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29/09/2015

         

 
 


 

Porto Alegre, 29 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.116

 

  Mapa lança programa para melhorar qualidade do leite
 
O Ministério da Agricultura (Mapa) lançou nesta terça-feira (29/09) o programa Leite Saudável, que busca melhorar a qualidade do leite em um investimento total de R$ 387 milhões até 2019. Segundo a ministra Kátia Abreu, a ideia é auxiliar na ascensão social de 80 mil produtores e também qualificar a competitividade do setor lácteo no cenário internacional. O programa terá como foco os cinco principais estados produtores: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Eles são responsáveis por 72,6% da produção nacional.

As ações são divididas em sete eixos, que envolvem a assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercado. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou a indústria gaúcha no encontro, o programa está em consonância com as exigências que estão sendo feitas pelo governo aos laticínios para que esses usufruam dos créditos de PIS/Cofins previstos na  lei 13.137, o que deve ter sua regulamentação publicada em breve. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Antonio Araújo
 
 
 
Agricultura e Fazenda já assinaram regulamentação da 13.137

Nesta terça-feira (29/09), durante apresentação do programa Leite Saudável, em Brasília, a ministra Kátia Abreu informou que a regulamentação da lei 13.137 já foi assinada por ela e pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que encontra-se na Casa Civil. O texto, que precisa ser regulamentado até esta quarta-feira (30/09), prevê concessão de crédito presumido de 50% para empresas que apresentarem projetos de melhoria da qualidade do leite com investimento de 5% do benefício.

 O Sindilat orienta seus associados a encaminharem ao Ministério da Agricultura seus projetos até esta quinta-feira (1º/10) para que não corram o risco de perder o benefício a partir do dia primeiro e o retroativo (ano 2010; 2011; 2012; 2013; 2014 e 2015). 

(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Weber chamará indústrias para debater o PL 214
 
Crédito: Marcos Eifler
 
O deputado estadual Elton Weber (PSB) assumiu nesta terça-feira (29/09) a relatoria do Projeto de Lei 214/2015 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa. O PL poderá reduzir em 30% os créditos presumidos concedidos pelo governo às indústrias, prejudicando a isonomia das empresas gaúchas perante os outros estados da federação. Após a confirmação, Weber afirmou que irá conversar com representantes de todos os setores afetados pelo projeto e o governo, e que não há prazo para entrega de parecer. "Não vou atropelar a discussão, ao contrário, darei o tempo necessário para fazer o parecer correto", pontuou.

Weber já havia articulado a retirada do pedido de urgência encaminhado pelo Executivo à Assembleia exatamente para promover maior espaço para o debate. Segundo ele, o PL precisa ser analisado com calma em função dos impactos financeiros e sociais, especialmente, nos setores agropecuários.

Com a tramitação do projeto, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) irá retomar a mobilização junto aos deputados em torno do PL, inclusive solicitando reunião com o relator. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, se aprovada, a proposta acarretará em perda de competitividade para os laticínios e desestímulo à economia gaúcha, uma vez que motivará a desaceleração dos investimentos no Estado do RS. Segundo ele, a retração ainda pode afetar milhares de produtores e as finanças de municípios que têm sua arrecadação ligada ao setor leiteiro. Segundo levantamento realizado pelo sindicato, o PL 214 representa uma redução de R$ 266 milhões no incentivo concedido anualmente à cadeia produtiva do leite, incluindo produtores e indústria.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Ainda em discussão 

A contratação de veterinários da iniciativa privada para a inspeção sanitária, aos moldes do que já é feito hoje em Santa Catarina e Paraná, pautou um longo debate, na tarde de ontem, na Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Participaram representantes de órgãos dos dois Estados e de entidades do Rio Grande do Sul, além do secretário da Agricultura, Ernani Polo.

Fiscais estaduais agropecuários também estiveram na plateia. Embora o assunto esteja sendo colocado em discussão, o governo estadual afirma que não existe projeto em andamento para modificação do sistema - hoje, cabe ao setor público a tarefa de inspeção e fiscalização de produtos.

- Entendemos que a figura do agente público é fundamental para a inspeção. O que somos a favor é de que se aperfeiçoe o modelo vigente - aponta Lucila Carbonero dos Santos, da diretoria da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro).

O seminário é resultado da mobilização da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa, que promoveu audiência pública e visita técnica a SC.

- Agora, a bola está com o governo - pondera o deputado Gabriel Souza (PMDB). (Zero Hora)
Greve dos Fiscais Agropecuários Federais é mantida por tempo indeterminado

A classe de Fiscais Agropecuários Federais mantém a greve por tempo indeterminado. No final de semana, foi veiculada uma informação em que a Companhia Minuano de Alimentos cancelaria o abate de 81 mil aves por conta da falta de espaço físico para estocagem. O motivo seria dificuldade na exportação por causa da greve, que iniciou no dia 17.

"Isso não é verdade. Sabemos que as empresas estão com dificuldades de estocar os seus produtos, no entanto com a greve, todos os serviços essenciais estão sendo mantidos, inclusive inspeção ante e pós morte", justifica a delegada Sindical do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Consuelo Paixão Cortes.

Ela relata que a categoria luta por uma reestruturação na carreira. Na pauta de reivindicações estão a mudança na nomenclatura de Fiscal, para Auditor-Fiscal, ocupação de cargos de gestão por critérios meritocráticos, aumento de contingente humano, adicional de fronteira e recomposição salarial.

Conforme o fiscal federal representante do Vale do Taquari Ricardo Cimirro, há dois anos havia 17 profissionais atuando na região. Ele relata que atualmente há nove e que poderá haver menos caso a medida imposta pelo governo de abono permanência aconteça. "Se não houver concurso, vamos ficar com apenas quatro fiscais veterinários para atender 1 milhão de abates de aves e 8 mil de suínos ao dia."

Segundo o fiscal Márcio Todero a falta de pessoal resultou em um termo e colaboração técnica entre o superintendente e as prefeituras municipais para suprir a demanda. Ele informa que o Ministério da Agricultura já sinalizou concordância. Resta o parecer do Ministério do Planejamento. "Nós tivemos uma reunião com o Ministério do Planejamento e foi colocada uma pessoa lá, da parte do governo, que não entendia nada das negociações que já haviam sido tratadas, foi uma falta de consideração total com a categoria", desabafa Consuelo.

Ela diz não entender a falta de importância dada a categoria. "Em todo país do mundo o serviço de devesa sanitária é muito valorizado. Por que aqui no Brasil, que o PIB do agronegócio é a âncora que está sustentando a balança comercial, não é valorizado? Nós não entendemos essa dicotomia." (As informações são da Rádio Independente)

Primeiro lote de leite em pó uruguaio é exportado para a Venezuela

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) enviou o primeiro lote de leite em pó à Venezuela na semana passada. Trata-se de 4.000 toneladas por um valor total de US$ 14,9 milhões, segundo dados da Alfândega. Desse modo, o preço por tonelada exportada foi de US$ 3.744. Ainda não foram concretizados os embarques de queijos.

Durante o fechamento da Expo Prado, na semana retrasada, o presidente da Conaprole, Álvaro Ambrois, confirmou que na próxima semana sairia o primeiro embarque à Venezuela e considerou "muito importante ter conseguido essa negociação na situação em que vive hoje o setor leiteiro". Apesar de essa ser uma boa notícia ao setor, ele disse que o contexto segue com muitas dificuldades. "Temos um contrato de volume que é muito interessante para nós".

A confirmação da venda de 44.000 toneladas de leite em pó e 12.000 toneladas de queijos à Venezuela gera expectativas sobre a estabilização de preços pagos ao produtor no mercado local. Em curto prazo, no entanto, são possíveis novos ajustes para baixo. "Creio que esse negócio permitiria sustentar o preço mais para frente, mas o piso estaria mais baixo, em 7,80 pesos (US$ 0,26) por litro".

Ambrois disse que é necessário não ter muitas expectativas sobre o impacto do negócio no preço pago ao produtor. "Esta não é uma solução definitiva. Ter um volume exportado é importante, mas é necessário manter a cautela", disse ele, após chegar da Venezuela.

Em 28/09/15 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03395
28,3840 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são da Blasina y Asociados)

Fonterra eleva em 75 centavos o preço do leite ao produtor

A gigante Fonterra revisou a previsão de pagamento da temporada 2015/16 para NZ$ 5/kgMS, [R$ 0,98/litro] em resposta à queda de produção e recuperação dos mercados. A Fonterra terá como base o preço ao produtor de NZ$ 4,60/kgMS,[R$ 0,90/litro], 75 centavos maior, e dividendos de 40-50 centavos, o que totalizará NZ$ 5-510/kgMS. Reflete o melhor posicionamento do leite em pó integral e desnatado no mercado global, que desde julho já tiveram crescimento de 44% e 21%, respectivamente.

De acordo com o presidente da Fonterra, John Wilson, o manejo nas fazendas para enfrentar os baixos preços, levou à queda na produção. "Os atuais preços internacionais são insustentáveis. Embora existam sinais de redução dos estoques globais, e ligeira recuperação da demanda, a sustentação dos preços ainda está por vir. Até agora a produção já está 5% menor que na temporada passada, e na comparação semanal, já detectamos queda de 8%", acrescentou John Wilson. A Fonterra prevê queda de mais de 5% na produção, na temporada. (The Dairy Site/Tradução livre: Terra Viva)

 
Russos à vista 
Indústrias de leite do Estado estão no roteiro da comitiva russa que vem ao Brasil, nos próximos dias, para vistoriar as 13 empresas habilitadas à exportação de produtos lácteos. Informação repassada pelo Ministério da Agricultura a Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do RS (Sindilat), indica que CCGL, Cosuel e Lactalis serão auditadas pela equipe. Além da Rússia e da China, que já deram sinal verde à entrada do produto brasileiro, o governo federal estaria tentando abrir as portas do mercado do Panamá. (Zero Hora)
 

 

    

 

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