pessimistas, com relação ao futuro. Estamos muito cientes dos desafios que precisamos superar. Precisamos desenvolver uma estratégia de crescimento economicamente sustentável, liderada pelo mercado e focada no crescimento de valor, não apenas de volume. Precisamos construir nossa competitividade focada na melhora dos produtos e na inovação e na integridade da cadeia de fornecimento. Precisamos promover e educar ativamente as próximas gerações sobre o valor nutricional dos produtos lácteos".

"Embora olhemos para o governo e para a Comissão Europeia para nos ajudar a criar um ambiente onde possamos ter sucesso, primeiro e antes de mais nada nós, na indústria de lácteos britânica, devemos tomar o controle e a liderança de nosso destino", frisou Dobbin. 

O vice-diretor para agricultura e desenvolvimento rural da Comissão Europeia, Joost Korte, disse que a abolição das cotas de produção não foi responsável pelos baixos preços do leite e acrescentou que se a Comissão Europeia tivesse aumentado o preço de intervenção, isso não teria reduzido a oferta de leite. Ele disse que o crescimento total no consumo previsto é de 2,1%, com o crescimento na produção de leite na UE de cerca de 0,8%. A Comissão publicará sua previsão para a indústria de 10 anos em dezembro.

O vice-presidente executivo da Arla Foods UK, Peter Giørtz-Carlsen, disse que as três estratégias globais que precisam ser adotadas para o sucesso futuro são nas áreas de saúde, naturalidade e sustentabilidade. "O futuro dos lácteos pode ser promissor se tomarmos as ações certas agora. Não devemos ter medo do leite à medida que nos esforçamos para alcançar o crescimento sustentável".

O diretor executivo da Global Muller Group, Ronald Kers, disse que "ganhamos vantagem competitiva direcionando o valor através de inovação, marcas, escala e excelência operacional. Ser capaz de vender produtos britânicos para consumidores britânicos é importante. Trata-se de trazer valor agregado aos consumidores". (As informações são do FoodBev.com)

 
 
PL 214
A Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo realiza nesta quarta-feira (28/10), às 9h30, no Espaço de Convergência (andar térreo da Assembleia Legislativa), audiência pública para debater os efeitos do Projeto de Lei 214/2015, por requerimento do deputado estadual Zé Nunes (PT). A proposição, de autoria do Executivo, estipula a apropriação máxima de 70%  na  concessão dos benefícios de ICMS, na forma de créditos fiscais presumidos, para segmentos do setor industrial.  Atualmente, o PL tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com designação do deputado Elton Weber (PSB) como relator. (Fiergs)
 

 
 

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