Pular para o conteúdo

14/10/2015

         

 
 


 

Porto Alegre, 14 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.126

 

Livro "Por que bebemos leite - Nutrição e História", de Almir Meireles, será lançado nesta semana

Vivemos uma era de extremos e radicalismos alimentares. Atualmente, as redes sociais e a internet propagam numa velocidade inédita teorias, receitas e dietas da moda que, sem qualquer fundamento, elegem produtos milagrosos, que passam a ser vistos como panaceia para todos os males. Para contrabalançar é preciso apontar vilões. Nos últimos anos, com a moda antilactose, o leite e seus derivados assumiram esse papel. 

É com conhecimento de causa que o especialista Almir Meireles, esquenta o debate no livro "Por que bebemos leite - Nutrição e História". Além de economista, o autor trabalhou como executivo de grandes empresas na área de laticínios no Brasil. Sua expertise o levou a escrever artigos em revistas e a publicar sete livros sobre o assunto. Mas ele é o primeiro a reconhecer que não tem sentido levantar bandeiras: "Eu não penso ou defendo que o leite seja um alimento perfeito e completo, como fui levado a crer durante muito tempo, capaz de suprir o organismo, infantil ou adulto, com tudo de que ele precisa em termos nutricionais, sem quaisquer restrições. Como todo o alimento, ele tem qualidades e limitações. Mas é uma alternativa importante numa dieta equilibrada".

Com esse ponto de partida, Almir Meireles viaja pela história do leite, cujo consumo iniciou-se há cerca de 7.500 anos. Fala dele na nutrição humana, levanta aspectos de conservação, cita as contribuições da pasteurização, aborda a questão das embalagens e da sustentabilidade na produção. A obra fala ainda de qualidade, do mercado e do desafio das empresas. Do ponto de vista industrial, explica características e diferenças do leite em pó, do esterilizado e do ultrapasteurizado, conhecido como longa vida.

Depois de acompanhar o que se publicou na última década sobre a intolerância à lactose, o autor aborda o tema sem constrangimento ou preconceito. E fala também de algo óbvio: dos benefícios do leite. Essa pluralidade, somada a informações precisas e relevantes, faz da obra uma referência no debate contemporâneo sobre o assunto. (Fonte: Milk Point)

 
 
Exportações do campo caíram 12% até setembro
Em queda desde janeiro nas comparações com os mesmos meses de 2014, a receita das exportações brasileiras do agronegócio não fugiu à regra em setembro, ainda pressionadas pela tendência de queda das cotações de grande parte das commodities agrícolas no mercado internacional. Mas o tamanho do tombo foi um pouco menor. De acordo com estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compiladas pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor somaram US$ 7,24 bilhões, 12,7% menos que em setembro do ano passado. As importações registraram retração de 33,1%, para US$ 954 milhões, e como resultado o superávit mensal do campo diminuiu 8%, para US$ 6,28 bilhões. Segundo informou, em comunicado, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, apesar da queda observada a participação dos produtos no setor na receita total das exportações brasileiras aumentou de 42,3%, em setembro de 2014, para 44,8% no mesmo mês deste ano". No caso do chamado "complexo soja" (inclui grão, farelo e óleo), que lidera o ranking das exportações de produtos do agronegócio brasileiro, as vendas externas registraram em setembro deste ano uma redução de 1,2% sobre o mesmo mês de 2014, para US$ 1,97 bilhão. E, depois de meses consecutivos em queda na comparação com iguais períodos do ano passado, o item mais vendido desse grupo, a soja em grão, registrou um crescimento de 6,2%, para US$ 1,4 bilhão. Essa alta foi mais uma vez sustentada pela aquecida demanda da China, maior país importador da matéria-prima do mundo (ver matéria abaixo). A receita das exportações de óleo e de soja também aumentaram em relação a setembro do ano passado ¬ 87%, para US$ 11 milhões, segundo o ministério. Em volume, as vendas externas de soja em grão aumentaram 38,8% em setembro frente o mesmo mês do ano passado, enquanto as de óleo de soja cresceram 137,6% ¬ já os embarques de farelo de soja recuaram 10,2%. A receita das exportações de carnes (inclui bovina, de frango e suína), por sua vez, caiu 15,7% em setembro, para US$ 1,27 bilhão, ao passo que a dos embarques de açúcar e etanol diminuiu 36,8%, para US$ 614,5 milhões, e as das vendas externas de café caiu 17,5%, para US$ 507 milhões. Dos grupos que lideram as exportações do agronegócio, apenas os produtos florestais tiveram resultado mensal positivo. Seus embarques renderam 4,8% mais e alcançaram US$ 878 milhões. Principal mercado para as exportações brasileiras do agronegócio brasileiro, por causa da soja, a China importou do setor US$ 1,9 bilhão em setembro, alta de 20,7% frente ao mesmo mês de 2014, e reverteu a tendência de baixa observada nos últimos meses. Com isso, sua participação na balança comercial brasileira subiu de 18,9%, em setembro de 2014, para 26,1% no mês passado. Com os resultados de setembro, as vendas externas do agronegócio nacional caíram 11,8% nos primeiros nove meses do ano em relação a igual intervalo de 2014, para US$ 67 bilhões. As importações custaram US$ 10,1 bilhões, em queda de 20,1%, e o saldo positivo da balança do setor caiu 10,1%, para US$ 56,8 bilhões Sempre na comparação entre os nove primeiros meses deste ano e de 2014, as exportações brasileiras de soja e derivados (farelo e óleo) recuaram 16,3%, para US$ 24,4 bilhões, as de carnes caíram 14,5%, para US$ 10,9 bilhões e as de açúcar e etanol diminuíram 21,1%, para US$ 5,9 bilhões. (Fonte: Valor Econômico)

A América Latina é a segunda potência mundial em produção de proteína animal

Para 2050, deverão ser produzidas mais de 200 milhões de toneladas de proteína animal para satisfazer a demanda da crescente população mundial.
A região produz mais de 144 milhões de toneladas de carne, ovos e leite por ano. 
Somente o Brasil produz mais de 62 milhões de toneladas de proteína animal por ano.
 
 
Garantir a segurança alimentar no mundo é hoje, mais do que nunca, de vital importância e, para conseguir isso, a proteína animal é fundamental. A alimentação é um direito humano e a América Latina pode contribuir para a nutrição adequada da população.
 
No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, a produção da proteína animal ganha relevância na região, que ocupa o segundo lugar mundial na produção de carne, leite e ovos - com mais de 144 milhões de toneladas anuais -, somente abaixo da Ásia, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Inclusive, dentro da América Latina, apenas seis países - Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Costa Rica e México - contribuem com 81,6% da produção desse tipo de proteínas, o que equivale a 118 milhões de toneladas. Diferentes associações e empresas dessas nações formam o Conselho Latino-americano de Proteína Animal (COLAPA), cujo objetivo é promover de modo proativo os benefícios da proteína animal, impulsionar sua produção e fomentar seu consumo.

"Contribuir para combater a fome e a desnutrição, cuidando dos recursos naturais com uma produção sustentável de proteína animal, é prioridade para os países nos quais o Conselho está presente, entre eles, o Brasil. A Assocon dá sua contribuição a esse processo multiplicando conhecimento e tecnologias aos pecuaristas, que estão na base da cadeia da oferta de alimentos, para que eles produzam mais e melhor", Alberto Pessina, Vice-Presidente da Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCON), uma das entidades membro do COLAPA no Brasil.

Para o ano de 2050, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a população mundial será de 9 bilhões de pessoas. Para alimentar este crescente número de indivíduos, a produção anual de carne deve aumentar em mais de 200 milhões de toneladas até alcançar os 470 milhões, de acordo com a FAO.  

Do total da produção de carne, ovos e leite na América Latina, o Brasil contribui com mais de 26 milhões de toneladas de carne - bovina, suína, de frango, entre outras -; mais de 34 milhões de toneladas de leite; e mais de 2 milhões de toneladas de ovos. Segundo números da FAO, o Brasil tem uma produção anual de mais de 62 milhões de toneladas de proteína animal.

"As proteínas animais devem ser consumidas diariamente, pois nos permitem produzir mais defesas, ganhar massa muscular, melhorar a circulação, calcificar e enriquecer nossos ossos. A deficiência proteica é considerada um estado de desnutrição. Seus sintomas podem tornar-se muito graves e afetar todo o organismo. Nesse sentido, a cadeia produtiva deve estar alinhada para potencializar a oferta de proteínas animais de qualidade, envolvendo todos os elos - do produtor à indústria", conclui Pessina.

Produzir mais proteína animal, de qualidade e sustentável, permitirá enfrentar com maior eficácia a insegurança alimentar e romper o ciclo da pobreza, ação que a FAO impulsiona este ano no âmbito do Dia Mundial da Alimentação. (Fonte: Agrolink com informações de assessoria)

 
Queda forte do comércio eleva temor com a China
As exportações e importações da China caíram em setembro com a continuidade da fraca demanda global, um sinal de que a segunda maior economia do mundo ainda está enfrentando dificuldades, quando o fim do ano se aproxima. As exportações recuaram menos do que alguns economistas previam. Ainda assim, eles disseram que os dados são mais um sinal de que os dados do crescimento da China no terceiro trimestre, que devem ser divulgados na próxima semana, provavelmente ficarão abaixo da meta de Pequim, de cerca de 7% para todo o ano. "As exportações em setembro foram um pouco melhor que o esperado", disse o economista Ma Xiaoping, do HSBC, para quem os dados de comércio no fim do ano tendem a melhorar devido às vendas de Natal. "Mas se você excluir fatores sazonais, não vejo muita melhora na demanda global." Segundo dados oficiais, as exportações chinesas em dólar caíram 3,7% em setembro ante o mesmo período do ano anterior, depois de recuar 5,5% em agosto. Já as importações em setembro caíram 20,4% em relação a um ano antes, comparado com uma queda de 13,8% em agosto, informou a agência alfandegária. O superávit comercial em setembro subiu para US$ 60,3 bilhões ante US$ 60,2 bilhões em agosto. O Fundo Monetário Internacional divulgou que espera que a economia mundial cresça 3,1% este ano, o ritmo mais lento desde a crise financeira global e abaixo da previsão de 3,3% que o FMI fez em julho. A incerteza econômica generalizada está alimentando a volatilidade nos mercados de dívida, ações e câmbio em todo o mundo. As exportações da China foram bem melhores que as dos vizinhos Taiwan e Coreia do Sul, que tiveram fortes quedas em setembro, o que indica que a China está se aguentando num mercado fraco, segundo economistas. "Isso mostra a competitividade das exportações chinesas", afirma Shen Jianguang, economista da Mizuho. Huang Songping, porta¬voz da Administração Geral da Alfândega, disse que as exportações chinesas devem voltar a subir no quarto trimestre, após caírem no segundo e terceiro trimestres do ano. Ela disse ainda que a queda das importações tende a diminuir no quarto trimestre do ano, citando medidas adotadas por Pequim nas últimas semanas ¬ incluindo procedimentos mais fáceis de importação e impostos reduzidos ¬ destinadas a impulsionar o comércio. As economias com sede de crescimento estão preocupadas com o cenário da China, depois que o colapso no mercado acionário e a inesperada desvalorização do câmbio sacudiram os mercados globais. Pequim já cortou os juros cinco vezes desde novembro do ano passado, reduziu repetidamente o compulsório bancário e elevou os gastos do governo, em sua tentativa de impulsionar o crescimento. Até agora, o efeito dessas medidas tem sido limitado. As exportações chinesas, que já foram o principal motor de crescimento do país, vêm enfrentando mais obstáculos com a alta dos salários e dos preços da terra, além da ascensão de concorrentes de baixo custo do Sudeste Asiático. Economistas disseram que as exportações em setembro provavelmente teriam sido mais fortes caso não tivesse ocorrido uma explosão no porto de Tianjin, no nordeste do país, em agosto, e o fechamento temporário de fábricas no mês passado, antes de um desfile militar em Pequim, com o objetivo de reduzir a poluição do ar. A China não deve atingir este ano a sua meta de crescimento anual de 6% no comércio exterior, em relação ao ano passado, já menor que a meta de 7,5% estabelecida em 2014 e de 8% em 2013, ambas também não cumpridas, segundo economistas. Os dados de exportação de ontem são os mais recentes em uma série de números econômicos fracos da China nas últimas semanas. O índice oficial de gerentes de compras do país caiu em setembro pelo segundo mês consecutivo, as reservas estrangeiras recuaram em mais de US$ 40 bilhões no mês passado e o setor imobiliário continua enfrentando dificuldades. (Colaboraram Olivia Geng e Grace Zhu.) (Fonte: Valor Econômico)
 
Oferta de Petróleo
A agencia internacional de energia prevê que o excesso de oferta de petróleo continuará em 2016, refletindo desaceleração do crescimento de demanda. (Fonte: Valor Econômico)

 

    

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *